Sinopse: "Red é um carvalho centenário que já viu de tudo um pouco em seus muitos anos de vida. Também é a árvore dos desejos do bairro, e todo ano, no dia 1° de maio, as pessoas amarram em seus galhos fitas ou tiras de tecido com os mais diversos pedidos, sonhos e anseios. Não é da natureza das árvores se intrometer na vida dos humanos, por isso, Red sempre ouve tudo com muita atenção, em silêncio. Mas então, numa noite fria, o pedido sussurrado da solitária Samar faz Red perceber que talvez tenha chegado a hora de sua voz ser finalmente ouvida. Delicado, engraçado e profundo, Árvore dos Desejos é um conto de fadas moderno sobre o poder da amizade e da empatia, mostrando que muitas vezes temos que desafiar a tradição e nossos próprios medos para defender quem mais precisa."
Árvores não sabem contar piadas, mas contam ótimas histórias.Neste livro lindíssimo cuja edição está simplesmente maravilhosa, conhecemos a história de Red, um Carvalho centenário que já viu de tudo um pouco em seus muitos anos de vida. O carvalho-vermelho-americano possui tronco vermelho-acinzentado com casca sulcada; folhas lustrosas com bordas pontudas e raízes teimosas e territoriais capazes de fazer um estrago em encanamentos e calçadas. No outono suas cores são vivas como se estivesse em chamas.
Red também é conhecido como a Árvore dos Desejos do bairro, e todo ano, no dia 1º de maio, as pessoas amarram em seus galhos fitas ou tiras de tecido com os mais diversos pedidos, sonhos e anseios. É costume também sussurrar tais desejos depois de amarrados.
Essa tradição teve início há séculos quando esse carvalho era ainda bem pequeno, apenas uma mudinha sonhando alto. No entanto, era comum apenas na Irlanda e, agora, pode-se encontrar uma árvore dos desejos em todos os cantos do mundo. Cada oferenda representa a esperança de algo melhor.
Esta árvore centenária não era apenas uma árvore. Era também um lar! Em seu muito tempo de vida já abrigou uma comunidade bem variada de animais como esquilos, pássaros diversos, camundongos, gambás, guaxinins, cangambás, raposas etc. Possuía algumas cavidades, o que não é nem um pouco incomum em árvores, pois todas apresentam alguns ocos. Tais ocos podem oferecer abrigos a intempéries.
Aprendemos com Red que ocos são a prova de que uma coisa ruim pode se transformar em uma coisa boa, com a dose certa de tempo, cuidado e esperança. Que as intempéries da vida podem nos fortalecer ao final das contas pois, assim como acontece com Red, pica-paus martelam seu tronco, mas comem pragas irritantes; a grama resfria a terra, mas por outro lado, compete pela água do solo.
Com os humanos isso também acontece, resguardadas as analogias. Os animais competem por recursos, assim como os humanos. Devoram uns aos outros; lutam para estabelecer dominação. A crueldade de uns pode ser o petisco de outros. Nesses casos devemos seguir firmes e fortes, com os galhos erguidos e as raízes no chão; tirando das risadas a força para seguir em frente. Entretanto, ainda podemos nos surpreender. Nos lembrar de que ainda existe beleza na quietude, elegância no acolhimento; que podemos discordar, que isso é normal entre amigos, assim como em ter coisas em comum; que a amizade não tem que ser complicada; que, às vezes, nós é que permitimos que o mundo a transforme em uma coisa difícil.
Não é da natureza das árvores se intrometer na vida dos humanos, por isso Red sempre ouve tudo com muita atenção, em silêncio. Mas então, numa noite fria, o pedido sussurrado da solitária Samar faz Red perceber que talvez tenha chegado a hora de sua voz ser finalmente ouvida. Existem muitas maneiras de trocar informações: uma sobrancelha erguida, um risinho discreto, uma lágrima contida; com as árvores a comunicação acontece de forma tão complicada e miraculosa quanto com os humanos.
Estamos construindo pontes invisíveis que nos conectam com o mundo? Estamos sendo acolhedores e recebendo bem e de braços abertos os recém-chegados? Reflita!!!!!!
Red também é conhecido como a Árvore dos Desejos do bairro, e todo ano, no dia 1º de maio, as pessoas amarram em seus galhos fitas ou tiras de tecido com os mais diversos pedidos, sonhos e anseios. É costume também sussurrar tais desejos depois de amarrados.
Essa tradição teve início há séculos quando esse carvalho era ainda bem pequeno, apenas uma mudinha sonhando alto. No entanto, era comum apenas na Irlanda e, agora, pode-se encontrar uma árvore dos desejos em todos os cantos do mundo. Cada oferenda representa a esperança de algo melhor.
Esta árvore centenária não era apenas uma árvore. Era também um lar! Em seu muito tempo de vida já abrigou uma comunidade bem variada de animais como esquilos, pássaros diversos, camundongos, gambás, guaxinins, cangambás, raposas etc. Possuía algumas cavidades, o que não é nem um pouco incomum em árvores, pois todas apresentam alguns ocos. Tais ocos podem oferecer abrigos a intempéries.
Aprendemos com Red que ocos são a prova de que uma coisa ruim pode se transformar em uma coisa boa, com a dose certa de tempo, cuidado e esperança. Que as intempéries da vida podem nos fortalecer ao final das contas pois, assim como acontece com Red, pica-paus martelam seu tronco, mas comem pragas irritantes; a grama resfria a terra, mas por outro lado, compete pela água do solo.
Com os humanos isso também acontece, resguardadas as analogias. Os animais competem por recursos, assim como os humanos. Devoram uns aos outros; lutam para estabelecer dominação. A crueldade de uns pode ser o petisco de outros. Nesses casos devemos seguir firmes e fortes, com os galhos erguidos e as raízes no chão; tirando das risadas a força para seguir em frente. Entretanto, ainda podemos nos surpreender. Nos lembrar de que ainda existe beleza na quietude, elegância no acolhimento; que podemos discordar, que isso é normal entre amigos, assim como em ter coisas em comum; que a amizade não tem que ser complicada; que, às vezes, nós é que permitimos que o mundo a transforme em uma coisa difícil.
Não é da natureza das árvores se intrometer na vida dos humanos, por isso Red sempre ouve tudo com muita atenção, em silêncio. Mas então, numa noite fria, o pedido sussurrado da solitária Samar faz Red perceber que talvez tenha chegado a hora de sua voz ser finalmente ouvida. Existem muitas maneiras de trocar informações: uma sobrancelha erguida, um risinho discreto, uma lágrima contida; com as árvores a comunicação acontece de forma tão complicada e miraculosa quanto com os humanos.
Estamos construindo pontes invisíveis que nos conectam com o mundo? Estamos sendo acolhedores e recebendo bem e de braços abertos os recém-chegados? Reflita!!!!!!
Oi, amei a resenha. Não conhecia ese livro cheio de reflexão. Inclusive já salvei aqui.
ResponderExcluirBeijos!
https://deliriosdeumaliteraria.blogspot.com/?m=1