Resenha - Talvez um dia

Sinopse: "Um dos livros mais comentados de 2015 nos Estados Unidos, este é mais um sucesso arrebatador de Colleen Hoover. Sydney acabou de completar 22 anos e já fez algo inédito em sua vida: socou a cara da ex-melhor amiga. Até hoje, ela não podia reclamar da vida. Um namorado atencioso, uma melhor amiga com quem dividia o apartamento... Tudo bem, até Sydney descobrir que as duas pessoas em quem mais confiava se pegavam quando ela não estava por perto. Até que foi um soco merecido. Sydney encontra abrigo na casa de Ridge, um músico cujo talento ela vinha admirando há um tempo. Juntos, os dois descobrem um entrosamento fora do comum para compor e uma atração que só cresce com o tempo. O problema é que Ridge tem uma namorada, e a última coisa que Sydney precisa agora é se transformar numa traidora."

Na noite do seu aniversário de 22 anos, o mundo de Sydney caiu. Ela descobriu que seu namorado e sua melhor amiga, com quem dividia apartamento, estavam tendo um caso. Sua reação? Dar um soco na cara de Tori e sair porta afora com as suas malas. Mas para onde ir? No calor da confusão ela deixou a bolsa com todo o seu dinheiro no local e não queria de forma alguma voltar para buscar.

Quem lhe oferece abrigo é Ridge, um garoto que mora no prédio em frente ao que Sydney ficava. Há algum tempo ela vinha observando o rapaz que, pontualmente, todas as noites, sentava na varanda e tocava seu violão. Suas melodias eram únicas e Sydney se viu criando letras para aquelas melodias, o que encantou Ridge, que é um compositor, mas que estava sofrendo um bloqueio criativo. 

Ridge divide o apartamento com Bridgitte e Warren, um "casal" que vive entre tapas e beijos. A chegada de Sydney provoca os nervos da garota e os hormônios do rapaz, o que pode render bastante confusão. Em troca de um lugar para ficar, Sydney deveria ajudar Ridge nas composições e ficaria no quarto extra até poder se mudar para um novo lugar. 

Aos poucos, Sydney vai conhecendo o mundo de Ridge e vai se abrindo para ele. Um belo sentimento começa a nascer ali, mas um baque deixa Sydney mais uma vez sem reação. Ridge tem uma namorada há quatro anos e depois de tudo pelo qual Sydney passou, a última coisa que quer é fazer alguém sofrer por sua causa. O problema é que a atração entre os dois é inegável. Serão eles capazes de resistir a essa tentação?

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!

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Quem me conhece sabe que sou maluco por Colleen Hoover e que leria até mesmo a sua lista de compras. Após anos ouvindo a respeito do quão Maybe someday era maravilhoso, finalmente a Galera Record o trouxe para o Brasil e pude ler para dar a minha opinião. Nem preciso dizer que amei, preciso?

A escrita de Colleen é sempre fluida e envolvente, mas dessa vez me arrebatou de uma forma única. Li o livro em uma sentada e me envolvi perdidamente por essa trama e pelos personagens. A autora ainda inseriu um diferencial no enredo que fez com que este deixasse de ser só mais uma história de amor e música e aumentou ainda mais a intensidade da obra.

Narrado em primeira pessoa, alternando a perspectiva de Ridge e Sydney a cada capítulo, consegui me conectar com ambos os personagens, pois encontrei coisas em comum com os dois e isso foi maravilhoso, já que pude entender as suas atitudes e anseios em grande parte do livro.

Sydney, apesar de ter desabado com tudo o que passou, é uma garota durona. Ela saiu da casa dos pais e arrumou um emprego para pagar a própria faculdade, pois queria estudar música enquanto os pais queriam que ela cursasse Direito. Só por isso já gostei dela. Uma pessoa que corre atrás do que quer, mesmo que isso não agrade os outros, é digna de admiração.

Já Ridge é um cara doce e gentil, o típico mocinho da Colleen. Sua paixão pela música faz parte de quem ele é, assim como seu instinto protetor para com Sydney. Ele quer suprir tudo o que ela perdeu e estar ao seu lado, mas esses sentimentos o deixam confuso, já que está envolvido com Maggie e não quer arruinar a sua relação.

Falando em Maggie, que personagem mais fantástica. Ela é, teoricamente, o empecilho para Sydney e Ridge ficarem juntos e devíamos torcer para que ela saísse do caminho. Entretanto, isso é impossível. Consegui me apaixonar também por Maggie e não queria vê-la sofrendo, por mais que quisesse ver Sydney e Ridge como um casal. Colleen partiu meu coração e me deixou dividido por conta disso.

Um dos pontos altos da narrativa foi com certeza a playlist inserida nas páginas. Para a construção dessa obra, Hoover trabalhou ao lado do músico Griffin Peterson e juntos eles criaram todas as músicas que aparecem no texto. Logo no início do volume tem um QR Code que, com um aplicativo do celular, a gente tem acesso a essas canções e podemos ir ouvindo-as conforme vão aparecendo, o que torna a experiência de leitura ainda mais imersiva e lúdica. As composições são belíssimas e o talento de Griffin é palpável. Há muito amor envolvido.

Sobre a edição física, o trabalho da Galera Record ficou muito bom, apesar da capa ser diferente da original e de não ter me agradado nem um pouco. A diagramação é simples, as páginas são amareladas, a fonte é grande e o espaçamento é adequado. Quanto à revisão, não tenho reclamações. Encontrei alguns errinhos, mas estava tão absorto na leitura que nem me incomodei.

Talvez um dia não conquistou a posição de meu livro favorito de Colleen Hoover - acho que nenhuma obra vai tirar Um caso perdido de lá -, mas se tornou um queridinho e eu super recomendo a todos. Se joguem e envolvam-se de corpo e alma nesse belíssimo caso de amor. Não há como se arrepender. 

Talvez um dia - Colleen Hoover

Editora Galera Record
368 páginas
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Nota 5