Resenha - Os Números do Amor

Sinopse: "Um romance que prova que o amor muitas vezes supera a lógica.Já passou da hora de Stella se casar e constituir família ― pelo menos é isso que sua mãe acha. Mas se relacionar com o sexo oposto não é nada fácil para ela: talentosa e bem-sucedida, a econometrista é portadora de Asperger, um transtorno do espectro autista caracterizado por dificuldades nas relações sociais. Se para ela a análise de dados é uma tarefa simples, lidar com os embaraços que uma interação cara a cara podem trazer parece uma missão impossível. Diante desse impasse, Stella bola um plano bem inusitado: contratar um acompanhante para ensiná-la a ser uma boa namorada. Enfrentando uma pilha cada vez maior de contas, Michael Phan usa seu charme e sua aparência para conseguir um dinheiro extra. O acompanhante de luxo tem uma regra que segue à risca: nada de clientes reincidentes. Mas ele se rende à tentação de quebrá-la quando Stella entra em sua vida com uma proposta nada convencional.Quanto mais tempo passam juntos, mais Michael se encanta com a mente brilhante de Stella. E ela, pela primeira vez, vai se sentir impelida a sair de sua zona de conforto para descobrir a equação do amor."
Sabe aquele livro que você começa a ler despretensiosamente, por indicação de amiga, que não espera nada demais, apenas mais um romance água com açúcar, mas que no final ele te surpreende tanto que você se pega pensando que sentirá falta da história, dos personagens e que te causa uma grande ressaca literária? Os Números do Amor foi esse livro!

Já li esse livro há um tempo, mas eu simplesmente travei na hora de trazer a resenha. Não sei exatamente o motivo, afinal, eu amei a história e li em apenas um dia o livro inteiro. Acho que a verdade era que eu não estava pronta pra desapegar dele ainda. Rs.

Nesse livro conhecemos Stella Lane, uma jovem matemática brilhante, bonita e com uma vida profissional e financeira confortável. Stella tem uma doença chamada Síndrome de Asperger (classificado como um transtorno do espectro do autismo, que se caracteriza por dificuldades na interação social e na comunicação). 

Toda essa dificuldade que ela possui em socializar, faz com que ela seja uma mulher solitária e sua família não vê a hora dela construir uma família, mesmo que isso incomode mais a eles, do que a própria Stella. 

A fim de tentar resolver esse problema, ela decide que precisa aprender com um profissional como ter um relacionamento e contrata Michael Phan, um acompanhante. A princípio Michael não entende porque uma mulher jovem, bonita e bem sucedida precisa de sua ajuda para aprender a estar em um relacionamento, mas com o tempo, percebe o modo peculiar de Stella e isso faz com que ele sinta coisas novas e veja de uma maneira única, com isso, sentimentos começam a aparecer e ambos não sabem como lidar com todas as diferenças entre eles. 

"Ela tinha uma síndrome, mas a síndrome não era aquilo que a definia. Ela era Stella. Um indivíduo único."

A autora conseguiu algo muito interessante em relação aos personagens! Mesmo ela sendo a pessoa que “precisa de ajuda”, Stella é uma jovem confiante, ela sabe das dificuldades, muitas vezes não percebe quando magoa alguém, percebe-se que é totalmente sem maldade, ela apenas não tem filtros e nem tato. 

Michael é o cara que a princípio é super seguro se si, mas conforme vamos o conhecendo e vendo sua relação com outros personagens, percebe-se que ele não é tão despreocupado assim. Sua relação com a família o torna mais humano e encontramos vulnerabilidades fundamentais para o nosso envolvimento com os personagens. 

O livro é narrado em terceira pessoa. Não é minha forma favorita, mas a escrita fluida da autora é tão boa, que você se vê devorando as páginas e sendo cativado cada vez mais pelos personagens, tanto os principais, quanto os secundários. 

O livro também possui várias cenas hots, afinal, é um livro adulto. Essas partes são bônus extras, porque eles acrescentam a intimidade dos personagens que nós buscamos durante a leitura, conforme o relacionamento entre eles começam a desenvolver, ocorre de uma forma natural e gradativa. 

Adorei esse livro e se você busca uma leitura gostosa e fluida, precisa conhecer essa história! 

Os Números do Amor
Helen Hoang
Editora Paralela
280 páginas
Nota: 5

1 comentários

  1. Oi, Pam, tudo bem?
    Gostaria de pedir que você evite chamar a Síndrome de Asperger de "doença". A SA é uma condição de neurodesenvolvimento que implica deficiências de âmbitos socializatório, linguístico não verbal, sensorial e motor, caracterizando assim uma deficiência - inclusive de acordo com a lei brasileira, vide a Lei Berenice Piana.

    Além disso, chamar uma condição do espectro autista de "doença" é considerado desrespeitoso e preconceituoso pelos autistas. E eu sou autista aspie (tenho a Síndrome de Asperger).

    Deficiências não são doenças. Autismo/Asperger não é uma doença. É uma diferença que precisa ser respeitada e acolhida pela sociedade.

    No lugar de "doença", você pode usar "condição" ou "deficiência".

    Grato!

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