Sinopse: "No aguardado desfecho da série A Rainha Vermelha, descubra qual poder sairá vencedor depois que a tempestade de guerra passar. A autora do livro, Victoria Aveyard, virá ao Brasil para a Bienal Internacional do Livro de São Paulo de 2018. Mare Barrow aprendeu rápido que, para vencer, é preciso pagar um preço muito alto. Depois da traição de Cal, ela se esforça para proteger seu coração e continuar a lutar junto aos rebeldes pela liberdade de todos os vermelhos e sanguenovos de Norta. A jovem fará de tudo para derrubar o governo de uma vez por todas — começando pela coroa de Maven. Mas nenhuma guerra pode ser vencida sem ajuda, e logo Mare se vê obrigada a se unir ao garoto que partiu seu coração para derrotar aquele que quase a destruiu. Cal tem aliados prateados poderosos que, somados à Guarda Escarlate, se tornam uma força imbatível. Por outro lado, Maven é guiado por uma obsessão profunda e fará qualquer coisa para ter Mare de volta, nem que tenha que passar por cima de tudo — e todos — no caminho."
A tranquilidade de Norta estava ameaçada antes mesmo que Tiberias e Maven Calore iniciassem uma briga pelo trono do país. Seus vizinhos já planejaram acabar com o seu trono, seja invadindo o país e o reivindicando para si ou apoiando os rebeldes vermelhos que queriam derrubá-los. Isso sem falar na ambição das casas prateadas que deveriam servi-los.
O cenário atual é de caos, mas talvez não tanto quando dentro da cabeça de Cal. Dividido entre o dever e a paixão, ele acaba optando por abandonar a única pessoa que o amou por quem ele é e não pela imagem que o ensinaram a exibir. Mare Barrow fica de coração partido, mas não está disposta a abandonar as convicções pelas quais arriscou sua vida tantas vezes. Norta não precisa de um rei e tiver que passar por cima de Cal para alcançar seu objetivo, é o que irá fazer.
Há muitos interesses pessoais por trás de cada aliança, o que as torna fracas demais diante do desafio de reestruturar uma nação. Para saber o que senti ao conhecer o desfecho da série A Rainha Vermelha, continue lendo.
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Tempestade de Guerra apresenta uma narrativa muito parecida e ao mesmo tempo muito diferente dos livros anteriores. Ele começa na cena seguinte ao desfecho de A Prisão do Rei, um início acelerado e devastador para os apaixonados pelo casal. Só que depois o ritmo desacelera um pouco. Há muita tensão entre os personagens e um constante clima de desconfiança, principalmente por parte do leitor que acompanha tudo por diversos ângulos.
Mais do que nunca o foco este no desenvolvimento político, e o romance se torna um coadjuvando que é importante, mas não sabe se ajuda ou atrapalha. Há muito diálogo, alguns enfadonhos e repetitivos, e poucas batalhas. As que acontecem são prolongadas por diversos capítulos, algumas narradoras. E ainda que tenha tantos defeitos, devorei quase 700 páginas em um piscar de olhos.
O livro conta com cinco narradores, sendo os principais a Mare, Evangeline e Iris. Iris é uma ninfoide, segunda filha da rainha de Lakeland e que mesmo não podendo assumir a coroa, já que possui uma irmã mais velha, faz a sua parte para manter a estabilidade de sua nação.
Ela se casou com Maven no livro anterior, mas só agora conseguimos entender sua relação com a família e as verdadeiras motivações para suportar o rei. Em alguns momentos, a achei bem parecida com Cal. Talvez por isso a tenha achado meio sem graça. Afinal, sou apaixonada por ele, mas não sou cega.
Evangeline é a magnetron que começa a história despertando nossa ira, mas termina como um dos personagens favoritos. Estar dentro da sua cabeça mostra que sua pose de poder nada mais é que uma defesa. Seu pai age como se ela fosse uma massinha de modelar e ela deixa, porque não vê outra alternativa. A relação de todos os prateados com a família, o poder e o dever é um tanto quanto doentia. Feliz para aqueles que conseguem quebrar a corrente.
Depois de quatro livros acompanhando Mare, foi bom vê-la finalmente amadurecida. A dor a fez crescer e a ensinou demais. Ela ainda é impulsiva, mas está muito mais consciente de seus atos. Já Cal... ele está desde sempre seguindo o que os outros falam. Seu pai, Mare, e agora sua avó. Quando ele finalmente decide fazer algo por ele a autora nos surpreende totalmente.
Victoria Aveyard me destruiu com o desfecho dessa história. Não tivemos aquele clímax estarrecedor, a autora optou por ir amarrando as pontas soltas ao longo dos capítulos. Para logo depois nos deixar com um epílogo nada menos que inadmissível. Foram três anos acompanhando os personagens, chorando, sofrendo, aceitando... eu só queria um final fechado. As escolhas foram sensatas, mas não era isso que o leitor queria nesse momento.
Mesmo que não seja perfeita, essa é uma das séries preferidas da minha vida. Recomendo para todas as idades, para os mais românticos e também para os quem prefere intrigas políticas.
Livro 04
Série Red Queen
Série Red Queen
Editora Seguinte
632 páginas
Nota: 5
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