E aí, estão curtindo a Semana Bling Ring. Não deixem de acompanhar os posts anteriores sobre o livro. Hoje irei postar para vocês diversas quotes que me chamaram atenção no decorrer do texto.
Quem não curte saber muitos detalhes de um livro que ainda não leu e considera as citações como spoilers, fiquem à vontade para não lê-las, ok!!
"(...)Eram pessoas famosas por serem famosas, um novo tipo de celebridade relacionado
à presença no Facebook e no Twitter e a calcinhas expostas acidentalmente -
mesmo que seja pelo Instagram."
"(...)
essa era uma história sobre um mundo bem mais cafona, no qual os ricos
ostentavam sua riqueza de forma grosseira e espalhafatosa... (...)"
"Falávamos
sobre o processo de celebrização de tudo, e que parecia ter acontecido de
repente, durante a última década. Eu disse que considerava que o marco desse
fenômeno era a ascensão de Paris Hilton. Sofia acreditava que foi a explosão do
jornalismo sensacionalista."
"-
Com o Twitter - disse ela - é loucura o modo como essas estrelas ficaram
acessíveis. - Tão acessíveis, ela acredita, que os jovens da Bling Ring
"pensaram que conheciam essas pessoas porque sabiam o que elas comiam no
café. Então se sentiram à vontade para entrar na casa delas".
"Os
jovens da Bling Ring iam muitas vezes "às compras", como se referiam
aos seus roubos, munidos de listas de roupas que pertenciam às suas vítimas
famosas, itens selecionados a partir de suas pesquisas na internet."
"Por
que a Bling Ring fazia aquilo? Por que roubar coisas de gente famosa?"
"-
Adoro aquela frase - falando sobre um trecho das transcrições - em que Nick
[Prugo] diz [a respeito de Rachel Lee, outra acusada] que "ela queria
fazer parte daquele estilo de vida, o estilo de vida que todos nós mais ou
menos queremos ter". Eu achava que era muito importante colocar isso no
filme, o fato de ele ter presumido que todo mundo deseja esse estilo de
vida."
"-
Rachel acreditava - disse ele - e, acho, eu também, que Paris era uma idiota.
Tipo, quem deixaria a porta destrancada? Quem deixaria um monte de dinheiro bem
à vista? Usando a lógica, qualquer um nos Estados Unidos provavelmente chegaria
à conclusão de que, se vai tentar algo com uma celebridade, então melhor que
fosse alguém, digamos, não muito inteligente..."
"Os
limites entre "celebridade" e "realidade" estavam
desaparecendo a um ritmo vertiginoso. Celebridades estavam agora agindo como
pessoas de verdade - tornado-se acessíveis praticamente em tempo integral;
(...) - e pessoas de verdade agiam como celebridades, dispondo de várias contas
de Facebook e Twitter e às vezes até registrando suas vidas - reais ou
roteirizadas - em programas de TV. Tudo estava acontecendo numa velocidade
enlouquecedora, afetando a cultura americana no seu nível mais básico e, se for
para filosofar, levantando a antiga questão: "O que é o eu?" (E,
"se postei algo no Facebook e ninguém "curtiu", eu
existo?")".
"Aquilo
me fez pensar na canção de Lady Gaga, "Paparazzi" (2008), que
continuava a tocar nas rádios por aquela época. Parecia um hino à nossa era
obcecada por celebridades, ou pelo menos um hino apropriado a essa matéria na
qual estava trabalhando. Gaga compara o amor moderno ao amor pela fama - se
apaixonar é perseguir obsessivamente uma celebridade, é ser um paparazzo:
"Sou seu maior fã / Vou te seguir até você me amar /
Papa-paparazzi..." Agora era como se todo mundo tivesse se transformado no
maior fã de si mesmo. Todos se exibiam nas redes sociais. Todo mundo era o seu
próprio paparazzo."
"(...)
a fama está no seu coração, a fama está lá para nos consolar, para nos dar
autoconfiança e reconhecimento, sempre que precisarmos."
"As
garotas da Bling Ring cresceram no amanhecer da era chamada "cultura da
vulgaridade", na qual mulheres que se portam como objetos sexuais são
vistas como interessantes e poderosas."
"(...)
meninas estavam sendo sexualizadas por uma série de mídias (...). São imagens,
mensagens e produtos que retratam meninas em um contexto sexual impróprio para
a sua idade, promovendo a ideia de que elas podem ou deveriam ser
"sensuais". Os efeitos adversos para o bem-estar das meninas (...)
incluem ansiedade e baixa autoestima, "insatisfação com o corpo e
preocupação em relação à aparência", além da depressão - todos os sintomas
que levam a distúrbios alimentares, automutilação, consumo de drogas e álcool e
tabagismo."
Quem já tiver lido o livro e quiser contribuir com o post, coloque nos comentários a sua quote favorita.
Beijos e até amanhã.