Sinopse: "A vida de Aristóteles mudou completamente desde que conheceu Dante Quintana. Com Dante, Ari aprendeu a achar graça nas pequenas coisas da vida e descobriu o coração enorme que tem, capaz de amar muitas pessoas ― inclusive outro garoto. Agora, os dois estão prestes a começar o último ano do ensino médio e, mesmo sabendo que em breve terão que fazer escolhas importantes para o futuro, estão se abrindo para novos amigos, novos lugares e para as próprias famílias ― até que Ari sofre uma perda terrível e, mais do que nunca, precisará do apoio de Dante. Nesta continuação de Aristóteles e Dante descobrem os segredos do Universo, reencontramos nossos heróis no momento em que o primeiro romance termina, para seguir com eles pelas águas de um mundo novo, que pode ser perigoso e difícil, mas também vasto e cheio de possibilidades."
Preciso começar essa resenha dizendo que o lançamento de
Aristóteles e Dante 2 despertou sentimentos ambíguos em mim. Sim, eu queria
mais um momento com esses personagens de quem eu tanto gosto, mas achei que o primeiro
livro teve um final muito bem fechado. Dito isto, eu não sabia muito bem o que
esperar dessa continuação e fui com as expectativas baixas. Acho que isso ajudou,
porque gostei demais da história.
Após muitos altos e baixos, a relação de Aristóteles e Dante
está indo muito bem, obrigado. Os dois meninos assumiram os sentimentos que têm
um pelo outro e, aos poucos, estão descobrindo mais sobre como funcionam como
um casal. Suas famílias aceitaram o namoro e mesmo em uma comunidade mexicana
dos anos 80, o preconceito não os afeta.
Aristóteles está muito mais maduro. Depois que conheceu
Dante, com seu jeito leve e prático de levar a vida, o garoto está muito menos
impulsivo e está se abrindo mais para aqueles que o cercam, mostrando quem é o
rapaz por trás da muralha que ele havia construído para se proteger.
Não acontece muita coisa nova na história. Sabemos que esse é o último ano dos garotos na escola e logo virá a faculdade, onde provavelmente eles morarão em cidades diferentes e terão que se separar. Mas o amor deles irá resistir a essa distância? E eles estão preparados para esta iminente partida?
Eu amo a escrita de Benjamin Alire Sáenz. Ele tem uma
narrativa fluida e bastante poética, daquelas que te dá vontade de grifar todos
os parágrafos, pois eles sempre trazem belas mensagens de amor, amizade,
aceitação e coisas do tipo. O autor soube desenvolver muito bem seus personagens,
acrescentando novas pessoas à vida dos protagonistas e mostrando que existe
muito mais fora de sua bolha.
Uma coisa que me incomodou um pouco foi o fato de que o
livro não parecia seguir uma narrativa linear. Houveram muitas passagens de
tempo, onde pouca coisa é explicada. Pareceu que Sáenz pensou em várias cenas e
quis coloca-las na obra, sem se preocupar em costura-las de alguma forma que
fizesse sentido como um todo.
Por outro lado, essa continuação é ainda mais emocionante
que seu predecessor. Aristóteles passa por poucas e boas e foi difícil de segurar
as lágrimas em alguns momentos. O garoto está entrando na vida adulta e
aprendendo, talvez da forma mais difícil, que não é tão fácil assim crescer.
Também gostei muito das cenas dele com sua família e suas novas amigas,
recebendo uma rede de carinho e suporte extremamente necessária a todos.
O final destruiu meu coração mais uma vez. Conforme a
história foi se encaminhando para seu desfecho, Benjamin desenvolveu uma
narrativa que deixou meu coração apertado e eu só conseguia torcer para que
tudo se resolvesse. Foi um dos encerramentos mais prazerosos que pude ler, mas com
um verdadeiro misto de sentimentos.
Aristóteles e Dante Mergulham nas Águas do Mundo é um livro
que eu não sabia que precisava até ler e garanto a vocês que a experiência toda
valeu a pena. Sem sombra de dúvidas eu recomendo essa história e torço para que
ela faça ainda mais sucesso nas vendas.
Editora Seguinte
448 páginas
Nota: 4/5
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