Sinopse: "Richard Strickland é um oficial do governo dos Estados Unidos enviado à Amazônia para capturar um ser mítico e misterioso cujos poderes inimagináveis seriam utilizados para aumentar a potência militar do país, em plena Guerra Fria. Dezessete meses depois, o homem enfim retorna à pátria, levando consigo o deus Brânquia, o deus de guelras, um homem-peixe que representa para Strickland a selvageria, a insipidez, o calor — o homem que ele próprio se tornou, e quem detesta ser. Para Elisa Esposito, uma das faxineiras do centro de pesquisas para o qual o deus Brânquia é levado, a criatura representa a esperança, a salvação para sua vida sem graça cercada de silêncio e invisibilidade. Richard e Elisa travam uma batalha tácita e perigosa. Enquanto para um o homem-peixe é só objeto a ser dissecado, subjugado e exterminado, para a outra ele é um amigo, um companheiro que a escuta quando ninguém mais o faz, alguém cuja existência deve ser preservada. Mistura bem dosada de conto de fadas, terror e suspense, A Forma da água traz o estilo inconfundível e marcante de Guillermo del Toro, numa narrativa que se expande nas brilhantes ilustrações de James Jean e no filme homônimo, vencedor do Leão de Ouro em 2017. Uma história cinematográfica e atemporal sobre um homem e seus traumas, uma mulher e sua solidão, e o deus que muda para sempre essas duas vidas."
Estados Unidos, 1962. Richard Strickland, um oficial do
governo americano possui a missão de permanecer na Amazônia para capturar um homem-anfíbio
denominado deus Brânquia. A captura desse
ser significa uma grande oportunidade para fins de estudos e desenvolvimento
tecnológico para a Occan, um centro de
pesquisa militar nos EUA.
Elisa Esposito sempre teve a sensação de não
pertencer a lugar algum, muda e com marcas estranhas em seu pescoço, a moça que
cresceu em orfanatos tem uma vida monótona e um emprego medíocre como faxineira
na Occan, onde trabalha
desde os seus 18 anos. Mas as coisas mudam quando ela se depara com o novo alvo
de estudos do laboratório durante um de seus turnos, um homem peixe, um ser
capaz de comunicar-se e enxerga-la por completo, sem seus defeitos de nascença
e suas limitações.
O problema é que Brânquia é apenas um recurso para o centro de pesquisa, e após seu uso deverá ser
exterminado. Para evitar que isso aconteça, Elisa precisará arquitetar um plano antes que Brânquia morra pelas condições impróprias ao qual vem sendo forçado a permanecer
em nome da ciência, ou pelas maldades de Strickland, que a todo custo
deseja concluir sua missão.
Narrado em terceira pessoa pela perspectiva de diversos personagens
importantes na história, A Forma da Água tem como pano de fundo o cenário dos anos 60 e aborda assuntos
importantes como preconceito racial, homossexual e a submissão de mulheres que
já lutavam por um mercado de trabalho justo e igualitário.
O que mais me chocou na obra foi perceber a maldade por trás da ciência
que envolvia os estudos com o deus Brânquia, situações que por
vezes me fez refletir sobre a moral da história e questionar quem era o
verdadeiro monstro - o ser humano ou o ser da selva? No entanto o que mais me
fez refletir sobre essa questão foi o fato de ainda hoje usarmos seres vivos
para alcançarmos resultados promissores no meio cientifico, até que ponto o ser
humano é capaz de chegar para adquirir esses benefícios?
Em suma, A Forma da Água foi uma leitura que iniciou de forma lenta e maçante, mas acredito que
esse início arrastado se dê ao fato da densidade dos assuntos abordados e da
quantidade de personagens ativos compondo a construção do enredo, cada um com
seus anseios, batalhas diárias e dilemas, que de uma forma emocionante me fez
sentir na pele seus temores e torcer para que alcançassem seus sonhos mais
profundos.
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