Sinopse: "O destino dos mundos está de novo nas mãos de Magnus Chase. Será que ele vai conseguir derrotar Loki de uma vez por todas? Nos dois primeiros livros da série, Magnus Chase, o herói boa-pinta que é a cara do astro de rock Kurt Cobain, ex-morador de rua e atual guerreiro imortal de Odin, precisou sair em algumas jornadas árduas e desafiar monstros, gigantes e deuses nórdicos para impedir que os nove mundos fossem destruídos no Ragnarök, o fim do mundo viking. Em O navio dos mortos, Loki está livre da sua prisão e preparando Naglfar, o navio dos mortos, para invadir Asgard e lutar ao lado de um exército de gigantes e zumbis na batalha final contra os deuses. Desta vez, Magnus, Sam, Alex, Blitzen, Hearthstone e seus amigos do Hotel Valhala vão precisar cruzar os oceanos de Midgard, Jötunheim e Niflheim em uma corrida desesperada para alcançar Naglfar antes de o navio zarpar no solstício de verão, enfrentando no caminho deuses do mar raivosos e hipsters, gigantes irritados e dragões malignos cuspidores de fogo. Para derrotar Loki, o grupo precisa recuperar o hidromel de Kvásir, uma bebida mágica que dá a quem bebe o dom da poesia, e vencer o deus em uma competição de insultos. Mas o maior desafio de Magnus será enfrentar as próprias inseguranças: será que ele vai conseguir derrotar o deus da trapaça em seu próprio jogo?"
No final de O Martelo de Thor, Magnus conseguiu impedir o casamento de Samirah com um gigante, mas no meio de toda a confusão, Loki conseguiu escapar de seu cativeiro eterno. Agora, o deus da trapaça está unindo um exército a bordo do Navio dos Mortos, com o objetivo de fazer o Ragnarök acontecer.
Enquanto isso, Magnus Chase precisa encontrar uma forma de impedir o fim dos tempos. Ele é o único que pode derrotar Loki e com a ajuda de Alex, Samirah, Hearthstone, Blitz e seus amigos do andar 19, Magnus vai navegar pelos mares dos nove mundos em busca de itens que possam ajudá-lo em sua missão.
À bordo do Bananão, um navio extremamente amarelo presenteado por Frey, nosso herói descobre que a única chance que eles tem de impedir Loki é derrotando o deus em um vitupério - uma competição de insultos. Loki é conhecido por seus feitos nesse tipo de disputa e Magnus não é lá uma pessoa muito boa nesse quesito.
Contudo, a chance do einherjer está no hidromel de Kvasir. Fabricado a partir do sangue deste deus, beber o hidromel dá um dom de poesia àquele que o ingerir. Contudo, esse hidromel é escasso e o único restante conhecido encontra-se em posse de um dos gigantes de pedra mais temidos dos nove reinos.
O Navio dos Mortos vai partir no solstício de verão e Magnus e seus amigos precisam impedi-lo de zarpar. Mas conseguirão eles encontrar o hidromel e chegar a tempo de derrotar Loki, antes que o Ragnarök se inicie?
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!
***
Eu concluí a leitura desse livro ontem à noite e a pergunta que estou me fazendo é por que enrolei tanto para lê-lo?! Recebi meu exemplar assim que a obra foi lançada, em outubro do ano passado, e confesso que toda vez que olhava para o livro na estante, sentia preguiça só de pensar em pegá-lo. Mas resolvi arriscar e assim que abri meu exemplar, lembrei do quanto eu amo as histórias de Rick Riordan.
A escrita de Rick segue leve, fluida e envolvente. Eu cresci lendo a série Percy Jackson e o amadurecimento dele como autor é visível. As histórias criadas continuam naquela mesma fôrma de bolo, mas isso não deixa de ser bom. Temos que pensar que todas as tramas de Rick nesse contexto são voltadas para o público infanto-juvenil e ele é ótimo em entreter.
O que mais me inspira nessa série especificamente, é a representatividade. Em um mundo como o nosso está atualmente, ter um autor de livros jovens inserindo as minorias em suas histórias é algo sensacional. E aqui Rick faz isso muito bem. Temos muçulmana, gênero não-binário, negros, latinos, sem-teto... Amo a forma como o autor trabalha isso, sem cair no estereótipo ou tratar de forma rasa.
Contudo, O Navio dos Mortos foi pra mim o mais fraco da trilogia. Por mais fluido que seja, o livro é daqueles que muita coisa acontece e, na verdade, nada acontece. Poderíamos facilmente enxugar umas 200 páginas para chegar no final, que foi o que mais me incomodou. Derrotar Loki em uma competição de insultos bebendo um hidromel "abençoado"? Sério mesmo, Rick?
Depois do final maravigold de O Martelo de Thor, eu esperava muito tiro, porrada e bomba na conclusão da trilogia. Foi legar ver a aparição de Percy Jackson e Annabeth, o início de um relacionamento entre Magnus e Alex e a fortificação dos laços de amizade dos personagens. Mas o clímax central, que era impedir o Ragnarök, deixou muito a desejar.
Por fim, O Navio dos Mortos pode não ter sido a conclusão que eu esperava, mas como fã da trilogia e do autor, não posso deixar de recomendar para vocês. Garanto que, no geral, vale muito a pena e vocês precisam conhecer esse universo.
O Navio dos Mortos - Rick Riordan
Livro 03
Série Magnus Chase e os Deuses de Asgard
Editora Intrínseca
368 páginas
Nota: 4
0 comentários
Postar um comentário