Resenha - Meu Livro. Eu que Escrevi

Sinopse: "Duny (lê-se Dani) é uma celebridade de alcance mundial, alçada ao estrelato por seu imenso talento, inteligência, classe e beleza incomparáveis. Ou, pelo menos, era isso o que ela esperava da vida - que, no caso de Duny, se resume basicamente a um loop infinito de lacres, barracos e baixarias cometidos em busca da fama. Meu livro. Eu que escrevi é o maior deles. Conhecida dos fãs principalmente por trabalhar e morar na Pensão da Tia Ruiva e ser uma das estrelas da websérie Girls in the House, Duny hoje comanda também o reality show investigativo Disk Duny e é comentarista on-line de premiações como o Oscar e o Grammy para uma grande rede de TV, mas ela já passou por muita coisa nessa vida: da humilhação pública de fazer agachamentos em trajes sumários num programa de auditório a fingir que suporta crianças só para ser babá da filha de uma artista famosíssima e ficar um tantinho mais perto dos maiores nomes da música pop. Se valeu a pena? Para Duny, ainda vamos saber. Mas, para quem lê essa autobiografia recheada do início ao fim com o melhor da ironia (ou grosseria) moderna e total ausência de preciosismo vernacular, vale cada página."
Em meados de junho do ano passado, navegando pelo YouTube, descobri a websérie Girls in the House. Criada por Raony Phillips, a série conta a história de três amigas, Alex, Duny e Honey, que vivem na Pensão da Tia Ruiva e se metem em inúmeras confusões. Todo projeto é feito no jogo The Sims 4 e conquistou inúmeros fãs no decorrer de três  temporadas.

Quando a Intrínseca anunciou o lançamento de Meu Livro. Eu que Escrevi, imediatamente fiquei empolgado. Assim que disponível, solicitei meu exemplar e o passei na frente de todas as leituras. Devo dizer que foi uma excelente escolha, porque que livro maravilhoso! 

A obra é uma biografia de Duny Everley, a personagem mais icônica de Girls in the House. Duny nasceu para ser famosa, mas o mundo não pensa como ela. Ela já tentou de tudo, desde participar do American Idol até ser assistente de palco de um programa infantil, mas parece que o anonimato é seu destino.

A cada capítulo, Raony vai narrando, em primeira pessoa, as peripécias da vida de Duny. Como a vez que ela foi feita de refém no mercadinho da esquina e fingiu estar parindo para se salvar da morte iminente. Mesmo com o assalto passando ao vivo no Facebook, Duny não conseguiu seus cinco minutos de fama.

A escrita de Raony Phillips é simplesmente maravilhosa. Leve, fluida, envolvente e regada de um humor ácido e referências pop, a obra é muito bem desenvolvida. Mesmo tendo sido criada com o intuito de ser cômica, não há nenhum descaso na evolução da trama. A narrativa é episódica e cada capítulo é atado ao outro de forma impecável.

A edição física está muito bem trabalhada. A capa é simples, mas chama bastante atenção. O título é uma jogada sensacional. Adoro usá-lo para inúmeras referências. A diagramação é bem trabalhada. Cada início de capítulo conta com ilustrações de Duny bem coloridas e chamativas, o que combina perfeitamente com a personagem. A revisão está impecável, mais um trabalho maravilhoso da editora Intrínseca.

Meu Livro. Eu que Escrevi é uma obra sensacional e que merece ser conhecida por todos vocês. Garanto que tanto o livro, quanto a série Girls in the House, valem a pena. Se joguem na narrativa e se deliciem com essa proeza cômica.

Meu Livro. Eu que Escrevi - Duny (Raony Phillips)
Editora Intrínseca
168 páginas
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Nota: 5

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