Sinopse: Combinando humor e romance, Connie Willis, ícone da ficção científica, entrega um livro envolvente sobre os perigos da tecnologia, do excesso nas redes sociais e... do amor. Em um futuro não muito distante, um simples procedimento cirúrgico é capaz de aumentar a empatia entre os casais, e ele está cada vez mais na moda. Por isso, Briddey Flannigan fica contente quando seu namorado, Trent, sugere que eles façam a cirurgia antes de se casarem — a ideia é que eles desfrutem de uma conexão emocional ainda maior, e que o relacionamento fique ainda mais completo. Bem, essa é a ideia. Mas as coisas acabam não acontecendo como o planejado: Briddey acaba se conectando com outra pessoa, totalmente inesperada. Conforme a situação vai saindo do controle, Briddey percebe que nem sempre muita informação é o melhor, e que o amor — e a comunicação — são bem mais complicados do que ela esperava. Mais complicado do que ela esperava."
Imagine um futuro onde casais podem se comunicar emocionalmente através de um procedimento cirúrgico chamado EED. Através dessa cirurgia, não seria necessário à troca de palavras entre você e seu parceiro para dar e receber sentimentos, o que ampliaria a conexão entre o casal e proporcionaria uma experiência mais intensa no relacionamento.
Quando Briddey Flannigan recebe a proposta de seu namorado Trent para fazer essa cirurgia, ela não pensa duas vezes, afinal essa troca de sentimentos é a comprovação de amor que Trent espera para finalmente lhe propor noivado, e embora todos aconselhem a não se submeter ao EED, Briddey decide aceitar a vontade de Trent. Mas as coisas não saem conforme o esperado, e Briddey embora se conecte emocionalmente com alguém, não será com seu namorado, mas com outra pessoa que jamais imaginaria.
A partir daí começam os problemas, pois Briddey não apenas tem uma conexão de sentimentos com esse outro homem, mas consegue se conectar telepaticamente com ele, algo que não deveria acontecer. E é com essa conexão inesperada somada a problemas no trabalho, em família e especialmente com o namorado, que Briddey fará algumas descobertas e começara a questionar muitas coisas em sua vida.
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Quando a Editora Suma de Letras anunciou o lançamento de Interferências em suas redes, logo me vi encantada pela capa e pela proposta do livro, no entanto após ler algumas críticas negativas em relação à história, preferi protelar minha leitura e aguardar por um momento em que minhas expectativas não pudessem comprometer minha experiência com a escrita da autora, e digo que foi a melhor decisão que fiz.
Interferências tem tudo o que um leitor procura em uma história, uma boa premissa, romance, ficção científica, cenas engraçadas e reflexões. Mas o que eu não imaginava aqui foi o romance se tornar o foco principal da trama, deixando o lado sci-fi, que foi o ponto que mais chamou minha atenção, em segundo plano.
O resultado foi uma história com muito potencial e que merecia ser bem mais explorada, no entanto o que encontramos aqui poderia ser considerado um chick-lit sem grandes reviravoltas e com boas doses de clichê, ideal para leitores que busca um romance leve e despretensioso.
Embora Interferências tenha sido o oposto do que imaginei, devo confessar que gostei da história e da escrita da autora, em especial do tema abordado que é tão importante nos dias de hoje e nos faz refletir sobre essa necessidade de estarmos conectados 24 horas por dia. Por isso espero ler outras de suas obras.
Com um romance leve e descontraído, Interferências tem tudo para agradar leitores que procuram um chick-lit com muito humor e uma dose de ficção científica.











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