Resenha - Um Beijo à Meia-noite

Sinopse: "Kate Daltry é uma jovem de 23 anos que não costuma frequentar os salões da alta sociedade. Desde a morte do pai, sete anos antes, ela se vê praticamente presa à propriedade da família, atendendo aos caprichos da madrasta, Mariana. Por isso, quando a detestável mulher a obriga a comparecer a um baile, Kate fica revoltada, mas acaba obedecendo. Lá, conhece o sedutor Gabriel, um príncipe irresistível. E irritante. A atração entre eles é imediata e fulminante, mas ambos sabem que um relacionamento é impossível. Afinal, Gabriel já está prometido a outra mulher – uma princesa! – e precisa com urgência do dote milionário para sustentar o castelo. Ele deveria se empenhar em cortejar sua futura esposa, não Kate, a inteligente e intempestiva mocinha que se recusa a bajulá-lo o tempo todo. No entanto, Gabriel não consegue disfarçar o enorme desejo que sente por ela. Determinado a tê-la para si, o príncipe precisará decidir, de uma vez por todas, quem reinará em seu castelo. Um beijo à meia-noite é um conto de fadas inspirado na história de Cinderela. Com um estilo que combina graça, encanto e sedução, Eloisa James escreve uma narrativa envolvente, com direito a fada madrinha e sapatinho de cristal."

Oi, gente. Aqui é a Pam e estou aqui hoje a convite do Leo pra falar sobre Um Beijo à Meia-noite, de Eloisa James. Esse é o segundo volume da trilogia Contos de Fadas, que foi lançado recentemente pela editora Arqueiro, e como a capa já mostra, é baseado na história da Cinderela.

Neste romance de época conhecemos a inteligente, responsável e bondosa Kate, que perdeu a mãe quando ainda era muito jovem e anos depois também o pai. Como é de se esperar, o pai de Kate antes de morrer se casou novamente e a deixou aos cuidados de Mariana, uma mulher imprudente que gasta todo dinheiro com infinitos vestidos e inúmeras futilidades. 

A madrasta humilha e rebaixa Kate tratando a jovem como empregada e a deixando com toda a responsabilidade da propriedade, pois a moça, com seu bom coração, não consegue pensar apenas em si mesma. 

Depois que sua irmã, Victoria, uma beldade, engravida antes do casamento, o Algernon Bennet, por quem é apaixonada, a pede em casamento imediatamente. Porém, como a linhagem de Algie é muito importante, ele precisa de uma “benção” do príncipe, seu tio. Só que Victoria se vê impossibilitada de comparecer diante a tal presença, então, mesmo com toda diferença entre as duas, Kate é convencida a fingir ser sua irmã para conseguir essa aprovação. Nessa tentativa a moça é vestida como sua irmã postiça, com o objetivo de “confundir” a sociedade e assim a bela Victoria se casaria sem que houvesse algum escândalo. 

E nesse momento conhecemos Gabriel, um príncipe meio falido, que precisa de uma esposa com um bom dote para sustentar seu castelo. Porém Gabriel não é um daqueles príncipes irresponsáveis e que gastou todo seu dinheiro e sim é falido porque abriga pessoas que foram excluídas do castelo do seu irmão por serem consideradas diferentes. Logo se percebe que ele também tem um bom coração, já que assume todas as responsabilidades e abrindo mão de sua vontade mesmo quando gostaria de estar explorando escavações, seu sonho. 

No primeiro momento que Gabriel conhece Kate, vestida como Victoria, estranha a jovem com tudo que tinha escutado sobre a verdadeira, mas sente uma imediata atração. Kate não tem medo de falar o que pensa, mesmo para um príncipe, e isso o intriga. Cada vez Gabriel e Kate se aproximam mais e apreciam a companhia um do outro. Claro que não demora muito e o rapaz esperto percebe que algo não está certo sobre a verdadeira identidade da jovem e isso o deixa ainda mais interessado em descobrir mais sobre ela. 

Acho que já falei muitoooo sobre o livro, né?! Vamos as considerações!

Tem algo nos romances de época que me atraem absurdamente, pode ser pelo romance muitas vezes clichê, pelo “felizes para sempre” que é certamente teremos no final, por todo amor envolvido, então tudo isso baseado em um conto de fadas é como um paraíso para nós românticos incorrigíveis... 

Mas se engana quem pensa que esse livro é totalmente fiel ao conto da Cinderela. Claro que possui todos os pontos fundamentais, como uma órfã maltratada, uma madrasta, uma madrinha,  um príncipe e um sapatinho de cristal, mas existe muito mais. 

Em muitos momentos eu me via procurando similaridades entre os dois e a forma como a autora “baseou” foi muito bem construída, porque convenhamos, a Cinderela é um dos contos mais adaptados até hoje, e tantas versões já foram escritas e vistas, que se espera que seja a mesma coisa que já vimos mil vezes (não que eu enjoe!!!!). Achei que esse livro, por ser baseado é um tanto original!  

Os personagens são ótimos! O príncipe é inteligente, engraçado, com uma beleza sem exageros, destemido. Kate é audaciosa, forte, realista e generosa. A madrinha que não citei até agora (quis manter mistério), é uma personagem maravilhosa, tão ousada! Victoria é uma jovem tranquila e ao contrário da irmã má, vemos uma boa, que do seu jeito se importa com Kate. A madrasta, é a típica broaca de Cinderela. 

O livro é engraçado, divertido, os diálogos são interessantes e despertam a atenção do leitor. Os cenários são detalhados sem exageros. Confesso que não gostei apenas do nome do livro, achei um tanto comum. Ele se perde no meio de tantos romances de época. O primeiro, Quando a Bela Domou a Fera, é uma referência direta, Um Beijo à Meia-noite pode ser qualquer tipo de livro..

Se você assim como eu, adora um romance, especialmente de época, com certeza não vai se decepcionar.  

Um Beijo à Meia-noite - Eloisa James
Livro 02
Série Contos de Fadas
Editora Arqueiro
272 páginas
Nota: 4