Sinopse: "Darcy Patel escreveu seu primeiro livro em um mês. Não muito tempo depois, se mudou para Nova York, para realizar o sonho de viver de escrever. Lizzie se prepara para mais uma viagem de avião, até terroristas invadirem o aeroporto e começarem a atirar em todos. Desesperada, Lizzie se joga no chão. “Eu estou morta, eu estou morta”... No fim, está tão convencida de pertencer ao lugar dos mortos que acaba atravessando a fronteira do além-mundo. Darcy criou Lizzie. A menina de Além-mundos é sua protagonista. Enquanto Lizzie se vê cada vez mais envolvida nos assuntos dos mortos e do submundo, Darcy luta para se manter no paraíso do YA, na Big Apple, e quanto mais Darcy aprende e amadurece, mais a história de Lizzie também cresce. Ou seria o contrário? Sempre atravessando as barreiras entre mundos, as duas irão se redescobrir, se reescrever e explorar os infinitos mundos dentro de si mesmas."
Darcy Patel é uma autora de Young Adult, ou será, dali a um ano quando seu livro Além-Mundos for publicado. Tudo começou um pouco antes de ela completar o ensino médio, quando descobriu, por acaso, uma noticia trágica sobre a infância de sua mãe. Sem querer questioná-la sobre o ocorrido, Darcy acabou direcionando a tensão da revelação para o papel e, quando se deu por conta, ao fim de um mês havia escrito 60 mil palavras, dando origem ao seu primeiro manuscrito. Após vender sua obra para uma importante Editora - e receber um adiantamento considerável que incluía o lançamento de uma sequência -, Darcy decide adiar a faculdade e se mudar para Nova York, onde poderá conhecer mais sobre o mercado editorial, se enturmar com outros escritores e, principalmente, iniciar uma nova vida que inclui viver de sua escrita.
"Ela queria ver por quanto tempo conseguiria manter essa sensação, entontecer com as palavras de novo, como naquela semana gloriosa no final de novembro em que tudo tinha se encaixado."
Elizabeth Scofield é a protagonista de Além-mundos. Em meio a um ataque terrorista, Lizzie é salva pela calma da atendente da emergência. "Talvez você devesse se fingir de morta", foi o que ela disse e Lizzi fez isso com tanta vontade que acabou atravessando a barreira entre o mundo dos vivos e dos mortos. Chegando ao outro lado, ela foi recebida por Yamaraj e foi a breve conversa que teve com ele que manteve o seu corpo vivo do lado de cá. Ele avisou que seria melhor para ela se aquele momento fosse totalmente esquecido, que ela precisava seguir sua vida normalmente... mas como fazer isso se agora ela enxergava fantasmas?
"Todo mundo ficava falando da minha sorte. Mas sorte mesmo não seria estar em um voo completamente diferente?"
Enquanto Darcy precisa desbravar uma nova cidade, Lizzie por sua vez tem de explorar um novo mundo. Ambas tiveram suas vidas transformadas e amadureceram, e é isto que iremos acompanhar ao longo dessa leitura.
Querem saber o que vai acontecer? Então leiam!
***
Livros que falam sobre livros são comuns atualmente, mas se engana quem pensa que Além-Mundos se trata apenas de uma história sobre autores e o mercado literário. O que encontramos aqui são duas tramas inteiras, sendo desenvolvidas de maneira paralela, cada uma com suas nuances particulares. Em vários momentos me questionei o porquê do autor ter criado essa estrutura de enredo, afinal, ele poderia ter escrito e publicado os textos de maneira separada, e isso agradaria o leitor da mesma forma. Mas com o avançar da leitura percebi que o grande encanto da narrativa se dava, justamente, em acompanhar o trabalho de revisão feito por Darcy e pela Editora e, simultaneamente, ir conhecendo a versão final daquele relato desenvolvido por ela.
Achei super estranho ver as críticas da editora e da copidesque a respeito do trabalho de Darcy, porque descobrimos todas as imperfeições contidas em sua obra a ponto de ser difícil de imaginar como era o argumento original. Só sei que fechei esse livro com uma certeza: definitivamente, ser escritora não é para mim.
Livros que falam sobre livros são comuns atualmente, mas se engana quem pensa que Além-Mundos se trata apenas de uma história sobre autores e o mercado literário. O que encontramos aqui são duas tramas inteiras, sendo desenvolvidas de maneira paralela, cada uma com suas nuances particulares. Em vários momentos me questionei o porquê do autor ter criado essa estrutura de enredo, afinal, ele poderia ter escrito e publicado os textos de maneira separada, e isso agradaria o leitor da mesma forma. Mas com o avançar da leitura percebi que o grande encanto da narrativa se dava, justamente, em acompanhar o trabalho de revisão feito por Darcy e pela Editora e, simultaneamente, ir conhecendo a versão final daquele relato desenvolvido por ela.
Achei super estranho ver as críticas da editora e da copidesque a respeito do trabalho de Darcy, porque descobrimos todas as imperfeições contidas em sua obra a ponto de ser difícil de imaginar como era o argumento original. Só sei que fechei esse livro com uma certeza: definitivamente, ser escritora não é para mim.
"- Então eu só tenho que escrever outro livro, e estarei curada.- Por um tempo. Tem só um probleminha: eu me senti do mesmo jeito depois de Ailuromante. E Kiralee diz que todos os livros que já escreveu parecem um acidente. Todos nós vamos ter uma eterna síndrome do segundo livro."
A
história de Lizzie me encantou desde o princípio. O "primeiro
capítulo" é impactante e o terror sentido por ela é lembrado no decorrer das páginas. Tirando sua paixão tiro e queda pelo mocinho -
convenhamos que é uma péssima característica do gênero -, tudo ocorreu de maneira
muito equilibrada. Cada evento sucedido me instigava a seguir em frente. A vontade que eu tinha era de pular os capítulos para saber logo o que ia acontecer com Lizzie,
mas me controlei. O ruim é que Além-mundos, escrito por Darcy, não acaba nesse esse exemplar, ele tem continuação e nós, obviamente,
não ficamos sabendo qual é!!!! Fiquei indignada com o desfecho cheio de interrogações. Exijo saber o que aconteceu!
Quanto à
história de Darcy, diferentemente da de Lizzie, não fluiu tão bem para mim. No início foi
divertido observar a mescla de amadurecimento pessoal e criativo da personagem,
inclusive o romance dela influencia diretamente nesses aspectos. Só que
lá pelas tantas a rotina da garota dominou e ficou tudo meio repetitivo,
com um trecho ou outro interessante. Eu tenho um sério problema com
livros grandes porque, mesmo que eles estejam interessantes, sempre se
tornam cansativos. Quando tem enrolação no meio então, impossível não
dar aquela vontade de fazer leitura dinâmica. E dessa vez não seria por um motivo
legal.
Eu poderia escrever muitos parágrafos sobre o quão interessante foi essa experiência de leitura proposta pelo autor, mas vocês ainda precisariam ler para entender exatamente do que eu estou falando. Eu só fico pensando como os outros escritores se sentiram ao ler Além-mundos, de Scott Westerfeld, apesar de que os comentários na contracapa já mostraram um pouquinho de como foi, mas deve rolar muita identificação com os assuntos abordados. O autor foi tão brilhante que estou profundamente arrependida de ter deixado Feios, outra série de sua autoria, parado na minha estante por três anos.
Eu poderia escrever muitos parágrafos sobre o quão interessante foi essa experiência de leitura proposta pelo autor, mas vocês ainda precisariam ler para entender exatamente do que eu estou falando. Eu só fico pensando como os outros escritores se sentiram ao ler Além-mundos, de Scott Westerfeld, apesar de que os comentários na contracapa já mostraram um pouquinho de como foi, mas deve rolar muita identificação com os assuntos abordados. O autor foi tão brilhante que estou profundamente arrependida de ter deixado Feios, outra série de sua autoria, parado na minha estante por três anos.
Vocês podem estar se questionando se a leitura não ficou confusa com tanta informação diferente inserida no contexto, mas não. Scott foi bem sucedido em dividir os assuntos apresentados. Os capítulos são religiosamente intercalados e todos são identificados distintamente por um detalhe gráfico na impressão. Ademais, os tipos de narrativa são diferentes: enquanto a história de Lizzie é escrita em primeira pessoa, a de Darcy é em terceira.
Sobre a edição, a diagramação é simples, ao contrário da capa, que ficou sensacional. Ela cumpre o seu papel de atrair o leitor que desconhece o seu interior, pois é bonita e um tanto quanto enigmática, porém, quando a analisamos após a leitura, percebemos que o responsável por ela sabia o que estava fazendo. Tudo nela tem seu significado! É raro encontrar capas assim, mas é muito gratificante, então palmas para o capista.
"Mindy tinha explicado que muitas coisas tinham fantasmas, não só pessoas. Animais, máquina, até mesmo coisas imensas como florestas derrubadas ou simples, como o aroma de um prato gostoso, podiam deixar traços para trás. O mundo era assombrado pelo passado."
Além-mundos é único, uma leitura obrigatória para todos os amantes da literatura.
Editora Galera Record
554 páginas
Comprar: Saraiva / Amazon
Nota: 4
Oi Dreeh!
ResponderExcluirEu já ouvi falar dos livros do autor, mas nunca li nada dele. Gostei da sua resenha por se tratar de um enredo que estou pouco acostumada a ler e ter duas histórias sendo contadas paralelamente, deixa tudo mais curioso para mim.
Parabéns pela resenha, espero ter a oportunidade de lê-lo logo!
Bjo bjo^^
Vi varias resenhas deste livro e quero muito comprar para tirar inhas proprias conclusões. Na verdade eu sempre quis conhecer o autor porém nunca tive oportunidade de comprar.
ResponderExcluirCom certeza este livro vai para a listinha de futuras compras.