Top 5 - Mães que Roubam a Cena

E aí pessoal, hoje trago para vocês um post especial em comemoração a essa data tão querida, que deveria ser celebrada todos os dias e que se tornou um marco mundial: o Dia das Mães. Então é claro que o Recanto da Mi não podia ficar fora da festa, não é?

Pensando nisso, separei cinco livros que possuem tipos diferentes de mães para falar aqui para vocês e mostrar que não existe uma mãe perfeita, e que não é por isso que elas não deixam de ser maravilhosas a seu jeito. Elas não são necessariamente as protagonistas da história, porém são personagens que roubam a cena e que cumprem o papel que lhes foi concedido com maestria.

ATENÇÃO! Esse post pode conter spoilers das obras abaixo. Leiam por sua conta e risco!


1. EMILY LANCASTER - Mãe de Hazel Grace
A Culpa é das Estrelas, de John Green

Editora Intrínseca

Quem aqui não conhece a história de amor de Hazel Grace Lancaster e Augustus Waters? Se vocês não leram o livro e nem assistiram ao filme, no mínimo já ouviram algo sobre ele, porque houve uma época em que não se falava acerca de outra coisa senão A Culpa é das Estrelas. Talvez vocês não tenham prestado muito atenção na personagem Emily Lancaster, mãe da protagonista. À primeira vista ela pode parecer uma mãe durona, como outra qualquer, que faz de um tudo pela filha que pode morrer a qualquer momento. Mas não é bem assim. Por debaixo da falsa força que ela se esforça em demonstrar, está uma mãe fragilizada, que tenta esconder seus medos e temores para não abalar a confiança de Hazel, ao mesmo tempo em que, conflituosamente, tenta traçar opções para o seu futuro caso o pior aconteça. Seus sentimentos tornam-se mais evidentes na adaptação cinematográfica, tendo em vista de que nessa produção não estamos presos apenas ao ponto de vista da protagonista. Como cenas memoráveis destaco a que Hazel, ainda criança, está internada; e outra na qual Emily decide viajar com a filha para ela conhecer o autor de seu livro favorito, apesar dos riscos que essa aventura pode promover. Tais esforços em se manter sã em ambas situações são comoventes.


2. JANINE CAVALHEIRO - Mãe de Amanda e Ivy
Quando o fim pode ser o começo, de Lycia Barros
Livro 01
Série Uma Herança de Amor
Editora Novo Século

Janine não pode ser considerada uma mãe exemplar logo de cara, fato que está bastante claro na sinopse do livro, e sua filha, Amanda, nos ajuda com louvor a odiá-la, entretanto, à medida que as páginas passam, entramos em um grande conflito quanto a julgar essa mãe por seu passado, principalmente por todo o carinho que ela dedica à Ivy e aos seus enteados. Está nítido que Janine cometeu erros, e que mesmo no presente ainda se vale de algumas armações para conquistar o amor da filha mais velha e mantê-la por perto, todavia, fica visível que, apesar de suas falhas, Janine sempre quis o bem de Amanda, e que ela fará de tudo para ver a filha feliz, mesmo que isso signifique perder o contato com ela outra vez.


3. LAITHLIN - Mãe de Yarvi
Meio Rei, de Joe Abercombrie
Livro 01
Série Mar Despedaçado
Editora Arqueiro

Laithlin é uma mãe que eu, particularmente, não consegui me afeiçoar inicialmente, conhecida como a Rainha Dourada, ela demonstrou ser bastante fria, desprovida de amor por seu filho caçula, e preocupada única e exclusivamente com as aparências e com o futuro próspero do reino de Gettland. Levou bastante tempo para ela me conquistar, porém quando o fez, não teve volta. Sua coragem em se voltar contra tudo e contra todos para proteger Yarvi, renunciando à sua posição, que conquistou ao longo de sua vida, sem pensar duas vezes foi de tirar o fôlego. Eu não esperava uma atitude tão decisiva de sua parte quando tudo ocorreu. Ela simplesmente jogou tudo para o alto e se aliou ao filho por quem nunca demonstrou amor.


4. MIRTA - Mãe de Rhodes
A Dama do Coliseu, de Gabriella A. Maya
Editora Ases da Literatura

De todas as mães citadas nesse post, essa é a única que protagoniza um livro. Mirta foi o verdadeiro amor de Júlio César, uma gaulesa por quem ele se apaixonou quando dominou a Gália, e que o ajudou a enfrentar a epilepsia que o afligia. Do fruto desse amor nasceu Rhodes, e como não queria deixar o filho para trás e esse era o único filho homem que tivera, Júlio César os levara para Roma, porém ele não podia ser visto com a gaulesa. Tendo deixado o filho sob os cuidados de amigos, Júlio conseguiu fazer com que Mirta entrasse para o templo da deusa Vesta, como se ela ainda fosse virgem, e lá ela ficaria até completar o tempo determinado, quando enfim sairia e os três viveriam como uma família. Mirta sempre visitava o filho quando possível, e aceitou tal situação por desejar que Rhodes crescesse na companhia do pai, contudo, quando ele foi assassinado, ela não pensou duas vezes em correr para retirar o filho do caos que Roma se tornara. Ela estava ciente dos perigos de voltarem à Gália, todavia, era mais perigoso permanecer na capital do mundo, onde Rhodes poderia ser morto por ser herdeiro do grande César do que se arriscar. Aqui podemos perceber nitidamente como uma mãe é capaz de mover céus e terras por um filho, principalmente quando a sua segurança e bem estar estão em cheque. 


5. ROSA HUBERMANN - Mãe adotiva de Liesel Meminger
A Menina que roubava livros, de Markus Zusak
Editora Intrínseca

Rosa é a mãe adotiva de Liesel. Sua mãe verdadeira não tinha condições de criá-la, e por isso a levou, junto do irmão caçula, para ficar sob os cuidados do casal Hubermann. O pai adotivo sempre demonstrou carinho pela garota, porém a mãe não media esforços para agir com grosseria e brigar com ela por qualquer motivo. Em um primeiro momento, Rosa aparenta ser uma mulher incapaz de amar e parece ter aceitado abrigar Liesel apenas por causa da ajuda financeira recebida, entretanto, com o passar das páginas, fica claro que esse comportamento hostil de sua parte é uma armadura para esconder seus sentimentos, porque no fundo ela ama Liesel de maneira tão intensa que faria qualquer coisa pela garota, como fica evidente nas cenas de carinho entre ambas que, embora sejam poucas, são marcantes. Às vezes a correria do dia a dia ou as dificuldades enfrentadas pelos adultos fazem com que os mesmos não consigam externalizar seus sentimentos, mas não significa que seus filhos não sejam o mundo para eles.

E aí, gostaram da seleção que eu fiz? Se recordam de alguma outra mãe que tenha se destacado em alguma obra que leram? Compartilhem com a gente aí nos comentários. 

E FELIZ DIA DAS MÃES para todas vocês!
 

5 comentários

  1. De todas as m~es citadas só tive contato mesmo com a primeira a mãe de Hazel Grace, mas fiquei curiosa sobre as outras e seus respectivos livros, especialmente sobre o livro da Lycia Barros ;) Feliz dia das mães pra todas também e curti demais o post :D

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  2. Laplace!
    Ser mãe é bem difícil e não tem uma fórmula perfeita, a única coisa perfeita é o amor verdadeiro, esse sim.
    Gostei sim das suas indicações, embora tenha lido apenas A culpa é das estrelas.
    Mi!
    Você sempre bem criativa e não poderia deixar o dia das mães passar em branco, né?
    Adorei.
    Ai que linda a Ursula, você perguntou e ela respondeu...kkkk
    O tempo fica mesmo bem escasso, mas vale a pena, não é? Tudo gira em torno dela e é um amor fabuloso.
    Pois é... o exemplo vem dos pais e não tem como evitar, mas acredito que tem o lado bom, porque ela desenvolve mais rápido e tem a inteligência mais ampliada.
    Tem gente que gosta de se meter em tudo e nem sabem a sua rotina com a Ursula. Mas leite materno é o alimento mais completo e tem gente que nem tem noção.
    Sempre é a conciliação das atividades o mais complicado, principalmente com crianças pequenas como ela, mas como tudo é uma fase, logo, logo conseguirá voltar a conciliar tudo.
    Seguir o instinto é a melhor coisa, faça o que você acha melhor para seu bebê.
    Dormir é restaurador.
    Precisamos mesmo de ajuda.
    Adorei a tag e suas respostas.
    FELIZ DIA DAS MÃES!
    “Sê humilde para evitar o orgulho, mas voa alto para alcançar a sabedoria.” (Santo Agostinho)
    Cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA DE MAIO 3 livros, 3 ganhadores, participem.

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  3. Laplace, que legal essa iniciativa! Adoro essas mamães literárias *-*
    A mãe da Hazel é aquela mãe companheira mesmo, que toda filha quer ter.
    Desses, alem de A Culpa, só li A Menina que Roubava Livros e não me lembro bem da mãe da Liesel, preciso reler
    Adorei o post ;)

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  4. Que post criativo!
    Amo a mãe da Hazel!
    Ser mãe é maravilhoso e você é maravilhosa por criar essa tag!
    Parabéns tbm mulher!
    beijosss

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  5. Oi, concordo sobre a mãe da Hazel. Os outros não conheço, mas vou ler em breve meio rei.

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