Bem-vindos à Casa do Medo

Oi, gente. Tudo bem?


Hoje vim contar pra vocês sobre uma experiência que vivenciei no começo deste mês. Fomos convidados pela Casa do Medo para termos uma imersão em uma história de terror, onde deveríamos desbravar a casa, encontrar as pistas e então escapar no tempo limite, fugindo de todo tipo de monstro.


A Casa do Medo fica localizada em Porto Alegre, na Av. Cristóvão Colombo, 400. Ali fica localizada a Casa Cultural Tony Petzhold, que está locada para uma escola de dança. A casa pertence desde o início do século XX à família Petzhold e dizem as lendas que inúmeros casos sobrenaturais já tiveram seu palco ali. Uma delas falava sobre uma pintora belga que mantinha seu filho aprisionado por vergonha da desfiguração de seu rosto. (Fonte: Gaúcha ZH)

Mas qual o objetivo da visita?

No modo cativeiro, que foi o que participamos, existem quatro cativeiros, onde entram até 03 pessoas. Cada um deles possui um tipo de medo a ser enfrentado, como insetos, aparições e claustrofobia. Fomos em um grupo de 05 pessoas. André, Mirelle, Simona, Yuri e eu. Enquanto os três primeiros foram no cativeiro B, Yuri e eu fomos no C, que seria o da claustrofobia. 

Juntos, nós dois precisávamos encontrar a saída de um pequeno armário. Mas não pensem que era algo fácil! Além de estar escuro, o lugar ser apertado e ouvirmos todo tipo de gritos e sons para nos assustarem, eu estava com as mãos algemadas e Yuri tinha seus pés atados. Após alguns minutos de terror, conseguimos encontrar a chave e fomos parar em um porão, onde encontramos o casal que havia ido para o cativeiro D.

Neste segundo espaço, vivenciamos uma história sendo encenada. Um rapaz estava sendo punido por deixar as pessoas escaparem da casa, quando a dona e carrasca já havia lhe instruído que ninguém podia escapar de lá vivo. Esse rapaz se chamava Igor e foi uma peça fundamental na fuga. Ele nos ajudou com várias pistas, ao mesmo tempo que tentava se proteger das garras de sua algoz.


A pista que nos foi passada neste cenário é de que deveríamos ir para o grande salão, seguindo a música. E foi lá que encontramos os outros dois grupos, dos cativeiros A e C. Seguindo as dicas passadas por um walkie-talkie, nós deveríamos nos esconder embaixo do assoalho e esperar o monstro se distrair para então escapar. Para isso, alguém deveria desligar a música que tocava. Claro que eu não tive coragem, mas Si foi guerreira e passamos dessa etapa.

Depois disso, veio a correria. Corre para um lado, corre para o outro. Sempre com o medo e a adrenalina a mil por hora. E não fosse o bastante eu estar completamente apavorado, ainda caí duas vezes de cara no chão, achando que minha hora tinha chegado. HAHAHA. Hoje eu dou risada, mas na hora eu só queria que tudo acabasse.

A "pior" parte da experiência foi o medo constante. Razão e emoção brigando entre si. Eu sabia que aquilo não era real, mas ao mesmo tempo um terror primitivo tomou conta do meu corpo. Eu me agarrei no Yuri durante boa parte do percurso. Minhas pernas tremiam de uma forma que eu não considerava possível, quase me impedindo de andar. Minhas mãos também se mexiam sozinhas. Foi tudo surreal. E não pensem que assim que saímos tudo acabou, porque não foi bem assim. HAHA. Mesmo depois, em casa, levei algumas horinhas para me recuperar.

Seguindo as outras pistas encontradas no caminho, conseguimos sair e concluir o desafio dentro do tempo estipulado, que era de 45 minutos. Nunca fiquei tão feliz em ver a luz do sol, o movimento dos carros e as pessoas andando pela rua. Sempre fui o tipo de pessoa que evita filmes de terror por ser apavorado por natureza, então ter essa experiência ao vivo e a cores conseguiu levar meu medo às alturas.

Por fim, a Casa do Medo é uma experiência aterrorizante e muito bem elaborada. Saí de lá com a sensação de dever cumprido, mesmo que quase tendo um infarto... Mas enfim, haha. Deixo aqui minha recomendação para vocês. Vale cada centavo pago e tenho certeza que vocês vão aproveitar muito!


Regras do local:
- As sessões possuem horários definidos, que devem ser rigorosamente cumpridos.
- As portas abrem-se pontualmente no horário da sessão e fecham-se 1 minuto depois. Portanto, esteja presente com antecedência mínima de 10 minutos ao início da sua sessão.
- A visita tem uma duração média de 45 minutos.
- Cada sessão terá um público de 12 pessoas (máximo) e 04 pessoas (mínimo). Caso não haja o mínimo de 04 visitantes para determinada sessão, será disponibilizado o remanejamento para outro horário ou o reembolso do valor pago.
- Ao entrar no local, o grupo receberá instruções sobre a visita, as regras que deverão ser cumpridas e também informações históricas adicionais sobre a casa.
- Os celulares e aparelhos eletrônicos devem ser desligados e colocados em envelopes lacrados fornecidos pela produção. Todos poderão permanecer com seus envelopes e respectivos aparelhos, contudo, é expressamente proibido ligá-los durante a visita.
- É expressamente proibido entrar na propriedade com: qualquer tipo de equipamento de captação de imagem ou som; qualquer tipo de objeto gerador de luz (lanternas, isqueiros, lasers ou outros); alimentos e bebidas; armas; objetos cortantes e perfurantes.
- Uma vez iniciada a visita, é impossível sair na metade do caminho. Uma palavra-chave será informada pela produção para casos extremos e/ou de urgência. 
- É aconselhável roupa e calçado confortáveis. 
- A experiência não é recomendada para menores de 16 anos, grávidas e pessoas com problemas cardíacos.
- Os ingressos são vendidos antecipadamente, online ou presencialmente. Não há venda de ingressos na hora.

0 comentários

Postar um comentário