Sinopse: "Antes de se tornar a Mulher-Maravilha, ela era apenas Diana. Filha da deusa Hipólita, Diana deseja apenas se provar entre suas irmãs guerreiras. Mas quando a oportunidade finalmente chega, ela joga fora sua chance de glória ao quebrar uma lei das amazonas e salvar Alia Keralis, uma simples mortal. No entanto, Alia está longe de ser uma garota comum. Ela é uma semente da guerra, descendente da infame Helena de Troia, destinada a trazer uma era de derramamento de sangue e miséria. Agora cabe a Diana salvar todos e dar seu primeiro passo como a maior heroína que o mundo já conheceu."
Diana é filha da Deusa Hipólita e sofre pressão para ser a altura de sua mãe. Ela não demonstra ser uma mãe amorosa e incentiva a filha a ser a melhor, mesmo que com ressalvas. Uma ingênua e decidida Diana luta para conquistar o seu espaço entre as Amazonas, mas por conta de sua origem pouco favorecida, ela é desprezada.
Se as amazonas treinam duramente, ela treina duas vezes mais, com o objetivo de provar o seu lugar entre elas em uma competição. Focada, Diana tem tudo em mãos para ganhar, no entanto, um barco naufragando a leva a abandonar o seu proposito para seguir um ímpeto.
Nos escombros, ela encontra uma jovem ainda respirando e, mesmo contra as regras de sua mãe, deixa a garota em uma caverna para se recuperar. Pretendendo retornar, Diana teme por decepcionar sua mãe, mesmo que em seu coração saiba que tomou a decisão certa. Após as terras de Themyscira demonstrarem uma rejeição a presença de Alia, Diana precisa tomar uma decisão que a levará ao exílio de seu lar e certamente, condenará a sua mãe.
O que acontecerá com Diana Prince? Você terá que continuar essa resenha para saber.
A chegada de Alia me lembrou muito a situação de Steve Trevor no filme - e nos quadrinhos. Só que se Diana se encontrou na Primeira Guerra Mundial, nesse livro a presença de Alia a conduz para uma realidade no mundo atual. Sabendo que o destino de sua casa e do mundo está por um triz, Diana faz o possível e impossível para proteger Alia e acabar com a maldição por trás das Sementes da Guerra.
Se em alguns momentos, ela se vê sem entender o que está acontecendo, não se pega em nenhum momento questionando o porquê disso e daquilo. A jovem simplesmente braça aquilo que considera a sua missão e não desiste do seu ideal nem mesmo quando se encontra na pior das situação. Pragmática e justa, aqui assistimos não o nascimento de Diana Prince, mas acompanhamos a mulher que ela era, mas precisa, através dessa missão, encontrar-se.
Alia é uma personagem cativante, energética e espontânea. Se Diana é contida, perdida em um mundo desconhecido e firme, como aço, o seu contraponto consegue arrancar sorrisos dos leitores e nos levar a torcer por ela e querer desvendar os mistérios por trás do seu passado.
E se alguns personagens surgem na trama como um alivio cômico ou buscando criar tensão, a decisão final está nas mãos de Diana e de Alia. Elas são as duas forças: uma pode conter a guerra das guerras e a outra é quem pode causá-la, só por existir.
Sobre a escrita de Leigh, essa foi a minha primeira experiência e não será a última. Mesmo que em alguns momentos a escrita soe um pouco mecânica e Leigh pareça um pouco contida em expor mais camadas de Diana, além daquelas conhecidas pelo público, ela se liberta na criação dos seus personagens originais e também busca trazer representatividade para a história através de Alia, uma jovem afrodescendente que aponta por diversos momentos o preconceito em seu mundo.
O enredo também é cativante, o mistério por trás das Sementes de Guerra, por mais que pareça simples, tem profundidade. Tem muito sobre a Mitologia Grega e se você acabou de assistir o filme da Mulher Maravilha (ou até mesmo Liga da Justiça) você se sentirá novamente acompanhando as aventuras de Diana Prince em sua melhor representação. É uma narrativa gostosa de ler para quem é fã ou não da Mulher Maravilha.
Mulher Maravilha: Sementes da Guerra - Leigh Bardugo
Livro 01Série Heróis da DC
Editora Arqueiro
400 páginas
Nota: 4
Nota: 4










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