Resenha - O homem que morreu duas vezes


Sinopse:
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Em O homem que morreu duas vezes, segundo livro da série O Clube do Crime das Quintas-Feiras, um dos maiores fenômenos editoriais dos últimos tempos, os carismáticos personagens criados por Richard Osman estão de volta com diálogos perspicazes, tiradas divertidíssimas e ainda mais reviravoltas. A quinta-feira agora é o melhor dia da semana. Com os crimes mais recentes solucionados, o Clube do Crime das Quintas-Feiras encontra-se em uma maré de tediosa normalidade. Mas não por muito tempo. Quando Elizabeth recebe a carta de um velho conhecido, sabe que está diante de um belo mistério. O agente do serviço secreto sessentão, com quem a ex-espiã tem uma longa história, acaba de cometer um erro terrível e precisa da ajuda dela. Joyce, Ibrahim e Ron são então convocados para acompanhá-la em uma aventura repleta de segredos e conspirações, que envolve diamantes roubados e a máfia. Logo os quatro amigos se deparam com mortes em circunstâncias suspeitas, e a missão se transforma em uma busca por um assassino implacável. E se eles encontrarem os diamantes… Bem, aí seria um bônus. A vida de septuagenários aposentados realmente não é moleza. Envolvido em mais um mistério, o grupo de detetives amadores vai lidar com assaltos, reuniões regadas a vinho e bolo, arrependimentos antigos e decisões cruciais, como adotar ou não um cachorro. Mas será que encontrarão o culpado antes que se tornem vítimas?.


Estava bem animada para reencontrar os 4 velhinhos residentes em Coopers Chase: Ron, Ibrahim, Joyce e Elizabeth.

Todas as quintas-feiras eles se reuniam na Sala dos Quebra-cabeças para investigarem sobre crimes cometidos há muito tempo, porém sem um julgamento e/ou pena justos aos seus olhos. Até que certos crimes começam a acontecer no paraíso dos aposentados onde eles habitam e, como bons parceiros que são, unem-se para bancar os detetives e desvendar tais acontecimentos. Claro, sem mencionar, a grande e linda amizade, carinho e cuidado que têm um com o outro.

Eu curti bastante, porém com algumas ressalvas e esperei que as lacunas de outrora fossem preenchidas e certas situações resolvidas e desvendadas nesse segundo livro. No entanto, não foi o que aconteceu.

Não se trata de uma continuação: mantem os personagens conhecidos anteriormente e apresenta alguns outros fundamentais para a nova proposta e outros secundários que, de igual modo, são importantes na narrativa.

Elizabeth, a espiã do grupo, recebe uma carta misteriosa e em torno dela gira o enredo – o mistério valioso que deve ser desvendado. Crimes acontecem, é claro; resolvê-los é a missão do grupo, mas e se nesse interim conseguirem reaver os diamantes roubados e terem a chance de realizar algo de bom? Não é preciso de muita coisa para animar e induzir o grupo a agir, porém esse foi um atrativo e tanto. Será que conseguem se sair bem dessa vez?

A escrita é bem fluida e você se conecta tanto que o vira-páginas se dá automaticamente. Por isso e também por passagens que me renderam boas risadas e, em duas páginas em especial onde narram a conversa entre Ibrahim e Donna, que me roubaram algumas lágrimas, não foi de tudo frustrante não. Acabo que me sentindo um pouco dividida: como teria sido a condução e desfecho se, por acaso, tivessem descoberto algo pendente do livro anterior pois, assim como eles, também me afeiçoei. Isso me levou a refletir em quantas situações acontecem ao nosso redor e nos passam despercebidas? Além disso, quantas novas montanhas preciso escalar? Estou pronta para o primeiro passo?


O homem que morreu duas vezes  - Richard Osman
Editora Intrínseca
400 páginas
Nota: 4





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