A Dra. Jean Mclellan tinha uma carreira e futuro brilhantes, especializada em neurolinguística - uma ciência que estuda a elaboração cerebral da linguagem, a ex-cientista vinha aprimorando seus experimentos e colhendo resultados significativos para pessoas com deficiências mentais. Até ser silenciada, perder seu emprego, seus direitos e sua própria voz.Sinopse: Uma distopia atual, próxima dos dias de hoje, sobre empoderamento e luta feminina. O SILÊNCIO PODE SER ENSURDECEDOR #100PALAVRAS. O governo decreta que as mulheres só podem falar 100 palavras por dia. A Dra. Jean McClellan está em negação. Ela não acredita que isso esteja acontecendo de verdade. Esse é só o começo... Em pouco tempo, as mulheres também são impedidas de trabalhar e os professores não ensinam mais as meninas a ler e escrever. Antes, cada pessoa falava em média 16 mil palavras por dia, mas agora as mulheres só têm 100 palavras para se fazer ouvir. ...mas não é o fim. Lutando por si mesma, sua filha e todas as mulheres silenciadas, Jean vai reivindicar sua voz."
Com a chegada do “Movimento Puro” que devagar foi induzindo a sociedade a crer que o papel da mulher era apenas ser dona de casa e submissa ao marido sem jamais questionar, as coisas foram mudando. Aulas com conteúdos religiosos radicais se tornaram obrigatórias nas escolas e pulseiras contadoras de palavras foram inseridas nos braços de mães e filhas.
"Quando obedecemos à liderança do homem com humildade e submissão, reconhecemos que a cabeça de cada homem é Cristo, e que a cabeça da mulher é o homem."
Para garantir essa submissão, mulheres de todas as idades foram obrigadas a carregar pulseiras contadoras nos pulsos. Com essas pulseiras ajustadas, apenas 100 palavras diárias permitidas. E ultrapassar esse número ou desobedecer às regras tem como punição eletrochoques e campos de concentração.
Embora tenha seguido as regras no último ano, Jean sabe que precisa fazer algo para se libertar e livrar a filha dessa ideologia distorcida, mesmo enquanto presencia o filho e o marido colaborando e concordando com essa desvalorização de mulheres. Mas como agir quando não se tem voz e nem mesmo a comunicação por sinal é permitida? Será que Jean conseguirá combater o Movimento Puro, sozinha? Só lendo para saber...
***
"- Você precisa colocar isso na cabeça, Jean. Vocês, mulheres, não são confiáveis. O sistema não funciona como antigamente. Veja os anos cinquenta. Tudo estava ótimo. Todo mundo tinha uma bela casa, um carro na garagem e comida na mesa. E as coisas ainda funcionavam bem! Não precisávamos de mulheres na força de trabalho. Você vai perceber isso assim que superar toda essa raiva. Vai ver que será melhor. Melhor para seus filhos. "
A luta da protagonista não é somente contra o governo, mas dentro de seu próprio lar que foi corrompido por valores deturpados de um homem que se intitulava representante de Deus e do povo. Ver tanta distorção da palavra de Deus foi algo que me causou repulsa, mas ver o menosprezo e humilhação das mulheres também foi algo que me chocou e me fez refletir.
“A única coisa necessária para o triunfo do mal é que os homens bons não faça nada.”
Angustiante, chocante e necessário, Vox possui uma narrativa fluída, um tema atual e importante que merece atenção e uma história que estimula a reflexão dos leitores. Leiam!











0 comentários
Postar um comentário