Resenha - A Prisão do Rei

Sinopse: "Mare Barrow foi capturada e passa os dias presa no palácio, impotente sem seu poder, atormentada por seus erros. Ela está à mercê do garoto por quem um dia se apaixonou, um jovem dissimulado que a enganou e traiu. Agora rei, Maven continua com os planos de sua mãe, fazendo de tudo para manter o controle de Norta — e de sua prisioneira. Enquanto Mare tenta aguentar o peso sufocante das Pedras Silenciosas, o resto da Guarda Escarlate se organiza, treinando e expandindo. Com a rebelião cada vez mais forte, eles param de agir sob as sombras e se preparam para a guerra. Entre eles está Cal, um prateado em meio aos vermelhos. Incapaz de decidir a que lado dedicar sua lealdade, o príncipe exilado só tem uma certeza: ele não vai descansar enquanto não trouxer Mare de volta."
No desfecho de Espada de Vidro, Mare se entrega para salvar todos aqueles que ela tanto ama, se rendendo ao jovem rei. A Prisão do Rei (com esse título tão óbvio) é exatamente isso, Mare presa totalmente a mercê de Maven. O jovem rei obcecado por ela mostra mais da sua loucura desenfreada, o que nos faz sentir calafrios em alguns momentos. Mare é usada o tempo inteiro num joguinho sórdido e político, a fim de tornar Maven um rei “benevolente” que só pensa no melhor para o seu povo. Será que alguém acredita nele?

Com isso, a narrativa do livro passa por outros personagens, o que me agradou bastante. Deu-nos a chance de conhecer mais a fundo alguns outros personagens. E olha, senta que lá vem muita surpresa. Como dizem, é impossível saber o que se passa na mente e coração alheio, certo!? Errado! Victoria nos dá essa visão do íntimo de Cameron, que é quem nos mostra como anda a revolução e os planos da Guarda Escarlate, e pasmem de Evangeline, e essa sim, me deixou de queixo caído.

Confesso que a escolha de Cameron para mostrar como iam as coisas do lado da Guarda Escarlate foi uma surpresa. Primeiro porque ela não é (era) uma personagem com grande destaque, segundo porque eu jurava que seria alguém como Farley ou Cal. Porém, foi uma grata surpresa, e seu ponto de vista não foi tão tendencioso, talvez essa tenha sido a intenção.


Em meio à guerra cada vez mais eminente, e as óbvias tentativas de regaste de Mare, nada do que imaginos acontece, no final, o desfecho é tudo, menos esperado.  Alianças surgem de onde menos se espera, as reviravoltas nos deixam sem folego. 

Confesso que os trechos narrados por Mare durante o cativeiro são bem monótonos, afinal, ela estava presa, né. Mas a autora compensa esses pequenos momentos de tédio com muita ação e adrenalina depois.

Além de todo jogo político, das táticas de guerra, o romance também ganha muita força nesse livro – já era hora, né!? – e nos faz suspirar diversas vezes. Finalmente os personagens estão se entregando, se permitindo mais, e deixando o orgulho e seus medos de lado.

Temos a presença de uma nova/antiga Rainha, que fez toda a diferença nos rumos que as coisas tomaram e também na ruína de nossos pobres corações de leitores. Segurem que lá vem pisão, hein!

O ápice do livro é quando o grande confronto finalmente acontece, e caramba! É épico, de arrepiar... Nos deixa assim como Mare, elétricos. Rsrs Sério, os acontecimentos de desenrolam numa velocidade surpreendente nessa hora, e é como se estivéssemos no meio da batalha tentando enxergar cada canto dela. É surreal  e extasiante.

Só posso dizer que esse terceiro volume veio para triturar nossos corações, nos deixar de boca aberta a cada capítulo. E o desfecho... Bom, Victoria, você não podia ter feito isso conosco. De jeito nenhum! Só vou dizer que terminei o livro com o coração esmagado – porque apertado é pouco - e lágrimas nos olhos. 

Agora é aguardar o – recentemente prometido - último livro dessa série que arrebatou nossos corações!

A Prisão do Rei - Victoria Aveyard
Livro 03
Série A Rainha Vermelha
Editora Seguinte
544 páginas
Comprar: Saraiva / Amazon
Nota 5

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