Semana Bling Ring - Entrevista com a Autora Nancy Jo Sales - Dia 6

A Gangue de Hollywood

Entrevista
Oi gente, estão gostando da Semana Bling Ring? Espero que sim. Hoje trago para vocês uma entrevista que fiz com a autora do livro, Nancy Jo Sales.

Leiam a resenha do livro Blig Ring: A Gangue de Hollywood AQUI.

A Nancy realmente me surpreendeu! Não quero desmerecer nenhum dos outros autores que já entrevistei, mas entendam, em razão do lançamento do livro e do filme serem recentes, a Nancy está em total evidência, dando entrevistas para inúmeros programas de televisão e meios de comunicação famosos!! Aqui e nos Estados Unidos. A Nancy também acabou se tornando uma celebridade, mesmo que não tivesse intenção disso. E ver um recado meu ser respondido prontamente com tanto carinho e atenção, e depois ver a entrevista sendo respondida de forma tão extensa e profunda, simplesmente me deixou de queixo caído. Me senti a última bolacha do pacote, tenho que confessar!!!

Esta entrevista foi feita através de email, no dia 19/08/2013.

P.S. A tradução foi feita por mim, peço desculpas por algum eventual erro. Foi muito difícil traduzir uma entrevista complexa como esta, mas tentei.

ATENÇÃO! Para quem não leu o livro, cuidado, a entrevista pode conter alguns spoilers da história!! Leiam por sua conta e risco!! 

Nancy Jo Sales
MC: Como surgiu a ideia de fazer a reportagem sobre a Gangue de Hollywood?

NJS: Quando a história veio à tona em outubro de 2009, depois que os garotos foram presos, tornou-se imediatamente uma grande história no noticiário. Ela foi coberta por todos os jornais importantes dos Estados Unidos: o New York Times, Los Angeles Times, CNN, etc. Eu li sobre ela on-line e fui para LA dentro de poucos dias.

MC: Por que você acha que garotos como eles, que tinham tudo o que queriam, vieram a cometer esses crimes?

NJS: "Por que" é realmente a grande questão, é o cerne desta história, e a resposta é bastante complicada. É difícil para mim escolher apenas um motivo para explicar as razões que levaram os garotos da Bling Ring a cometerem os crimes. Eu acho que foi a busca por essas razões que me instigaram a seguir em frente e a escrever um livro sobre eles. Na verdade, a história me pareceu ser tão rica, abordando temas que refletem a cultura e a época em que vivemos agora, que todos estes temas acabam, por fim, refletindo as suas motivações.

Acho que houve razões pessoais e influências sociais que os levaram a fazer o que fizeram. Suas histórias pessoais retratavam aquelas crianças encrenqueiras que tinham problemas em casa, com divórcio, negligência e/ou pais indulgentes. Analisando-os individualmente, eles tiveram problemas familiares, problemas com drogas; diagnóstico de DDA e TDA/H, para o qual alguns estavam tomando medicação, e alguns deles tinham sido expulsos da escola e estavam frequentando uma escola "alternativa", por isso eles se sentiram estigmatizados e alienados. Eles estavam usando uma grande quantidade de maconha e cocaína e alguns deles já estavam viciados. Eles não eram garotos ricos, na verdade, mas eles cresceram em uma comunidade muito abastada onde a diferença do estilo de vida deles e o das pessoas mais ricas era muito aparente.

Mas todas as crianças que têm estes tipos de problemas não andam até a casa de Paris Hilton e simplesmente roubam seus sapatos, ou seja, faz-se necessário analisar a questão sob uma perspectiva mais ampla. Eles foram crianças que cresceram justamente no momento em que a mídia tornava-se obsessiva pelas "estrelas". Eu falo sobre isso no meu livro, sobre como os garotos da Bling Ring eram fascinados por meninas que acabavam sendo presas por dirigirem alcoolizadas ou por posse de drogas, tornando-as modelos de comportamento a seguir. Duas dessas meninas, Paris e Linsey Lohan, na verdade tornaram-se vítimas da Bling Ring, e Rachel Bilson, outra vítima, também tinha saído com alguns garotos arruaceiros mais velhos e teve um acidente de carro que a deixou brevemente em coma. Em meu livro, Alexis Neiers fala abertamente sobre como ficar embriagada tornou-se maneiro para as meninas de sua idade. Dois dos integrantes da Bling Ring foram presos por dirigir embriagados - Nick Prugo e Courtney Ames.

Notei também ao pesquisar para o livro que todas as celebridades, vítimas dos crimes, tinham se envolvido em programas e filmes que promoviam a riqueza e a fama como valores sociais - filmes e programas que também eram populares justamente na época em que os garotos da gangue estavam crescendo. Paris em "The Simple Life", Audrina Patridge em "The Hills", Rachel Bilson em "The OC", etc. Estes programas promoviam a imagem do glamour da riqueza e das celebridades, que foi agravada com explosão de estrelas na última década. A internet deu-nos sites de celebridades que promoviam notícias sobre as mesmas 24 horas por dia, 7 dias por semana. E de repente surgiu o TMZ, um novo tipo desprezível de CNN que veiculava notícias sobre os famosos. Os garotos da Bling Ring eram fascinados pelas celebridades e pelo mundo da moda, alguns deles desejavam ser estilistas famosos e "ter suas próprias linhas de produtos" como as celebridades tinham.

Ainda assim, nada disso explica completamente por que eles fizeram isso, que é o que todo mundo sempre quis saber. Quando a garotada comete crimes, geralmente há um ou dois que são os incitadores do grupo. E no caso da Bling Ring, era Rachel Lee. Ela foi a única que realmente começou a coisa toda. Nick Prugo, que tinha um profundo apego a ela, fazia o que ela mandava, e outros passaram a segui-la também. Nunca cheguei a entrevistar Rachel (ela nunca deu uma entrevista), então eu não sei, em primeira mão, o que motivou ela. Mas a partir de minhas conversas com Nick, e das próprias declarações de Rachel quando ela foi presa, ficou claro que ela estava obcecada pelas celebridades que ela roubou. "O que Lindsay disse?" tornou-se uma frase icônica nessa história - isto foi o que Rachel disse ao policial quando este contou que havia falado com a celebridade vítima do roubo. Rachel estava morrendo de vontade de saber o que Lindsey havia dito sobre ela - mesmo no contexto de tê-la roubado.

Nick também me disse das intenções de Rachel: "Ela só queria fazer parte do estilo de vida que todo mundo quer ter." O estilo de vida dos ricos e famosos, que é sustentado pela nossa cultura como a forma mais maravilhosa de existência. No meu livro eu especulei sobre como a ascensão de um por cento da população ao patamar de extrema riqueza foi adicionada ao sentimento existente entre as pessoas de que estão perdendo alguma coisa que os outros têm. Isto cria um monte de inveja e ressentimento; e a garotada é muito impulsiva e gostam de agir sem pensar e fazer coisas desse tipo. Conversei com algumas pessoas que na verdade me falaram que achavam que os membros da Bling Ring fizeram algo maravilhoso, dando o troco nas classes mais privilegiadas. "Oh, eles têm tanto", eu ouvi as pessoas dizendo - o que foi na verdade uma das explicações dadas por Rachel para o que estavam fazendo, de acordo com Nick.

Por fim, acho que as redes sociais e os reality shows derrubaram algumas paredes que existiam entre os famosos e as pessoas comuns. Nas redes sociais, qualquer um pode se tornar famoso - de uma maneira. E as pessoas famosas estão mais acessíveis do que nunca; eles respondem aos tweets dos seus seguidores diariamente. Reality shows tornaram pessoas totalmente sem talento em celebridades apenas por atuarem em frente à câmera. Então eu acho que os garotos não tiveram a sensação de que suas vítimas eram especiais ou invioláveis. Eles estavam acessíveis, tão acessíveis, que com a ajuda do Google Earth e do site celebrityaddressaerial.com, eles puderam quase que olhar para dentro de suas janelas e descobrir como entrar em suas casas.

MC: Qual foi a repercussão de tais crimes nos Estados Unidos na visão dos jovens?

NJS: Eu acho que as pessoas ficaram fascinadas com a história por causa da maneira que ela reflete o tempo em que vivemos Também não deixa de ser uma história incrível, a respeito da ousadia e da loucura do que eles fizeram. É quase como no conto de fadas de "Cachinhos Dourados e os Três Ursos", só que dessa vez, com a gangue entrando na casa de outra pessoa e provando suas roupas. Ouvi dizer que os roubos têm sido copiados aqui e ali, e eu vi alguns adolescentes escrevendo coisas nas redes sociais como: "Eu quero fazer parte da Bling Ring". Mas no geral eu acho que se transformou numa interessante discussão a respeito do culto às celebridades e seu efeito sobre os adolescentes.

MC: Por que você resolveu transformar a reportagem escrita para a Vanity Fair em livro?

NJS: Eu realmente não esperava escrever um livro. Não até o verão passado, depois do filme já ter sido filmado. Então um editor da Harper Collins se aproximou de mim e perguntou se eu não queria escrever um. Eu fiquei preocupada em não ter tempo livre o suficiente, e eu nunca tinha escrito um livro antes. Mas todo mundo que eu conhecia realmente me incentivou a fazê-lo, então eu fiz.

MS: O que você sentiu ao ver sua reportagem transformada em filme pelas mãos de Sofia Coppola?

NJS: Eu fiquei maravilhada.

MC: O que você achou do filme? Ele traduz o teor da sua reportagem?
 

NJS: Eu amei o filme. Sofia fez um trabalho incrível com esta história e este material. Ela utilizou muito do meu material nas filmagens e inclusive usou minhas transcrições nos diálogos do filme, o que eu acho que foi uma decisão muito inteligente da parte dela. Ela pôde ver que aqueles diálogos eram muito engraçados, reais e reveladores, e ela viu valor neles. Ela chegou muito perto da história que eu escrevi para a revista Vanity Fair. 

MC: Você sabe por que a Sofia optou por trocar os nomes dos membros da gangue?

NJS: Sofia deixou claro que o filme era uma ficção baseado em fatos reais e, apesar dela ter chegado bem perto da verdadeira história, ela também modificou várias coisas a respeito dos adolescentes. Acho que isso ocorreu em parte por questões legais, mas também para deixá-la mais livre para contar a história.

MC: Você acha que tem solução para os problemas que a cultura americana está enfrentando hoje em dia, como o narcisismo, o consumismo desenfreado, a busca incessante pela fama e pelo dinheiro? Existe alguma possibilidade de rompermos com esses padrões culturais e resgatarmos valores morais que realmente importam? Se sim, como?

NJS: Eu acho que os pais e professores devem falar com as crianças e adolescentes e estes têm que conversar entre si. Nós vivemos num momento tão precário, quando há tanta coisa em jogo, com o meio ambiente e muitas outras questões globais. Precisamos nos concentrar em tornar o mundo um lugar melhor.

MC: Você como mãe, faz alguma coisa para impedir que sua filha seja tragada para esse mundo superficial que supervaloriza as celebridades?
 

NJS: Absolutamente. Eu protejo-a de um monte de material inapropriado - e há tanto! Não apenas programas e filmes com valores ruins, humor grosseiro e violência, mas também materiais sexuais inadequados. Mas o crédito para essa decisão é dela. Quando ela tinha uns oito ou nove anos de idade, estávamos assistindo algo na TV e ela disse: "Você sabe, mamãe, eu realmente não acho que eu deveria estar vendo isso." Eu não me lembro sobre exatamente o que era, mas lembro-me dela dizendo que ela não achava que era uma coisa boa para uma criança ver. Ela tinha um senso muito forte de sua própria inocência e de como ela deveria ser protegida. E isso me fez pensar sobre outros produtos comerciais que circulam nos dias de hoje e sobre como eles afetam as crianças.

MC: Se você pudesse dar um recado ou um conselho aos jovens brasileiros, o que diria?
 

NJS: Eu diria muito obrigado por lerem o meu livro! E obrigado pelas ótimas fotos postadas no Instagram que eu adoro ver. Faz-me sentir tão feliz em saber que os jovens do Brasil e em outros países também estão interessados ​​nos temas dessa história. Espero que a conversa sobre esses assuntos tenha começado e se perpetue no futuro.

MC: Gostaria de agradecer a sua atenção e a sua pronta resposta ao meu recado. Estou imensamente feliz em fazer essa entrevista, pois acho o tema do seu livro de extrema importância para o contexto social e cultural que estamos vivendo hoje em dia. Espero que o seu livro ajude a muitos jovens e adultos a enxergarem as coisas de maneira diferente e a refletir sobre qual estilo de vida realmente buscamos e/ou precisamos. Muito sucesso para você, hoje e sempre. Me tornei sua fã.
 

NJS: Muito obrigado por me dar esta oportunidade para falar sobre meu livro. Estou tão feliz que você tenha gostado e realmente aprecio o seu interesse!  

Gostaram da entrevista? A Nancy é uma querida, né?!

E não percam, amanhã é o último post da Semana Bling Ring, que será fechada com chave de ouro com uma promoção!!

Espero por vocês.

Beijos, Mi

32 comentários

  1. Oi Mi :)

    Nossa eu estou doido para ler Bling Ring e ele já está na lista dos livros que irei comprar hahaha, beijos !!

    http://euvivolendo.blogspot.com.br/ ( comenta lá :D )

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  2. Olá Mi,tudo bem?
    Falando tanto dele eu tenho que ler kkk.Spoiler? haha gosto de alguns as vezes ^^
    Menina meus enormes parabéns por conseguir a entrevista com ela,super sensacional rsrs.
    Gostei de conhecer ela mais e a tradução está boa não preocupe.
    Beijocas.
    Tamires C.
    http://de-tudo-e-um-pouco.blogspot.com.br/

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    1. Oi Tami, obrigada pelo carinho. Fico feliz que tenha gostado. Beijos

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  3. Gente, impressionada com o tamanho das respostas da autora. Mostra que ela realmente tirou um tempo para se dedicar à entrevista com carinho e pensar sobre as perguntas que lhe foram feitas. Muito bacana mesmo. Eu também acho que é muito difícil encontrar uma ou "a" explicação para as atitudes que os jovens da Bling Ring tiveram. Os estudiosos chamam a época em que vivemos de "midiática", um tempo em que se valoriza demais os que conseguem atingir um determinado patamar de exposição. A nossa geração é apaixonada pela fama e cada vídeo ou ato de loucura que se posta nas redes sociais ilustra isso. Se esse tipo de cultura já é um desafio em lares estruturados, imagine em uma casa caótica com jovens vivendo vidas vazias e sem perspectiva? Nada justifica, mas o fato é que temos criado um estilo de vida que desconstrói a identidade das pessoas e as empurram para um abismo em busca do estrelato. Quem era a Miley Cyrus antes? Como é que essa menina terminou em cima de um palco quase nua e colocando a língua para fora numa suposta atitude sensual? A indústria do entretenimento transforma o ser humano em um produto e as pessoas sonham em viver essa vida só pela sensação de ser reconhecido, amado ou especial. Não digo que esse é o caso dos jovens da Bling Ring e talvez existam vários outros motivos por baixo dos panos. Mas eu acho que muitas dessas barbaridades nascem da reflexão que o John Green propôs em O Teorema Katherine: essa vontade de ser importante e especial. O que, na maioria das vezes, só mostra o nível da nossa carência e do nosso vazio.

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    1. Perfeitas considerações. Não é à toa que amo O Teorema Katherine. Não entendo como muita gente não gostou. A reflexão levantada por John sobre a incansável busca de ser especial, de ganhar destaque, de deixar a sua marca no mundo, até como o próprio Gus de A Culpa é das Estrelas queria ter feito, é essencial nos dias de hoje. Precisamos debater esses assuntos, precisamos entrar em estado de alerta enquanto ainda há tempo de modificar a realidade. Porque senão, não sei onde tudo isso vai parar :o( Beijos

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  4. Esqueci de dizer...Outra coisa que admirei demais foi a atitude que ela descreveu na criação da filha. Um dia desses, eu estava debatendo esse assunto aqui em casa. Nós estamos fazendo o download de um seriado antigo, chamado Full House (aqui no Brasil chamavam ele de "Três é demais". Foi a série que revelou as gêmeas Olsen).A história mostra um pai viúvo lutando para criar suas três filhas com ajuda de dois amigos. Todos moram na mesma casa e foi daí que surgiu o nome da atração, pelo que dizem. E nós estávamos assistindo os primeiros episódios e reparando como é difícil encontrar um programa assim hoje em dia. Até o cenário era diferente: na época das primeiras temporadas, a casa era cheia de brinquedos, joão bobo, cabeça de batata, pula corda, jogos de tabuleiro, bonecas...A baguncinha típica de criança. As meninas vestiam roupas infantis, usavam e abusavam dos vestidinhos e estampas inocentes, apareciam de mochila, lancheira e lidando com os problemas comuns de matemática. Tinham que aprender a dividir o quarto, a se aceitar como elas eram e reconhecer o erro quando se aproveitavam da babá nova e mentiam sobre a hora de dormir. Havia uma construção de valores familiares, uma noção de que viviam debaixo de limites e precisavam respeitá-los. Quando a mais velha arranja o primeiro namoradinho ou quando o cachorro da família morre e a caçula fica inconsolável...Tudo é assunto conversado e termina em um abraço com o pai. A noção de viver em família era trabalhada. Mi, é tão diferente hoje! Tenho priminhas que amam a Disney Channel e as séries infantis mudaram demais. Primeiro que as meninas não são simplesmente garotas normais aprendendo a viver um dia de cada vez e buscar uma carreira comum. Pode reparar: mocinha de seriado infanto-juvenil canta, dança, sapateia...É uma pop star em potencial. Os quartos são cobertos de pôsters, maquiagens, roupas e adereços descolados...Os pais não aparecem mais nesse sistema de parceria. Ou são sujeitos atrapalhados que ficam se estabanando em suas confusões, ou são ausentes e só aparecem para elogiar e sussurrar palavras de apoio ao que os filhos fazem, ou são os vilões que nunca entendem o seu talento. Dificilmente se assiste uma atração na qual o pai entende mais do que você. Uma inversão completa. Conotações sexuais, piadas de péssimo gosto, incentivo ao consumismo e uma vitrine de cultura pop. As mensagens podem até ser bonitinhas, mas costumam vir embrulhadas em tantos conceitos errados, que se torna intragável. O adolescente é o protagonista e os parentes não participam ativamente de nada. Nem sei se aqui é lugar para expor esse tipo de revolta, mas as famílias estão decadentes e a mídia vende um retrato de que está tudo bem, de que a "vibe" agora é essa. Tudo muito lamentável.

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    1. Laís do céu, ótima constatação e contribuição a sua! Você tem toda razão. Hoje em tudo que vemos, seja novela, filme, seriado e até desenho animado, os valores estão completamente perdidos ou invertidos. Eu era apaixonada por Três é Demais e concordo, antigamente os assuntos abordados eram outros. Não é à toa que simplesmente não vejo mais TV. Sou muito radical em relação a isso. Ok, não sou perfeita e não sou hipócrita a ponto de dizer que também não faço parte dessa cultura midiática, afinal, estamos inseridos nesse contexto diariamente, é quase impossível não ser influenciado. Mas acho importante termos a consciência sobre o assunto e fazermos o possível para não só protegermos nossos "futuros" filhos dessa exposição desnecessária à cultura pop do consumismo, futilidade e supervalorização da fama e da riqueza, como ensiná-los a discernir o que é melhor para eles ou não, assim como que, pelo visto, foi o que a Nancy fez com a filha dela. Fiz questão de fazer essa pergunta porque sabia que ela é mãe, e sabia o posicionamento dela sobre o assunto. Então precisava saber o que é que ela fazia dentro de casa, para evitar o comportamento que ela tanto abomina. E adorei a resposta dela. Beijos

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  5. Oi Mi!
    Ah, eu quero taaanto ler esse livro! Solicitei pra resenha à editora, mas em função da Bienal e tudo o mais, ele não chegou ainda. Mas estou me mordendo de ansiedade em lê-lo (e depois é óbvio que quero correr para o cinema ver o filme!)
    Bom, quando eu li que pode conter spoilers, fiquei receosa e resolvi voltar aqui e ler a entrevista após ler o livro - espero me lembrar disso! Mas te dou os parabéns por conseguir uma entrevista tão atenciosa com a autora. Ela deve ser super atenciosa mesmo, pois eu mesma não teria muita esperança de ter um recado respondido por um autor internacional, ainda mais em tanta evidência. Parabéns!
    Grande beijo.

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    1. Oi Gabi, obrigada pelo carinho. Ficarei então aguardando você assim que ler o livro para conferir as respostas dadas pela Nancy sobre a Bling Ring e sobre os temas abordados na história. Espero que goste. Beijos

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  6. Nossa, que entrevista mais interessante
    Já estava querendo ler esse livro, mas depois de ter lido esse post, fiquei com mais vontade
    A autora é uma fofa

    Beijos
    @pocketlibro
    http://pocketlibro.blogspot.com

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    1. Feliz que tenha gostado. A autora é uma querida mesmo. Beijos

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  7. Acho a cara da riqueza essas suas entrevistas internacionais, haha.
    Adorei as perguntas, as respostas dela me deixaram ainda mais curiosa quanto a leitura do livro. Vi na Turnê Intrínseca e fiquei mega curiosa :)

    Beijocas,
    www.segredosentreamigas.com.br/

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    1. kkk Que bom que você gosta.. eu adoro fazê-las e fiquei super feliz de ter tido o retorno da Nancy. Espero que goste do livro. Beijos

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  8. Oi Mirelle,
    Que fofíssima a autora. Super simpática!!!
    Parabéns pela entrevista. Não o li o livro, mas quem sabe um dia.
    bjs

    http://entrepaginasesonhos.blogspot.com.br/

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  9. Oi querida!
    Adorei a autora e ainda mais as respostas dela, ela me pareceu muito solicita, adoro gente assim!

    Parabéns pela entrevista e assim que possível irei ler o livro!

    Beijinhos
    As Leituras da Mila

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    1. Oi Mi, obrigada. Fico feliz que tenha gostado. Depois dessa entrevista fiquei ainda mais fã da Nancy. Beijos

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  10. Parabéns Mirelle, ótimas pergunta! Principalmente a 8º, que foi espetacular! Essa autora parece ser uma boa pessoa, e principalmente ele é humilde que é o que falta para muitos autores por ai. A humildade e o talento é o que leva muitas vezes a autora a fama, mas espero que ela não perca isso com o passar do tempo, que é o que acontece com muitos autores de nome, que eu prefiro não citar.
    Amei a entrevista, ela responde muito bem, do mesmo jeito que também escreve. Pode se sentir honrada de entrevista uma grande autora, não é todo blog que consegue não, você merece! Eu posso está enganado mas ele pode ser a futura J.K Rowling, estou muito confiante no talento dela!

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    1. Olá querida, a Nancy foi realmente fantástica. E tenho certeza de que ela não irá se perder não, porque é justamente sobre isso que ela fala no livro, e ela tem muita consciência a respeito da supervalorização da fama e da cultura midiática atual. Não sei se compararia Nancy com JK porque ambas possuem estilos de escrita completamente diferentes. Não podemos esquecer que a Nancy na verdade é uma jornalista, e não uma romancista. Beijos

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  11. Adorei a entrevista!!! Adorei a forma como a autora aborda o tema em seu livro, e estou extremamente curiosa para lê-lo em breve. Creio que é um excelente tema para se debater, refletir, e principalmente para mim que sou adolescente, refletir um pouco. Adorei o tema, e acho que a sociedade deveria pensar um pouco mais sobre ele e rever que conceitos, ideologias e imagens estamos repassando para as novas gerações, e que jovens sarão esses que são o futuro do nosso mundo.

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    1. Concordo com tudo que disseste Lorena, e acho que esse tema deve sim ser amplamente debatido principalmente entre os jovens da sua idade, que são a nossa esperança de um mundo melhor. As coisas têm que começar a mudar e a melhorar.. se não.. Beijos

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  12. Muito bom quando os autores são tão acessíveis e dispostos a conversar com os leitores. Parabéns pela entrevista e pelo esforço na tradução. Como ainda não li o livro, não li toda a entrevista, mas com certeza o seu esforço valeu a pena.

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    1. Oi Vanilda, eu amo quando me deparo com autores humildes e acessíveis. Isso me encanta ainda mais. Obrigada pelo carinho. Beijos

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  13. Legal a entrevista, pois dá para conhecer um pouco sobre a autora do livro. E logo na primeiro pergunta conhecemos o motivo que a fez querer escrever um livro sobre o fato.

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    1. Também adorei descobrir como surgiu a ideia toda por trás do livro. Beijos

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  14. Adorei a entrevista! A forma como ela explica tudo, muito bom! Linda a parte que ela fala da filha dela *-* É legal que a própria criança, saiba que ela não deveria está vendo certas coisas, muito interessante!

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    1. Ai, eu também achei.. me arrepiei nessa parte.. Isso tudo é resultado de uma boa criação, calcada em valores e princípios e na presença constante dos pais. Algo difícil de encontrar hoje em dia, infelizmente. Beijos

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  15. Uow. Ele lhe concedeu uma entrevista mesmo com o trabalho dela tao em foco assim! Mi isso foi muito legal da parte dela, mostra a humildade e a vontade de realmente levar isso para o mundo. Cara to chocada. é muito legal mesmo!
    E putz que entrevista que ela deu. ADOREI!
    Super queria ela mesmo.

    E mi, preciso dizer..
    Você sempre tem uma entrevista incrivil para nós hein rsr

    Beeijinho. Dreeh
    Livros e tudo o que há de bom

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    1. E não é de ficar estupefata com a situação em si? Não me aguentei de felicidade não só quando ela aceitou fazer a entrevista, mas quando comecei a ler as respostas e fiquei abobada com tudo que ela escreveu.. ainda nem acredito.. kkk Oin, obrigada pelo carinho amiga. Fico feliz que goste das entrevistas <3 Beijos

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  16. Amei a entrevista. Isso mostra como ela se dedicou para fazê-lo. E como é bom quando um autor(a) é acessível e se mostra ao público de uma forma que nos deixa a vontade. Ainda não li o livro, mas tenho certeza que ela fez de tudo para que o leitor se sentisse "em casa".
    Parabéns pelo blog.

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    1. Realmente Gislaine, a Nancy fez um trabalho árduo para que conseguisse compilar o material mais completo possível para a criação desse livro. Para que pudéssemos ter todos os pontos de vista da história, pensássemos sobre o ocorrido e para que tirássemos nossas próprias conclusões. A Nancy fez um trabalho brilhante. Beijos

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