Resenha - Em Outra Vida, Talvez?

Sinopse: "Hannah está perdida. Aos 29 anos, ainda não decidiu que rumo dar à sua vida. Depois de uma decepção amorosa, ela volta para Los Angeles, sua cidade natal, pois acha que, com o apoio de Gabby, sua melhor amiga, finalmente vai conseguir colocar a vida nos trilhos. Para comemorar a mudança, nada melhor do que reunir velhos amigos num bar. E lá Hannah reencontra Ethan, seu ex-namorado da adolescência. No fim da noite, tanto ele quanto Gabby lhe oferecem carona. Será que é melhor ir embora com a amiga? Ou ficar até mais tarde com Ethan e aproveitar o restante da noite? Em realidades alternativas, Hannah vive as duas decisões. E, no desenrolar desses universos paralelos, sua vida segue rumos completamente diferentes. Será que tudo o que vivemos está predestinado a acontecer? O quanto disso é apenas sorte? E, o mais importante: será que almas gêmeas realmente existem? Hannah acredita que sim. E, nos dois mundos, ela acha que encontrou a sua."
Hannah tem 29 anos e nunca sentiu-se verdadeiramente “em casa”, motivo pelo qual ela vive mudando constantemente de cidade, sendo sua última morada Nova York, local onde ela sofreu uma terrível desilusão amorosa. Decidida a retornar à sua cidade natal e recomeçar a vida, a moça junta suas poucas coisas e parte em retirada para Los Angeles

Sua chegada ao aeroporto é aguardada por sua melhor amiga Gabby, que para comemorar essa nova fase, convida alguns amigos em comum para reunir-se um bar. A noite de Hannah é maravilhosa e melhora consideravelmente quando Ethan, um ex-namorado que ainda balança seu coração também comparece nessa recepção. 

Com o fim da comemoração, nossa protagonista fica em dúvida se permanece no bar com Ethan para descobrir se ainda existe uma conexão entre eles ou se volta para casa com Gabby, deixando em aberto o que poderia acontecer naquela noite. Com base nessa indecisão, a narrativa do livro se divide em duas possíveis realidades alternativas, intercalando a história de acordo com cada uma das decisões tomadas por Hannah.


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Narrado em primeira pessoa, o livro possui uma narrativa leve e fluída e um enredo um tanto original que me surpreendeu ao longo da narrativa. Os medos e anseios da protagonista são palpáveis e suas escolhas são perfeitamente aceitáveis, tornando possível nos conectarmos a Hannah desde os primeiros capítulos e torcermos para que alcance a felicidade em ambas às realidades em que vive. 

"Destino ou não, nossas vidas continuam sendo o resultado de nossas escolhas. Estou começando a achar que, quando não nos apropriamos delas, não somos nossos próprios donos."

Um ponto alto no livro foi à capacidade da autora em conduzir ambas as histórias com diferentes situações e mesmo assim encantar o leitor nos dois cenários desenvolvidos. Os obstáculos encontrados por Hannah durante sua trajetória nos faz refletir sobre o peso das nossas escolhas e o quanto nosso caminho pode ser alterado de acordo com essas decisões. 

"O mundo se divide num número infinito de universos paralelos, onde tudo o que se pode acontecer de fato acontece." 

Porém o que mais me encantou em Em Outra vida, Talvez? foi o amadurecimento e a força de Hannah, sua amizade inabalável com Gabby e o romance fofo presente em cada realidade. 

"[...] sei que podem existir universos por aí onde fiz escolhas diferentes e que me levaram a outro lugar, que me levaram a outra pessoa. [...] E o meu coração se parte por cada versão de mim que não terminou ao seu lado."

Concluindo, Em Outra Vida, Talvez? foi uma grata surpresa que me encantou no decorrer da leitura e me fascinou por fugir do clichê esperado para a história. 

Em Outra Vida, Talvez? - Taylor Jenkins Reid
Editora Record
322 páginas
Nota: 4

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