Resenha - Corte de Espinhos e Rosas

Sinopse: "Nesse misto de A Bela e A Fera e Game of Thrones, Sarah J. Maas cria um universo repleto de ação, intrigas e romance. Depois de anos sendo escravizados pelas fadas, os humanos conseguiram se libertar e coexistem com os seres místicos. Cerca de cinco séculos após a guerra que definiu o futuro das espécies, Feyre, filha de um casal de mercadores, é forçada a se tornar uma caçadora para ajudar a família. Após matar uma fada zoomórfica transformada em lobo, uma criatura bestial surge exigindo uma reparação. Arrastada para uma terra mágica e traiçoeira — que ela só conhecia através de lendas —, a jovem descobre que seu captor não é um animal, mas Tamlin, senhor da Corte Feérica da Primavera. À medida que ela descobre mais sobre este mundo onde a magia impera, seus sentimentos por Tamlin passam da mais pura hostilidade até uma paixão avassaladora. Enquanto isso, uma sinistra e antiga sombra avança sobre o mundo das fadas e Feyre deve provar seu amor para detê-la... ou Tamlin e seu povo estarão condenados."

A família de Feyre faliu e no leito de morte da mãe ela prometeu que cuidaria do pai e das irmãs. Assim, a jovem aprendeu a caçar e tornou-se a única fonte de sustento dos seus parentes, enquanto as irmãs só se preocupavam em gastar o pouco dinheiro que ela conseguia juntar e o pai não fazia absolutamente nada para ajudar, pois ainda não estava recuperado da morte da esposa.

Feyre prefere manter distância de casa e passa a maior parte do seu tempo na floresta. Durante uma de suas caças, um imenso lobo aparece, colocando em risco o alimento da família. Acreditando estar fazendo a coisa certa, Feyre mata a criatura com uma flechada e leva a sua pele para vender no povoado em que vive. O valor que consegue é suficiente para mantê-los alimentados e aquecidos por algumas semanas.

O problema é que a criatura que Feyre matou não era apenas um lobo qualquer e sim um feérico em forma animal. Sua morte rompeu o Tratado que existe entre humanos e feéricos e Feyre deve pagar por esse crime com a própria vida. Quando uma criatura bestial chega para levá-la, a jovem sabe que seu destino está selado e não terá como fugir.

A criatura quer levar Feyre para as Terras Feéricas, além das muralhas ao norte do país, onde ela deverá viver o resto dos seus dias, sem nunca mais poder retornar para o seu lar. A jovem tem certeza de que encontrará sua morte em breve, mas se surpreende em ver que estava errada.

A criatura que a levou para o lado feérico da muralha é Tamlin, o Grão-Senhor da Corte Primaveril. Curiosamente, o Senhor só quer que Feyre se sinta confortável vivendo lá, e não tem a mínima intenção de matá-la ou de escravizá-la. Ela é livre para ir e vir por toda Corte, só não pode voltar para a sua casa. À princípio, Feyre desconfia das intenções do homem, mas conforme vai conhecendo Tamlin, percebe que a ideia que tinha dos feéricos está completamente equivocada e que eles são muito civilizados do que supunha.

Aos poucos, Feyre vai se sentindo mais confortável naquelas terras e não demora para que sentimentos conflituosos em relação a Tamlin venham a despertar no coração da jovem. Os perigos estão rondando a Corte Primaveril e Feyre pode estar em mais risco do que sequer imaginou. Só que com Tamlin ao seu lado, o medo não é uma opção e ele promete protegê-la. Mas por quê? O que levou alguém como ele a querer salvá-la?

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!

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Quem me conhece sabe que sou apaixonado pela escrita de Sarah J. Maas desde que li o primeiro volume de Trono de Vidro e, desde então, sinto a necessidade de ler tudo o que a autora escreve. Quando olhei para a minha estante e notei que ainda não tinha lido Corte de Espinhos e Rosas e que o lançamento da continuação se aproximava, resolvi passá-lo na frente na fila de leitura, sabendo que não iria me arrepender.

Narrado em primeira pessoa, Corte de Espinhos e Rosas é bem diferente do que eu imaginei que seria. Não sabia muito bem o que esperar da história, mas imaginava que envolvia feéricos e que se tratava de uma releitura de A Bela e a Fera. Aqui, Sarah criou uma trama extremamente elaborada, abordando diversos conflitos políticos e construindo o romance como pano de fundo.

A protagonista Feyre foi minha decepção para com essa trama. Que personagem burra e intragável. Não sei se foi pela expectativa de esperar uma nova Celaena, mas não consegui gostar nem um pouco dela. Feyre é impulsiva, imatura e faz cada besteira no decorrer do texto - algumas só para chamar a atenção de Tamlin - que tive muita vontade de entrar na obra e bater na cabeça dela com um gato morto até ele miar. Feyre não tem personalidade, é apática e submissa demais e uma decepção constante.

Agora, em relação a parte masculina... Bem, Tamlin também é um idiota e super merece Feyre, porque os dois são idiotas, mas tem dois personagens que me cativaram demais. O primeiro foi Lucien, o melhor amigo de Tamlin. Ele não tem papas na língua quando o assunto é colocar Feyre no lugar dela e dá uns bons choques de realidade na garota. O outro foi Rhys, um feérico muito importante para o desenrolar da série. Ele é aquele tipo de personagem que é bom em ser mau, além de ser incrivelmente sexy e saber disso. Sua função foi basicamente ferrar com a vida de Feyre para benefício próprio, então, como não amá-lo? Já quero mais dele na continuação.

Quanto ao final, foi super bem construído e Sarah me surpreendeu ao inserir bastante ação. O que me incomodou foi o motivo que levou a tudo isso, o que impulsionou Feyre a tomar vergonha na cara e agir. Se a autora tivesse colocado qualquer outra razão, eu teria aceitado numa boa, mas o que aconteceu só me fez querer bater ainda mais na protagonista.

Eu falei tudo isso e vocês devem estar achando que detestei o exemplar, mas não. Pelo contrário. Eu amei. Claro que não é nenhum Trono de Vidro e tem seus inúmeros defeitos, mas Sarah J. Maas consegue me cativar de tal forma que consegui ignorar todos os problemas e amar a narrativa. Vocês devem entender o que quero dizer. Todos temos aquele autor que amamos e, por isso, nos entregamos a tudo o que eles escrevem.

Sobre a edição física, a Galera Record arrasou. A capa é maravilhosa, muito mais bonita do que a original, e fica lindíssima na estante. A diagramação conta com galhos a todo início de capítulo, as páginas são amareladas e a fonte é grande. A revisão deixou um pouco a desejar, já que encontrei alguns errinhos bem bobos enquanto lia, mas nada muito gritante.

Em suma, Corte de Espinhos e Rosas é muito bom e mesmo com todas as minhas ressalvas, não posso deixar de recomendar a todos. Já estou com a continuação, Corte de Névoa e Fúria aqui e estou ansioso pela leitura. Em breve conto o que achei.

Corte de Espinhos e Rosas - Sarah J. Maas

Livro 01

Série A Court of Thorns and Roses

Editora Galera Record

434 páginas

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Nota 5