Sinopse: " Flora MacKenzie tem certeza de que ter fugido de Mure, a pacata ilha escocesa onde cresceu, para a cidade grande foi uma escolha certeira. Afinal, em Mure todo mundo a conhece desde que ela se entende por gente, e ninguém a deixaria esquecer o passado. Em Londres, ela pode ser anônima, ambiciosa e se entregar à paixão sem futuro pelo seu chefe bonitão, o advogado Joel. Mas quando um novo cliente do escritório exige a presença de Flora em Mure, ela é obrigada a conviver de novo com seus irmãos (todos fortes, rústicos e aparentemente incapazes de executar tarefas domésticas básicas) e seu pai. Nessa volta forçada às raízes, Flora descobre um amor pela culinária que dá um novo sentido à sua vida. Logo fica claro que, para escrever sua história do jeito que quer, ela terá que aprender a perdoar os erros que já cometeu.
Quando deixou a pacata ilha onde nasceu para trás e se mudou para a imensidão de Londres, Flora Mackenzie tinha a certeza de que havia tomado a melhor decisão, afinal, em Mure todos conheciam seus erros e sabiam quem ela era, mas em Londres ela poderia recomeçar, traças novas metas, encontrar melhores oportunidades e inclusive alimentar uma paixonite por seu chefe.
O que ela não imaginava era que o destino a forçaria a retomar suas raízes, deixando-a momentaneamente desapontada. A princípio nem mesmo as paisagens estonteadas da belíssima ilha escocesa conseguem melhorar seu ânimo, mas aos poucos Flora descobre uma vocação até então desconhecida pela culinária, o que também abre caminho para que se reconecte com quem ela é, com sua família e com o lugar que a acolheu no início de sua história.
Trazendo um cenário apaixonante em seu novo livro, Jenny Colgan nos encanta com a construção de uma história envolvente que nos faz refletir sobre o significado de lar e de pertencimento. Para quem imagina que aqui teremos um romance água com açúcar, já adianto que a história é muito mais do que isso. O livro fala sobre aceitar o passado para construir nosso futuro, ao mesmo tempo em que nos permite compreender toda a vulnerabilidade de seus personagens.
Minha conexão com os dilemas de Flora foram quase que imediatos, logo de cara compreendi seus anseios e desejos, o que tornou fácil torcer e vibrar com ela em cada descoberta e conquista.
Com cenários de tirar o fôlego e uma escrita envolvente, A pequena ilha da Escócia era tudo o que eu precisava. O livro não tem foco no romance, mas na trajetória de redescoberta da protagonista e em sua necessidade de pertencimento. Terminei a obra com o coração quentinho, com o desejo de conhecer a fictícia Mure e com reflexões profundas.
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