Semana Cidades de Papel - Curiosidades sobre os bastidores da produção do filme - Dia 3

Curiosidades sobre os bastidores da produção do filme Cidades de Papel
E aí pessoal, preparados para mais um post da Semana Especial Cidades de Papel? Lembrando que ela vai rolar até o dia 13/07 e contaremos com conteúdo exclusivo, diversificado e muitos prêmios. Acompanhem!

Hoje eu vou falar um pouco sobre algumas curiosidades dos bastidores da produção do filme

Para quem não sabe, Cidades de Papel é o terceiro romance escrito por John Green, lançado no Brasil pela Editora Intrínseca, que se tornou um sucesso instantâneo, estreando em quinto lugar na lista dos mais vendidos do The New York Times, na categoria de ficção juvenil. O livro atraiu fãs do mundo todo, especialmente dos Estados Unidos, Europa, América do Sul e partes da Ásia.

Para o produtor Wyck Godfrey, que também produziu A Culpa é das Estrelas, a decisão de adaptar outro livro de John Green foi irresistível. “Meu sócio, Marty Bowen e eu, tínhamos lido Cidades de Papel antes mesmo de ler A Culpa é das Estrelas. Então, quando estávamos fazendo A Culpa é das Estrelas, começamos a conversar com o John sobre mais um projeto.  Nós o consultamos a respeito de Cidades de Papel.  O que eu mais gosto nessa história é que ela tem mistério, aventura e comédia, e parecia muito adequada para o cinema.”

John Green diz que sua experiência no set de A Culpa é das Estrelas foi um fator crítico para que esta história fosse filmada pelos mesmos produtores. “Wyck Godfrey, Isaac Klausner e Marty Bowen foram produtores extraordinários que, mais uma vez, me receberam muito bem no set todos os dias e me fizeram participar dos dois filmes, embora isso não fizesse parte do contrato. Foi como viver um sonho. CIDADES DE PAPEL é uma oportunidade de se contar uma história muito diferente (de A Culpa é das Estrelas), mas com o mesmo modelo de cinema, e compartilhá-la com as pessoas.”

Para escrever o roteiro, Wyck Godfrey recorreu aos roteiristas Scott Neustadter e Michael H. Weber, que já haviam adaptado A Culpa é das Estrelas. Scott Neustadter diz que ambos gostaram muito de trabalhar novamente em uma história de John Green. “É bom reunir todos novamente, e foi extremamente gratificante para todos nós receber mais este convite.”

Michael H. Weber ficou igualmente entusiasmado, e observa: “John Green é um tremendo escritor. Com ele, nosso trabalho fica muito mais fácil. Seus livros são muito bem estruturados, as ideias e os personagens são fortes, e o diálogo é da melhor qualidade.  Infelizmente, não é possível preservar tudo que está no livro, então a parte mais difícil do processo é decidir o que fica e o que vai embora.”

Scott Neustadter acrescenta: “Abordamos os livros do John como fãs em primeiro lugar. Pensamos na melhor maneira possível de apresentar a voz do livro no formato do cinema.  Um dos poucos desafios se adaptar um livro do John é encontrar a melhor forma de dar voz aos pensamentos dos personagens, seja por meio de diálogo, ação ou interações com personagens.”

Quem também trabalhou em A Culpa é das Estrelas e agora está de volta é Nat Wolff, que interpretou Isaac no grande sucesso de bilheteria de 2014.  Foi no set de A Culpa é das Estrelas que o produtor executivo Isaac Klausner conversou com Nat sobre fazer o papel principal de CIDADES DE PAPEL. “Quando estávamos no set, o Isaac me olhou com malícia e disse que eu deveria ler Cidades de Papel”, recorda o jovem ator. “Passou a ser meu livro favorito do John, eu me identifiquei imediatamente com o personagem Q. Uns seis meses depois, Wyck Godfrey me ofereceu o papel. Eu já disse ‘sim’ antes de ele terminar de falar.”
Nat Wolff e Cara Delevingne Filme Cidades de Papel John Green
Nat Wolff diz que gostou muito dos elementos de amadurecimento da história. “O Q é um personagem que não se arrisca, é inteligente e concentrado”, explica. “Ele faz muitos planos.  Mas, tirando a amizade que tem com Radar e Ben, ele evita o resto do mundo.  Mas, em seu relacionamento com Margo e na viagem que faz para encontrá-la, ele aprende a se arriscar e a se abrir.”

O escritor gostou de saber que Nat Wolff atuaria em mais um filme com história de sua autoria.  “O Nat é um tipo raro, muito raro”, diz John Green.  “Ele é extremamente talentoso como ator, mas também é extremamente gentil e generoso como pessoa.”

A escolha de Nat Wolff para o elenco logo no começo da pré-produção também foi um benefício adicional para Scott Neustadter e Michael H. Weber. “Essa foi a primeira vez em que já sabíamos quem seria o ator principal antes mesmo de começarmos a fazer o roteiro”, explica Michael H. Weber. “Facilitou o nosso trabalho, pois sabíamos que o Nat saberia interpretar qualquer papel que lhe déssemos e o tornaria ainda melhor.”
Nat Wolff e Cara Delevingne Filme Cidades de Papel John Green
Para a direção, os produtores escolheram Jake Schreier. “O Jake foi o primeiro diretor para quem enviamos o livro e o script.  Ele ficou extremamente empolgado com CIDADES DE PAPEL. Ele foi para Orlando por conta própria em busca de locações e encontrou todos os lugares que inspiraram o John quando ele escreveu o livro.  Também fez fotografias maravilhosas e realmente nos ajudou a conceber não apenas o filme que já esperávamos ver, mas muitas outras coisas."

“O Jake montou uma apresentação incrível da visão que ele concebeu para o filme”, acrescenta Wyck Godfrey.  “Ele entendeu o Q e sua transformação. O Jake entende como é tentar passar pelo colegial e prosseguir com o resto da vida, mas tem sempre algum acontecimento de última hora que derruba a gente.”

Jake Schreier se considera um dos muitos fãs do livro.  “É um mistério cativante, e muitas outras coisas”, ele diz. “Além disso, eu me identifiquei com a descrição dos alunos do colegial e suas experiências.  Tem uma mensagem muito interessante sobre como projetamos imagens nas pessoas e como é difícil corresponder a essas expectativas. Também gostei muito do potencial visual da história. O mistério é um elemento adicional que impulsiona a trama, que me ajudou a entender os conceitos visuais e realmente conduzir os personagens dentro do roteiro.”

Com Nat Wolff e Jake Schreier no projeto, o próximo passo era o de escolher alguém para o papel crucial de Margo Roth Spiegelman. John Green conta que criou essa personagem a partir da experiência da vida real. “Conheci um rapaz que era como a Margo”, recorda. “Uma vez, ele ganhou 100 dólares em uma aposta ao subir num trem de carga e viajar do Alabama ao Tennessee.  Daí, teve que gastar bem mais que 100 dólares para pegar o ônibus de volta. Era o tipo de cara que perdia dinheiro para ganhar uma aposta.” 
Cara Delevingne Filme Cidades de Papel John Green
A Margo é o exato oposto do Q. “O Q acha que sabe tudo sobre ela”, diz Jake Schreier.  “Ele tem seus estudos, seus amigos, pretende cursar a faculdade e estudar medicina.  A Margo não tem plano nenhum para além de duas semanas.  E, quando eles voltam a se falar em uma determinada noite, ela o inspira a correr mais riscos.  Ela o faz sair da zona de conforto.”

John Green explica que a percepção que Q tem de Margo é um elemento chave da história. “Existe sempre uma discrepância entre a forma com que imaginamos algo e como ela é de verdade”, observa. “Acho que o Q enxerga a Margo de forma muito diferente do que ela é de fato.  O sobrenome dela é Spiegelman, e Spiegelman significa ‘fabricante de espelhos’ em alemão. O que as pessoas veem na Margo é um reflexo delas mesmas e não diz muito sobre a própria Margo.  A Margo se enfurece com isso.  É muito difícil viver assim. Essa moça foi mal interpretada durante a vida toda.  Existe sempre aquela garota da escola que é tão linda que parece andar em câmera lenta.  Margo Roth Spiegelman passou a vida toda sendo essa garota aos olhos das pessoas e, como todas as mulheres, eu creio, se revolta ao constatar que as pessoas não entendem sua complexidade.  E quem conhece melhor essa situação do que a Cara Delevingne? Quem mais conheceria tão bem essa situação de ser a pessoa por trás do espelho do que essa atriz jovem e supertalentosa que também é supermodelo e extremamente famosa?”

O processo que resultou na escolha de Cara Delevingne não foi fácil. “Sabíamos que a Margo tinha que ser a garota perfeita e inatingível da escola”, diz Wyck Godfrey. “É a garota que todo cara quer muito, mas nunca vai ter.  Também sabíamos que o papel exigia uma atriz que tivesse uma tremenda expressividade e uma natureza selvagem que pudesse explorar, ao mesmo tempo, um aspecto emocionalmente vulnerável e uma certa imperfeição.”

“Foi uma escolha extremamente difícil”, confirma Jake Schreier. “Tínhamos que honrar a energia da Margo e encontrar a garota que, quando aparece na sua janela à meia-noite, faz você querer pular para fora e ficar com ela e, quando desaparece, faz você percorrer 2 mil quilômetros para encontrá-la. Foi muita sorte encontrar a Cara. Ela é incrivelmente calorosa, gentil, e demonstra na tela que sabe se divertir. O que mais me tocou com relação à Cara foi sua capacidade de entender como a Margo criou uma imagem à qual sente obrigação de corresponder. Não é a verdadeira Margo, então ela decide que só poderá chegar ao autoconhecimento se sair da cidade.  A Cara explorou muito isso.”

Para interpretar uma estudante americana, a jovem atriz britânica perdeu todo o sotaque e falou inglês americano durante quase o tempo todo, mesmo quando não estava filmando. Cara já tinha visto a adaptação de A Culpa é das Estrelas e lido Cidades de Papel, e quis muito fazer parte deste projeto. “Comecei a ler o livro e notei as semelhanças entre a Margo e mim”, diz Carla Delevingne. “Lembro que, quando fiz meu primeiro teste para o papel, eu disse que já fui como ela. Acho que esse também foi um motivo por que consegui o papel: tive condição de explorar o papel em mim mesma.”

Como o núcleo da história é uma viagem, a produção teria que filmar todos os personagens dentro de um furgão, viajando de Orlando, Flórida, para Agloe, Nova York. Para cumprir esse requisito, estabeleceram a produção em Charlotte, Carolina do Norte, onde a geografia é diversa o suficiente para servir de cenário para toda a viagem, de carro, em um só lugar. Painéis de efeitos visuais e iluminação interativa completaram o cenário.

Jake Schreier e o elenco enfrentaram condições difíceis durante a produção. “Filmar em um furgão não é a coisa mais fácil e divertida do mundo”, ele diz.  Para reforçar a dinâmica entre os jovens atores, Jake Schreier deixou que eles se movimentassem livremente.  “Houve muito improviso, e foi divertido deixar as coisas acontecerem.”

Para Jake Schreier, a viagem dos personagens reflete muito de sua própria vivência na escola.  CIDADES DE PAPEL é sobre um determinado momento de que eu me lembro muito bem, do fim da minha época na escola”, explica.  “Acho que é um momento marcante para todo mundo, porque é a última vez que a gente vê a maioria dos amigos, e a gente se torna indivíduos enquanto cada um segue o seu caminho. Começa como um romance e, durante o percurso, vai se tornando algo bem diferente. Passa a ser uma história mais sobre amizade, como nos relacionamos com as pessoas e como as imaginamos.”

E vocês, querem saber mais sobre o filme? Então leiam a resenha que escrevi sobre ele AQUI, e os comparativos que tracei entre a adaptação e a obra original AQUI.

E não esqueçam que hoje à noite vai rolar a distribuição de ingressos para os leitores do Blog. Confiram as regras de como participar AQUI.

21 comentários

  1. Oi Mi.
    Quanta coisa lega.
    Tenho certeza de que os atores e a produção de divertiram bastante.
    Não gostei muito do livro, mas to muito curiosa para assistir ao filme.
    Beijinhos
    Rizia - Livroterapias

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  2. OI MI!!!! Eu li em algum post que Cidades de Papel era seu livro favorito do John Green, então, ele também é o meu favorito. Por isso queria saber o que você achou do final? vou por abaixo minha opinião.

    PARA QUEM NÃO ASSISTIU, PODE CONTER SPOILERS:

    Como um fã do livro, eu gostei bastante da adaptação. PORÉM como toda adaptação, ela teve alguns pontos negativos, que me fizeram pensar "WTF?"
    O Início: É incrível, extremamente fiel. Deram uma xerox do livro.
    Desenvolvimento: Bem executado e totalmente fiel, super divertido e carismático. Risos eternos com o Ben
    O FINAL: ........... Eu sou uma das poucas pessoas que adorou o final do livro. Porque acima de tudo é coerente com a personalidade da MArgo. E apesar do final do filme ser praticamente o mesmo, por terem alterado as reações da Margo me decepcionou. (Foi compreensível já que era esperado quererem romantizar um pouco) Mas gente.... Cadê a Margo determinada? Que tem toda uma ideologia sobre as cidades de papel? De não querer ser só mais uma no mecanismo de papel, que era aquela vida? Quando o Q no filme pergunta para ela o que ela ta fazendo ali, e ela diz "Não sei" minha cara foi no chão. Não culpo a Cara, que fez uma excelente atuação... Culpo em parte a produtora do filme que com certeza quis por mais sentimento na Margo. MAS CARA, ELA É A MARGO..... MARGO NÃO TEM TANTOS SENTIMENTOS COMO NO FINAL DO FILME, ela é inteligente, tem uma personalidade incompreensível, e varios QUOTES incríveis no livro, varias frases impressionantes... No FILME não ficou claro qual é o propósito dela... não ficou claro os pensamentos dela... em termos isso me decepcionou.
    Eu gostei do filme, de verdade! Adorei as cenas de risos, e a mensagem de amizade. Só me decepcionei no final por terem deixado as ideias da Margo muito levianas... Ela não fugiu por simplesmente fugir, ela tem os pensamentos dela, ela tem a ideologia dela sobre as Cidades de Papel. Mas como um todo o filme foi bom! Não me arrependo de ter assistido, mas o livro sempre vai ser o melhor, na minha opinião!

    UM ABRAÇO MI, Adorei essa semana de Cidades de papel no seu blog.
    -Ed Melo

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  3. Mi,amo curiosidades sobre bastidores,muito legal ter sido durante a filmagem da Culpa é das estrelas ,que começou a ideia do projeto, que bom que John gostou dos produtores e roteiristas agora temos essa nova produção.É bom ver Nat agora no papel de Quentin após ele ter sido o Isaac e que ele disse sem para o papel,talentoso ator ,gentil e generoso como pessoa.É bom saber que Jake Schreeier será o diretor.Já que ele também é fã do livro.É interessante saber que a personagem Margo foi elaborada a partir de um rapaz que John conhecia. Spiegelman,significa´´fabricantes de espelhos´´ em alemão. Já a escolha de Cara foi difícil.Jake e o elenco enfrentam condições difíceis...Nossa amei Beijos!!!

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  4. Oi, achei bem legal o post. Deu pra saber mais sobre a opinião dos produtores, diretores, dos atores principais e do John Green. É bem legal isso de um ator interpretar um personagem com o qual ele se identifica, assim o papel fica mais bem interpretado. Bjus.

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  5. Adoro a idéia de saber sobre as cenas super válido

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  6. Eu n li seu post porque como eu ainda vou ler o livroquanto menos eu saber melhor ...

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  7. Gente o que foi a participação do Ansel? Foi uma gritaria daquelas no cinema kkkk

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  8. Oi Mi! Eu adorei a escolha da Cara para ser a atriz, mesmo não conhecendo bem a Margo, vi que a modelo que nem atriz era, conseguiu passar parte de sua personalidade dela para o papel. o Nat é sensacional, desde ACEDE ele roubou a cena e com certeza isso encantou não só John Green como os roteiristas!

    Beijos,
    Joi Cardoso
    Estante Diagonal

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  9. Que massa Mi, quanta coisa interessante, acho que o filme deve ser muito bom mesmo, estou quase mudando de ideia quanto a assistir apenas após concluir a leitura rs.

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  10. Acho que o segredo do sucesso é a participação ativa do autor...em acede foi mara e as críticas estão positivas para esse...!!!!

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  11. Mi! Adorei a sua idéia de fazer curiosidades sobre os bastidores do filme. Bjos

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  12. Muito bom, para quem gosta, melhor ainda !!! <3 *---*

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  13. Muito legal trazer essas curiosidades para os leitores!

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  14. Nossa amei saber um pouquinho do que acontece nos bastidores, nem todos dão essa oportunidades para os fans conhecerem um pouco do que esta acontecendo por traz das câmeras!!! Muito obrigada por dar essa chance para os fans!!! Bjs

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  15. O que eu achei mais engraçado sobre os bastidores é a "aventura" do Wolff tirando a carteira apenas duas semanas antes das gravações do filme hahahaha. como o próprio Green falou pra entrevista do Papel Pop, ele dirige super mal!

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  16. Oi Mi xD

    Acho que é muito mais fácil trabalhar em uma obra quando a equipe já se conhece, como é o caso dos roteiristas e do Nat. Creio que é muito mais produtivo. Fiquei boquiaberto quando li que a Cara teve que perder o seu sotaque, deve ser algo muito complicado. Muito empenho e dedicação para ser ator..
    Realmente são muitos fatos, elementos e pessoas envolvidas por trás de uma obra como essa. É interessante saber tudo o que se passa.
    Bjs.

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  17. Adorei as curiosidades, é interessante saber como tudo aconteceu, como é atrás das câmeras, como é a convivência deles sem que as câmeras estarem ligadas, os fãs adoram rs

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  18. Para mim Isaac foi perfeito para Q.

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  19. Que legal todas essas curiosidades dos bastidores da produção do filme, gostei muito do livro esse fim de semana pretendo ir conferi esse filme.

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  20. Bem legal as curiosidades, e saber o ponto de vista de cada ator, muito bom Mi.

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  21. Amo esse filme ele é perfeito seria uma honra poder ler ele

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