"Primeiro vem o amor, depois vem o casamento e depois… os filhos. Não é assim? Não para Claudia Parr. A bem-sucedida editora de Nova York não pretende ser mãe, e até desistiu de encontrar alguém que aceite esta sua escolha, mas, então, ela conhece Ben. O amor dos dois parece ideal. Ben é o marido perfeito: amoroso, companheiro e — assim como Claudia — também não quer crianças. No entanto, o inesperado acontece: um dos dois muda de ideia a respeito dos filhos. E, agora, o que será do casamento dos sonhos? Uma Prova de Vmor é um livro divertido e honesto sobre o que acontece ao casal perfeito quando, de repente, os compromissos assumidos já não servem mais. Contudo, é também uma história sobre como as coisas mudam, sobre o que é mais importante, sobre decisões e, especialmente, sobre até onde se pode ir por amor."
Oi meus queridos, sei que tenho estado ausente dos blogs que costumo visitar sempre e os comentários por aqui têm andado sem respostas. Peço desculpas, mas minha vida está de pernas para o ar. Logo vocês saberão o motivo e espero colocar tudo em dia em breve.
Enquanto isso, trago para vocês a resenha do livro que acabei de ler: Uma Prova de Amor, da autora Emily Giffin, recentemente lançado no Brasil pela Editora Novo Conceito. Infelizmente essa resenha está longe de ser positiva, e ela CONTÉM SPOILERS da história, porque existem assuntos que eu precisava debater com vocês e expor a minha opinião. Para explicar porque eu não gostei do livro eu precisava esmiuçar os motivos. Então leiam por conta e risco, ok! Os spoilers encontram-se nos meus comentários pessoais sobre a obra, após os "asteriscos".
Em Uma Prova de Amor conhecemos o casal Cláudia e Ben. Ambos foram feitos um para o outro e se completam em tudo, até no desejo de não quererem ter filhos! Cláudia simplesmente nasceu sem instinto materno e desde o primeiro encontro com Ben deixou essa condição clara. Ben aceitou prontamente e eles viveram felizes para sempre, ops, quer dizer, por 3 anos. Um belo dia, Ben decidiu que queria ser pai e impôs essa condição goela abaixo em Cláudia. Totalmente assustada, Cláudia deixou claro que sua decisão era irrevogável. Ambos entram num impasse e nenhum dos dois cedeu. Resultado: Ben e Cláudia se divorciaram.
Cláudia e Ben tinham certeza de que essa fora a decisão certa a ser tomada. Cláudia não se imaginava mãe e Ben não concebia a ideia de viver sem um filho. Cada um resolveu tocar a vida adiante da maneira que conseguiu, mas nesse caminho vários percalços apareceram. Na véspera de completar seus 35 anos, Cláudia se viu numa posição extremamente delicada, cercada pelo assunto maternidade: sua melhor amiga estava grávida de um homem casado, sua irmã Maura mantinha um casamento infeliz por causa dos filhos e sua irmã Daphne entrou em crise por não conseguir engravidar e pediu a Cláudia para ser doadora de óvulos para uma inseminação artificial.
Se tudo isso não bastasse, Cláudia percebeu que cometeu o maior erro de sua vida ao se separar de Ben, e terá que correr contra o tempo para reconquistá-lo. E não será uma tarefa fácil, levando em consideração que ele se separou dela para encontrar outra mulher disponível que quisesse lhe dar filhos, a fila já devia ter andado.
O que Cláudia deve fazer? Até onde ela deveria ir por amor? E vocês? O que fariam pelo amor das suas vidas? Leiam e descubram!
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Uma Prova de Amor foi para mim uma leitura decepcionante, principalmente por se tratar de um livro da Emily Giffin, uma autora que adoro. Logo que o livro foi lançado não pensei duas vezes em começar a lê-lo, em especial pela temática abordada. Imaginei que fosse encontrar uma linda lição de vida, misturada com cenas muito engraçadas e descontraídas, mas não. Ao lê-lo, me senti enfadada e muitas vezes irritada com a repetição exaustiva dos assuntos explorados e da infantilidade e imaturidade dos personagens. Simplesmente não me convenceu.
O livro é enorme. Não havia necessidade da autora encher tanta linguiça e arrastar a história por páginas sem fim. Além disso, diversos acontecimentos que poderiam ter sido mais elaborados e que eram interessantes acabaram passando despercebidos, ficando com pontas soltas.
Infelizmente, não consegui criar empatia com NENHUM dos personagens. Ok, minto, talvez com apenas uma: a Zoe, a sobrinha de seis anos da Cláudia, que foi a personagem mais inteligente e bem-humorada da trama. Para começo de conversa, Cláudia é uma mulher com mais de 30 anos, super inteligente, "madura" e bem sucedida na sua carreira, sem falar no casamento perfeito que tinha com o Ben.
Na primeira crise enfrentada pelo casal, ambos têm um faniquito e se divorciam num piscar de olhos. Ademais, diversas cenas ridículas se sucedem de um querendo impressionar e fazer ciúmes no outro, magoando-se e soltando farpas mutuamente. Me desculpem, mas na minha opinião isso não é comportamento de um casal de adultos e casamento não é uma brincadeira de criança. Casamento é algo sério. No momento em que a gente se compromete a ficar ao lado de uma pessoa, deve ser nos bons e maus momentos, e são nas crises que temos a oportunidade de melhorar as coisas.
Ok, existem situações incontornáveis em que a separação é o único remédio, mas tudo deve ser analisado com muita calma até essa decisão ser tomada, justamente para evitar o famoso arrependimento, algo que justamente acontece no livro. E isso torna a leitura ainda mais irritante, porque a Cláudia fica praticamente mais de 300 páginas só lamentando sua separação e constatando a infelicidade de sua vida, detalhe, sem fazer nada a respeito, ou melhor, fazendo sim, só afundando os pés na lama ainda mais.
Cláudia é uma personagem muito covarde. Ela não só desiste do seu casamento "mais do que perfeito" na primeira adversidade, como não tem coragem de ir atrás do "amor da sua vida" quando percebe a borrada que fez. Por favor, pessoal, não sigam o exemplo de Cláudia. Além disso, simplesmente fiquei revoltada com as "escolhas" que ela resolve tomar para ter Ben de volta. Entendam, Cláudia é uma mulher que NUNCA quis ter filhos, em hipótese alguma. Isto nunca foi uma opção e foi justamente por isso que ela e Ben se separaram. Ela não nasceu com o instinto materno e só de pensar em ter filhos já era um martírio para ela. E lá pelas tantas ela resolve abrir mão disso só para ter Ben ao seu lado.
Me perdoem, mas isso não é uma coisa que se pode ceder. Ou se tem vontade de ser mãe ou não tem. É inadmissível ceder à vontade de ter filhos por causa do outro. Como uma mulher é capaz de sustentar uma gestação de 9 meses e para o resto da vida ser responsável por um ser que nunca quis ter e que tinha ojeriza só de pensar? Isso para mim não é prova de amor, é infantilidade, irresponsabilidade, imaturidade, inconsequência. Isso é quase que um golpe da barriga, no sentido de "faço tudo para ter você ao meu lado, não meço as consequências e se tiver que ter um filho para isso, terei". Pobre da criança que não tem culpa de ter uma futura mãe que talvez não consiga nem saber lidar com ela.
Existem mulheres que nascem para serem mães, outras não, e isso deveria ser "respeitado". É quase como um processo seletivo natural. E no início eu respeitei a nobreza da decisão da Cláudia em não querer ter filhos por ela justamente dizer que seria egoísta se fosse mãe sendo que não tinha condições para isso. E como assim ao final ela simplesmente abandona toda essa filosofia? Ok, eu acho que quando temos ao nosso lado o amor da nossa vida, nossa alma gêmea, é natural que a gente queira fazer de um tudo para agradá-lo, para vê-lo feliz, mas, por favor, ter um filho não é a mesma coisa que concordar em viajar para uma cidade que a gente não goste, ou assistir a um filme chato, ou então a aturar aquele programa a dois que você não gosta só para ver o sorriso nos lábios do seu amado. Não é!
Outrossim, os dramas familiares paralelos vividos pelos personagens secundários, para mim, também foram cansativos. Cláudia tem um pai amargurado que nunca contornou a traição de ex-esposa. Maura, uma de suas irmãs, é mãe de 3 filhos e vive um casamento infeliz justamente por causa deles, pois não tem coragem de se separar do marido que a destrata e vive traindo-a com outras mulheres. Daphne, outra irmã de Cláudia, é aficionada pela ideia de ser mãe e há anos que só vive para isso, chegando ao ponto de extrapolar valores morais ou quaisquer circunstâncias para atingir seu objetivo se fosse preciso. E Jess é a mais desajustada de todas. A melhor amiga de Cláudia é uma workaholic durona e bem sucedida, porém, totalmente frágil e sem rumo no que diz respeito aos homens. As únicas coisas que ela quer e que não têm são um marido e um filho, e para isso ela é capaz de tudo, como, por exemplo ter um caso com um homem casado e tentar engravidar dele propositalmente para roubá-lo de vez da esposa. Eu sou uma mulher bem moderninha e super mente aberta. Consigo tolerar todos esses assuntos, até de uma única vez como foi o caso desse livro, sem problemas, desde que sejam bem escritos.
Enquanto lia Uma Prova de Amor tive a impressão de ler um livro que não foi escrito pela Emily. A Emily Giffin não pode ter escrito um livro tão fraco, chato e raso como esse. Gente, eu estou chocada até agora. Foi para mim um martírio terminá-lo e o tempo todo, até a última página eu sinceramente fiquei esperando por uma virada, por aquele tapa com luva de pelica que a autora daria na minha cara e eu diria "Ahá, tu me pegou direitinho hein Emily". Mas isso NÃO aconteceu!
Que fique novamente claro! Não me canso de repetir! Esses foram os meus motivos por não ter gostado do livro, cada um tem sua visão particular de mundo e ninguém é obrigado a concordar comigo e muito provavelmente vários vão adorar a história. A mim, sei lá, me afetou de um modo particular que meio que me agrediu. O problema é que não foi só a história que não gostei, o texto em si achei fraquíssimo também.
Falando de uma questão mais técnica que não tenho nada a criticar, a narrativa da história é em primeira pessoa, algo que sempre gosto, no presente e possui uma linearidade. Novamente o texto praticamente não tem diálogos, o que aparentemente é uma marca da autora. O livro é longo, tive que lê-lo em doses homeopáticas e tive impressão de que não terminaria nunca. O final foi muito broxante para mim e fiquei com aquela cara pasmada de tipo "Não acredito que acabou. Sério? Foi isso? Cadê o resto?". Mas, quem quiser se arriscar, leia!
Uma Prova de Amor - Emily Giffin
BOOKTRAILER
Chocada!
ResponderExcluirLogo esse que achei ser um livro tão bom pela proposta e claro pela capa, que é linda. Quando vi 2 estrelas ali embaixo antes de ler toda a resenha fiquei de boca aberta, como assim a Mi dando 2 estrelinhas pra Emily??
Uma pena a Emily não ter desenvolvido uma estória adulta e com personagens decentes!
Fiquei admirada com sua forma de pensar a respeito da gravidez que depois ela resolve aceitar e você tem toda razão, coitada da criança que vai ter uma mãe que não queria que ela existisse. Nem sei o que comentar dessa falta de qualidade nesse livro, apenas chocada.
Pelo menos já sei que não vou gastar dinheiro pra ler algo que vai me deixar irritada, obrigada amiga!
Beijos, Greice.
Ai Greice, que tristeza, que decepção viu! O livro tinha de tudo para ser bom e enquanto eu lia fui imaginando mil possibilidades diferentes para o desenrolar da história. A Emily podia ter desenvolvido de uma forma tão boa, mas ela simplesmente ferrou o livro. Sinceramente, não consigo acreditar que tenha sido ela que escreveu :o( E sim, foi chocante como ela tratou a maternidade de forma tão leviana. Só se isso foi uma crítica e um alerta, coisa que não consegui ver, sei lá. Uma pena mesmo! Beijos
Excluireu estou com o meu aqui na fila para ser lido...quando isso acontecer ,faço questão de voltar aqui para opinar...fico pensando(que já que vc achou fraco Mi) se a Emily perdeu o jeito de cativar seus leitores assim com a Marian Keyes...é ler pra comprovar...bora....abraços
ResponderExcluirDea, enquanto eu lia o livro pensei exatamente na Marian Keyes, quase falei sobre isso na resenha, porque sim, foi justamente essa sensação que tive. Eu sempre fui fã da Marian e devorava seus livros até ler, ou tentar ler A Estrela Mais Brilhante do Céu. Um livro que nunca consegui acabar :o( E que me deixou super com pé atrás com a autora. Exatamente o que aconteceu com Uma Prova de Amor para mim. Sim, volte depois e me diga o que achou. Beijos
Excluirrealmente o livro é bem fraco,os personagens principais então nem se fala. Achei que a leitura flui(bem Emily)e até gostei da Claudia,mas pelamordedeus,quanta imaturidade!!!De todos os livros que li da Emily realmente este foi disparado o pior...mas apesar disso,ele não entrará para minha lista "dos piores livros lidos"....bjos Mi
ExcluirOi Dea, é uma pena que a autora tenha deslizado feio assim né.. a moral dela caiu um pouco comigo depois desse livro.. mas claro que existem piores que esse.. kk Beijos
ExcluirO meu também está na fila, mas vai ter que esperar um pouquinho. O tempo não anda muito meu amigo e ser voluntária numa livraria infantil puxa mais do que eu imaginava. Mas é uma delícia também! Me faz querer comprar tudo para o meu futuro pimpolho. Quando eu ler, volto aqui e opino. Não quero tirar conclusões sem ser por mim mesma, entende? Queria muito não me decepcionar com a Emily e fico chocada com a ideia dela tratar a maternidade de forma leviana. Eu gostei muito do desenvolvimento do tema em Laços Inseparáveis... Agora é esperar pra ver. Beijão!
ResponderExcluirOi Laís, fico feliz em saber que estás gostando tanto do voluntariado na livraria. Acho que ia amar também. E nem me fale, em breve quero começar uma biblioteca infantil aqui em casa.. hehe Ok. Espero você. Beijos
ExcluirOi Mi,
ResponderExcluirtudo bem?
Nossa, quando vi sua resenha, quis logo ler, pois estava muito curiosa sobre esse livro. Não acredito!!! Uma pena mesmo, que chato. Mas quero parabenizá-la pela coragem de fazer uma resenha tão honesta.
beijos.
Cila- Leitora Voraz
http://www.cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/
Oi Cila, obrigada pelo carinho. Realmente não é fácil dar a cara ao tapa e fico muito triste quando tenho que fazer uma resenha dessas. É tão melhor resenhar algo que gostamos neh.. mas nem tudo na vida são flores.. hehe Beijos
ExcluirAh, Mi...Terminei de ler “Uma prova de amor”. A impressão que tive foi que a Emily teve uma excelente ideia que não foi tão bem desenvolvida. Aliás, deixe-me colocar de outra forma: é como se ela tivesse construído um conflito e arrastado os personagens de uma ponta a outra do livro, sem amadurecê-los para um final que fosse coerente com todos.
ResponderExcluirEu consegui gostar do Ben e amei a Zoe, mas achei todas as histórias secundárias uma chatice e tive completa antipatia pela Cláudia. Não acho que o problema dela era “não ter instinto maternal”, mesmo que ela use essa frase em determinado momento. O repúdio dela não parecia ser a uma criança em si, mas às mudanças que um filho traria. Ela ama formar com o marido um casal descolado, culto e bem-sucedido, com taças de vinho e amigos bons de papo. Ao longo de todo o livro, a personagem associa maternidade a fraldas sujas, cheiro de leite azedo, falta de liberdade e vida matrimonial destruída. Isso sem mencionar as experiências de família desestruturada, decisões e sofrimentos por causa de crianças e a aversão que ela tem à típica vida num bairro residencial, com festinhas de aniversário em que os filhos são exibidos para a vizinhança. Respeitei a personagem pela sua honestidade em não querer um bebê que não fosse desejado e imaginei que o livro iria desenvolver uma reflexão maior sobre o tema. Assim, se ela ficasse no final com o Ben e se abrisse para a ideia de ser mãe, seria depois de sua jornada pessoal para redescobrir os seus próprios conceitos e acolher as mudanças naturais que viriam.
Foi aí que o livro falhou.
Primeiro que é difícil simpatizar com uma personagem tão infantil. O divórcio acontece do NADA e tudo que a Cláudia faz quando o Ben muda de ideia sobre ser pai é dizer que eles tinham um acordo e ficar tentando provar que ela é a certa enquanto o homem é meio amalucado. Ela chega ao cúmulo de torcer para que a casa da Annie esteja caótica só para o Ben desistir da sua decisão. Gente, que mesquinho! E isso nem foi o pior. Tive vergonha alheia da cena em que ela está no batismo do bebê, arrastando outro homem só para mostrar que está por cima. Constrangedor para todos. E tudo isso por achar que o marido já está com outra (coisa que dava pra ver exatamente como ia ser explicada no final).
Depois ela cogita engravidar. Mas não é porque aprendeu ou cresceu ou mudou. Ela ama o Ben e sua “prova de amor” é estar disposta a se sacrificar. Tive medo de o livro terminar assim porque criança nenhuma merece nascer com um estigma desses. Um filho pode até não ser planejado, mas requer uma doação (em termos de compromisso) de seus responsáveis. Maternidade é colocar de si na formação de um novo ser, com os próprios sonhos e emoções. Um ser que é sua família. Vem de você e pra você. Pra te ensinar, pra somar e pra ser formado com a sua ajuda, caminhando ao seu lado. É um vínculo muito importante e muito especial. Não se engravida para segurar um marido DE JEITO NENHUM. Se ela tivesse que reconsiderar sua decisão, que fosse baseada em mudança nela mesma e não no desespero para ter um homem de volta.
Mas termina que ela nem engravida. E nem ele desiste de ser pai. Aliás, o assunto sequer é definitivamente discutido entre eles. Apenas entendem que se amam e voltam ao ponto inicial. Somos brindados com uma trama que andou em círculos. Acho que outros títulos da Emily amarraram a trama de um jeito bem melhor. A grande questão da história não é resolvida e o livro não conclui nada. A experiência da Cláudia com a Zoe poderia ter rendido muito mais do que o mal-entendido com a médica. Mas todo o enredo funciona na base do encontro-desencontro enquanto os conceitos dos personagens não evoluem em uma polegada. Tive a impressão de correr as páginas para dar em lugar nenhum, com os mesmos personagens imaturos do começo. Isso que me desapontou. A mesma Cláudia com seus mesmos medos e o Ben se submetendo a ela. Um final que não aproveita a história e nem faz justiça à escritora.
Oi Laís, sim a premissa da história é ótima, por isso mesmo me seduziu. Achei que teria um debate interessante sobre o direito da escolha de não querer ter filhos. Também imaginei que lá pelas tantas ela poderia descobrir que estava grávida e teria que de alguma forma lidar com as suas opções. Ou então, de repente, viesse a mudar de ideia. Sei lá. Existiam tantas possibilidades para a história ser maravilhosa e reflexiva. Mas a Emily só ferrou tudo dessa vez :o( E é como você disse, no final das contas ela nem engravida, ou seja, a história apenas ficou girando mesmo em torno do próprio eixo e não acrescentou nada de interessante. Que tristeza. Foi para mim uma grande decepção, principalmente por ser fã da autora e saber do potencial dela. Beijos
ExcluirConcordo plenamente com a sua resenha. Mas, para mim, a personagem mais ultrajante foi a tal de Jess, amiga da Cláudia. Ela é imatura, insensível e completamente egoísta. Envolve-se com um homem casado e é indiferente aos filhos dele e a e sua esposa. Pensa em ter um bebê para segurar um homem que não a quer, e vê a questão da maternidade de uma forma extremamente simplista. Quando a Cláudia a questiona sobre como vai criar seu filho, ela diz que contrataria babás e se preocupa mais com bebês "geneticamente bonitos", por atender um fetiche seu do que amor propriamente dito pela criança. Enfim, a sensação que eu tive ao ler esse livro foi como se eu estivesse lendo um roteiro feito por Manoel Carlos, onde tudo é insuportavelmente limpo, bonito, fácil, e os personagens não fazem mais nada do que viver na casa dos outros. Foi o primeiro livro que eu li escrito por essa autora, Emily Giffin, e confesso que dificilmente leria outro livro escrito por ela. Em um livro de 492 páginas, houve muitas páginas desnecessárias, e mesmo a ideia sendo ótima, faltou desenvolvimento.
ResponderExcluirOlá, é uma pena que sua primeira experiência com Emily tenha sido justamente com esse livro. Dela eu já li O Noivo da Minha Melhor Amiga e Presentes da Vida. Dois livros que gostei demais e justamente por isso me tornei fã e ao mesmo tempo me decepcionei muito com esse livro por saber o potencial que a autora tem. Mas realmente as más experiências nos marcam, infelizmente. Para mim a Emily deu um tiro no pé escrevendo um livro tão ruinzinho como esse. Uma pena. E concordo completamente com você, a Jess foi "uó do borogodó". Beijos
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