Semana Bling Ring - Vamos Debater - Dia 5

Crítica
Oi gente, a Semana Bling Ring está chegando ao final, mas antes, convido vocês para participarem deste importante post. Vamos debater os temas abordados por Nancy em seu livro! Tenho certeza de que um dos motivos que a levaram escrevê-lo foi justamente esse: abrir portas para a reflexão acerca da supervalorização da fama, do dinheiro fácil, do glamour, do consumo, e da busca por um estilo de vida fútil e falso.

ATENÇÃO! Este post abordará temas debatidos no livro Bling Ring e trará quotes do texto. Se você ainda não leu o livro, pode encontrar alguns spoilers sobre a história. Leia por sua conta e risco!!

Já contei para vocês AQUI nesse post que assisti ao filme, de mesmo nome que o livro, dirigido por Sofia Coppola e não gostei. De certo modo, me senti agredida pelas cenas que vi: um bando de jovens riquinhos que só sabiam se drogar, fazer festas e roubar casas de famosos. Enquanto assistia, tudo parecia tão distante da minha realidade, soava tão falso. Mas assim que comecei a ler o livro fiquei absolutamente chocada com tudo que lia. Aquilo de fato aconteceu, aquelas pessoas realmente existem e os problemas sociais pelos quais atualmente passamos são infinitamente mais complicados e complexos do que imaginamos.
"Por que a Bling Ring fazia aquilo? Por que roubar coisas de gente famosa?"
Essa, definitivamente, é a pergunta que não quer calar! O que fez com que jovens bem de vida viessem a cometer roubos tão ousados como esses? Eu pactuo com a visão de Nancy. De início, tudo não passou de um capricho de uma garota mimada como Rachel, que convenceu seu amigo, Nick, a assaltar as casas dos famosos porque ela QUERIA seus pertences. Vocês não imaginam como essa realidade me assusta, principalmente porque o Brasil tende a imitar muito os padrões americanos, inclusive seus maus exemplos, e gradativamente temos visto adolescentes parecidos com os da gangue nas escolas do país.

Quem nunca conheceu um Nick, um jovem excluído e cheio de problemas que anseia profundamente apenas em ser aceito, amado e ter amigos? Eu já fui "uma" Nick um dia, quando era bem guria, usava óculos, aparelho e era gordinha. Quando mudei de escola, já mais crescida, magra e com uma aparência bem melhor, pude desfrutar das mesmas sensações que ele teve ao fazer amigos pela primeira vez, ao frequentar festas e ser popular. Essa é uma sensação indescritível, porque mexe com nosso ego e nossa vaidade, principalmente quando somos jovens e cabeça fraca. Assim como Nick, esse novo status me subiu a cabeça e acabei colocando os pés pelas mãos diversas vezes. Obviamente, não no nível em que ele fez. Estou apenas tentando exemplificar que o perfil do Nick é facilmente encontrado por aí.

E quem nunca encontrou com uma Rachel? A típica "menina malvada", uma líder nata, dissimulada, que usa da sua boa aparência para conseguir o que quer. Uma legítima abelha rainha em que tem tudo e todos sempre aos seus pés? Como resistir ao charme e a influência de uma personalidade como a dela? Como não querer fazer parte do seu seleto grupo de amigos?

E Alexis e Tess? Meninas tão absolutamente comuns hoje em dia. Jovens altamente sexualizadas, preocupadas apenas com sua aparência e fúteis ao extremo. Tess, em sua pouca idade, já havia pousado para a Playboy online e seu sonho era ser uma coelhinha, assim como Andrea, mãe de Alexis, havia sido na sua juventude. Essas meninas retratam muito bem o conceito da "mulher objeto", aquele tipo de mulher sensual, que mexe com a fantasia dos homens e que é sexualmente ativa desde cedo, participando de orgias e adotando comportamentos extremamente nocivos.

Mas e por que encontramos jovens desse tipo cada vez mais? Por que eles têm se tornado tão comuns, quase como um padrão social? Nancy acredita que seja por causa da popularização das redes sociais e cita Paris Hilton como um exemplo, um ícone da ascensão à fama, de forma fácil e sem merecimento. Hoje, qualquer um que tenha internet pode se tornar famoso, nem que seja por 15 minutos. Esses jovens da Bling Ring, assim como muitos dos nossos jovens, cresceram num período em que as celebridades passaram a ser supervalorizadas pela mídia, assim como os seus padrões de vida e a sua riqueza. Estes jovens cresceram acreditando que este era o estilo de vida certo a ser alcançado, e se alguém como Paris conseguiu ficar famoso por causa de um vídeo postado no youtube, "qualquer um poderia".

Hoje, muitos adolescentes não sonham mais em ser médicos, advogados, dentistas, eles querem arranjar um emprego em que não se trabalhe muito, que não se faça muito esforço, mas que dê muito dinheiro. Eles querem ter poder de consumo, comprar carro do ano, celular ultra moderno e vestir o que há de mais chique. Eles querem ficar cada vez mais magros ou musculosos, de acordo com o padrão físico estabelecido. Agregando a esse contexto a cultura da vulgaridade, do consumismo extremo e da supervalorização da fama - cada vez mais veiculada pela mídia - temos como resultado a criação de crianças e adolescentes que são ou serão como estes da Bling Ring.

Além disso, as pessoas estão cada vez mais egocêntricas e narcisistas. Desde pequenos aprendemos a cultuar o "eu", nos colocando sempre em primeiro lugar em detrimento dos demais. "Eu" sou melhor, "eu" sou mais importante, "eu" sou o mais bonito, "eu" mereço, "eu" quero. E sinceramente, me choca ao pensar que até eu me enquadro em muitos desses padrões. Quantas vezes, em momentos egoístas, talvez até inconscientes, eu não quis que certa música fosse trocada porque "eu" não gosto, ou então que certa aula fosse adiada porque "eu" não poderia comparecer? E vocês? Nunca fizeram nada parecido, colocando os seus "eu" acima de qualquer um ou qualquer coisa sem nem se perguntar se o que estão fazendo está prejudicando algo ou alguém ao redor?

Nancy atribui esse tipo de comportamento ao "fenômeno princesa", tão incutido nas crianças de hoje em dia, principalmente nas mulheres. Que criança que não quer se sentir uma princesa, usar vestidos de tafetá e tiaras de plástico na cabeça? Crianças que geralmente ganham sempre tudo que pedem e crescem sem dar o mínimo valor a elas e ao esforço que seus pais fizeram para comprá-las. Crianças que aprendem que basta chorar, berrar, bater os pés para serem mimadas, ganharem atenção e tudo o que pedem. Crianças que crescem sem saber o que é um "não" e que não possuem o mínimo respeito pelas outras pessoas. Que valores essas crianças vão aprender e levar para a vida? Que todos os seus desejos podem e devem se tornar realidade não importa o quê? Que elas merecem nada menos do que um "felizes para sempre"? Mas essa é a realidade na qual vivemos? Não. Então, imaginem o choque de realidade vivido por uma criança dessas, que cresce sem base, vivendo literalmente num conto de fadas? E não adianta dizerem que isso não existe, basta ler o livro e olhar por aí, principalmente para dentro das salas de aula, que veremos inúmeras crianças com um "Reizinho mandão" dentro da barriga, sentindo-se os donos do mundo.

E não podemos esquecer a culpa dos pais!!! Sim, dos queridos pais ausentes, negligentes ou indulgentes. Ok, não serei hipócrita. Sei que na correria do dia-a-dia muitos pais, por causa de seus trabalhos, não conseguem controlar com quem seus filhos andam e o que fazem diariamente. Mas também existem aqueles pais que não dão a mínima para isso e, muitas vezes, para atenuarem as suas culpas, cedem a todos os desejos dos filhos "louvando cada rabisco e atenuando cada repreensão, inflando a avaliação que as crianças fazem de si mesmas, abrindo a porta para uma série de problemas, inclusive a "síndrome da dificuldade de sair de casa" (...)" Que tipo de filhos estamos criando para o mundo?
"(...) o comportamento demasiado condescendente dos pais pode levar a falhas de caráter nos filhos que lembram os sete pecados capitais (...), um sumário sucinto dos sintomas do narcisismo."
Voltando ao caso específico da Bling Ring, que tiveram seus comportamentos doentios agravados por morarem nada mais nada menos do que em Hollywood, um local em que absolutamente TODOS se preocupam com a sua imagem e são facilmente corrompidos pela fama. Se até o policial Goodkin foi capaz de se "vender" e participar do filme da Sofia Coppola, colocando em risco toda a investigação policial e, por consequência, sendo o responsável pelo abrandamento das penas dos condenados, simplesmente para desfrutar de minutos de fama, quem está livre disso?

Pergunto agora para vocês: Por que os integrantes da Bling Ring cometeram aqueles crimes e, se fossem seus filhos, o que vocês teriam feito para evitar o comportamento criminoso deles?

Vamos debater?

Aguardo participações!

Fiquem de olho porque amanhã trarei uma entrevista exclusiva que fiz com a autora do livro, Nancy Jo Sales. E no dia seguinte rolará uma promoção no blog. Não percam!

Beijos, Mi

18 comentários

  1. Primeiramente, muito proveitoso o seu discurso acerca dos pais, Mi. Mas infelizmente os pais nesses casos se negam a assumir tais falhas. Se negam pois eles tambem precisam de ajuda. Seria complicado julgar e crucicifar o comportamnto desses educadores tendo em vista que eles tambem tem problemas.

    Raramente um adolescente tem um disturbio genetico. Na atualidade, a sociedade se conforma e se mascara com diagnosticos `novos` na literatura medica tais como transtornos de bipolaridade, borderline entre inumeros outros. Triste isso. Na maiioria dos casos o problema poderia ser resolvido ou atenuado se tais familia obtivessem ajuda.


    `Pergunto agora para vocês: Por que os integrantes da Bling Ring cometeram aqueles crimes e, se fossem seus filhos, o que vocês teriam feito para evitar o comportamento criminoso deles?`

    Dentro da psicanalise, esses jovens nao desenvolveram o `superego` saudavel para viver em sociedade. Eles furtam, vibram com o prazer alheio, colocam futilidades acima de obrigacoes pois infelizmente nao foi aprendido (pelos educadores) desde a infancia remota. Isso causa uma `lesao` muito seria na personalidade deles.

    Se acontecesse com um de meus filhos, eu aguardaria o cumprimento de pena, e logo apos isso o encaminharia para profissionais qualificados e especificos para ajuda integral tentando correr atras da essencia que foi perdida em algum momento da criacao.

    Muito triste isso. Muito lesivo para adolescentes e familiares. No Brasil podemos ver uma nova geracao, filhos de pais trabalhadores, independente da classe social, enredando por caminhos sombrios.

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    1. Oi Andrea, concordo com você. Já temos inúmeras gerações contaminadas e como um fruto nunca cai longe do pé, é difícil ver um futuro melhor para crianças de pais problemáticas. Estamos numa roda viva que não sei onde vamos parar. A questão é que precisar haver uma quebra nesses padrões nefastos. Precisamos reagir a isso de alguma forma. Por isso o debate se faz sempre necessário. Precisamos que os futuros pais acordem para essa realidade e tentem criar um ambiente mais saudável para seus futuros filhos. Beijos e obrigada por participar e dar sua opinião.

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  2. Oi, Mi!
    Bom, concordo com você: hoje em dia, cerca de noventa por cento dos jovens só querem saber de trabalho fácil e dinheiro fácil. Ninguém quer colocar a mão na massa, suar um pouquinho... querem tudo de mão beijada.
    E, bom, preciso comentar a respeito disso que disse sobre pais ausentes. Meu pai faleceu quando eu era pequena, então praticamente não o conheci. Minha mãe trabalha muito e não tem tempo para mim. Aí, bom, é aquela coisa: ela não sabe os meus gostos nem nada do tipo, e só não digo "com quem eu ando", porque eu sou muito caseira e não tenho vergonha em dizer que não tenho amigos.
    ÓTIMO post. Vou tentar pegar este livro para ler em breve.
    Doce Sabor dos Livros - Aguardo sua visita!

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    1. Oi Jeni, obrigada pela participação. Esse é realmente um assunto delicado, principalmente no que diz respeito aos pais ausentes. Eu sei que por ex. no seu caso, assim como foi no meu, nossas mães não têm culpa de terem que se matar de trabalhar para sustentar a família. O mundo capitalista e desenfreado de hoje exige isso dos adultos. Porém, isso propicia que a gente ande com as nossas pernas muito cedo, sem base e sem alguém para nos guiar, fazendo com que algumas vezes a gente se perca nos caminhos. Que bom que isso não aconteceu conosco, mas corríamos grandes riscos. Beijos

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  3. Eu convivo com pessoas dessa índole todos os dias e claro que também sou uma. Tenho certeza de que não em um "estado avançado" como alguns mas também sou mesquinha e me encaixo em muitas dessas definições. Sempre queremos tudo pra nós, queremos ser os maiorais, os mais bonitos, mais queridos, paparicados, desejados e por aí vai. Como dissesse é o EU! Sorte que nunca fui dessas que tenta ser a rainha da turma, sempre fui gordinha e feínha, apesar disso tive alguns bons amigos mas dava uma inveja daquelas meninas que tinham tudo e ainda eram lindas e paparicadas por todos. Sempre enojei elas, e continuo enojando pois geralmente elas se aproveitam disso e se acham as rainhas do mundo. Digo geralmente porque me surpreendi esse ano quando julguei uma menina da minha classe só pela aparência e atitudes dela longe de mim, quando a conheci de verdade me senti levando um tapa na cara, que pessoa maravilhosa. Aí entra o ponto do dinheiro, ela é rica, muito! Percebi que o dinheiro às vezes não te traz amigos de verdade, vi que ela é na verdade muito sozinha, os amigos não são AMIGOS. Talvez esse seja um ponto importante também na Bling Ring. E acho que quando alguém tem muita coisa ela continua querendo mais, a inveja só aumenta e aquilo que ela tem acaba não sendo suficiente. Quem é que não vê essas meninas com iphones e não quer um? Quando tem um iphone 4 vê a outra com um 5 e já quer trocar. É mais ou menos assim.
    Os pais são os grandes influenciadores na vida dos filhos, lembro de que toda vez que eu dizia: mas o pai dela deixou! É mas eu não sou o pai dela! era sempre assim. Eu ficava extremamente indignada, e muito brava, com raiva. Hoje vejo onde essas que o pai deixava estão e onde eu estou. É como sempre dizem, quando você cresce entende o que os pais queriam dizer com tal coisa. Liberdade em excesso para os filhos prejudica muito, fui posta na linha e na linha estou. É claro que tem muitas coisas que queria fazer mas não faço porque penso nas consequências, quem sempre teve liberdade de fazer tudo que quer não está nem aí pro que pode acontecer.
    Não sei se fugi muito do tema mas é que eu sempre me empolgo e acabo falando um monte mas fico muito feliz de você abordar esse temas aqui porque toda vez recebo uma nova lição e paro pra pensar em muitas coisas, que foi o que aconteceu agora. Obrigada por isso ;)

    Beijos, Greice.

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    1. Minha linda, sempre fico tocada pelas suas palavras. Você, mesmo na sua idade, tem sempre tantas experiências para dividir conosco, e já consegue ter uma visão tão madura da vida. Não, você não fugiu do tema, ao contrário, você conseguiu pontuá-lo de maneira magistral, tão perfeita que nem tenho o que acrescentar. Concordo plenamente com tudo que disseste. Hoje penso em como a minha mãe foi capaz de me permitir fazer tudo que fiz. Quando eu era adolescente, era justamente dessas que podia tudo. Extremamente livre, e foi assim que me perdi, porque concordo, crianças e jovens precisam de limites, senão crescem com a visão deturpada de que tudo podem. Hoje, no alto dos meus quase 30 anos, penso que quando tiver filhos, não vou dar a eles a liberdade que eu tive. Sei que vou ser uma mãe carinhosa, mas também serei muito durona, como meu pai foi, mesmo que eles reclamem.. hehe Beijos

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  4. Primeiramente parabéns pelo o post, sem duvidas o melhor! Seus posts me surpreende cada vez mais, pois sempre vem um melhor que o outro, a Semana Bling Ring está ficando muito legal, participo de muitos blogs, mas esse é o primeiro que eu vejo uma semana um blog voltado só para um livro/filme que pretende ser sucesso em todo o Brasil, mais uma vez parabéns!
    Bem... No começo eu me decepcionei muito quando você começou a falar mal do filme, pois eu tinha uma expectativa enorme para assisti-lo, mas você é obrigada a escrever a verdade eu sei bem como é que é, mas me surpreendi positivamente quando você falou bem sobre o livro que depois entendeu tudo, fico muito feliz com isso, que eu estou com muita vontade de ler e assistir.
    Fiquei muito curioso quando você fez a pergunta: "O que fez com que jovens bem de vida viessem a cometer roubos tão ousados como esses?" Parabéns agora você me deixou muitooooo mais curioso e com vontade de ler esse livro kkk

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    1. Oi Poison, fico feliz que tenha gostado. Na verdade esta é a terceira Semana Especial que faço no blog. Comecei fazendo uma semana especial sobre thrillers, depois fiz a semana especial sobre o Neil Gaiman, e agora esta. Quanto as minhas opiniões, sou sempre muito sincera com tudo que vejo e leio, não tenho como ser diferente. Na verdade eu não gostei do filme não porque ele é ruim, mas porque eu esperava algo bem diferente do que a Sofia fez. Mas o livro sim, gostei demais. Espero que você também goste e obrigada pelo carinho. Beijos

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  5. Concordo com absolutamente tudo e todos os pontos de vista e comentários que você fez nesse post, gostaria de te parabenizar porque você conseguiu sintetizar muito bem tudo o que eu pensava a respeito do caso, e acredito que a maioria pense dessa forma. Foi até interessante eu conhecer mais sobre o fato, que eu não conhecia, gostei de verdade de debater sobre ele pois, para mim que pretendo ser uma futura advogada, creio que seja uma boa. Enfim, voltando ao tema do Bling Ring, acho que é bem por ai mesmo como você falou, é consequência da criação de pais displicentes, que não estão nem aí para os seus filhos, que deixam o mundo cria-los, a sociedade cria-los, o que acarreta em jovens mimados, que ganham tudo o que querem quando querem, que esbanjam dinheiro, que anseiam pelo perigo por acharem que assim serão descolados, que é legal fazer esse tipo de coisa, que vão ganhar status dentro do grupinho de escola, sem ter noção de limites, de bom caratismo. Conheço pessoas assim, e eu sinceramente nunca tive vontade de fazer essas coisas, extrapolar os limites da sensatez e dar uma de adolescente louca. Graças à Deus, Deus me deu uma boa cabeça e uma criação que me deu um suporte para ser uma boa pessoa, creio eu com bom caráter e bons princípios, e mesmo não sendo rica, não tendo necessidade de fazer qualquer coisa por dinheiro, sabendo desde cedo que a vida não é um conto de fadas e que as coisas não é sempre como queremos. Agradeço muito aos meus pais por terem me dado um direcionamento, pois sim eu também já fui um Nick um dia, mas quando comecei a me enturmar mais, creio que era considerada a estranha do grupo por não entrar na onda de todos e não fazer as besteiras que eles costumeiramente faziam. Mas enfim, não tinha pensado antes quanto ao fato de que o Brasil copia os costumes Americanos, e é verdade mesmo que estamos vendo cada vez mais casos como esse aqui em nosso país. Talvez não com essa gravidade, mas com uma ideia parecida. Esse fato também de que a mídia, e os padrões que estão sendo exibidos por ela acabam meio que servindo de espelho para esses adolescentes de cabeça fraca. Adorei refletir um pouco sobre a história, fiquei super a vontade de ler esse livro, ver o filme nem tanto, mais pela participação da Emma heheh adoro ela. Obrigada pelo debate :)

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    1. Olá Lorena, agradeço a sua participação e a sua opinião que foi tão valiosa. Infelizmente cada vez mais vemos cópias dos padrões americanos aqui no Brasil. Como você disse, talvez não na mesma intensidade, mas a tendência é piorar se nada for feito a respeito né?! Então cabe a nós espalhar esse debate entre todos que conhecemos para conscientizá-los a respeito dessa problemática social que enfrentamos e torcer para que as coisas melhorem. Beijos

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  6. Ainda não li o livro, então não posso falar exatamente sobre de que trata a história, mas quanto à pergunta, acho que muitos jovens têm tudo facilitado na vida e acabem perdendo o sentido do real valor das coisas, nada sugere desafio e eles vão buscar os desafios em outros lados, não tão corretos assim. Eu tenho uma filha e sempre procuro fazer com que ela saiba quanto as coisas custam e sempre é necessário um esforço para consegui-las, que nada vem de graça.

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    1. Oi Vanilda, é muito importante que os pais acordem os filhos para a realidade desde cedo. Muitos se matam para comprar um celular caro para dar para seus filhos porque é modinha entre os adolescentes e estes não dão o mínimo valor pelo esforço feito pelos pais, porque ganham tudo de mãos beijadas e não têm ideia do quão difícil é ralar no mundo dos adultos. Beijos

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  7. Como eu já disse em outro post. Acredito que o livro é uma fonte para uma análise do comportamento humano. O que essas pessoas pensavam. Será que era fama? Acho mesmo que as pessoas podem desenvolver ou nascer com certos comportamentos. Muitas das vezes o meio muda as pessoas ou não, isso depende de cada um.

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    1. Acho que foi um misto de coisas que os levaram a cometer os crimes. O livro aborda cada tópico divinamente. Leia quando puder. Beijos

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  8. Nossa, amei tudo que você escreveu e concordo 100% com tudo! Você citou e questionou certas coisas, que é o que acontece! Desde crianças temos como base a princesa, que é linda e tudo mais, como não querer ser e ter o que elas tem? É tão paralelo a nossa realidade, que fica difícil separar um do outro! Acredito que eles comentam esses crimes, realmente pra alcançar esse ideal de beleza, de status que é imposto pela mídia por aí, pra se sentir de certa forma aceito. Quanto a se eu tivesse um filho, tentaria ao máximo passar os devidos valores à ele, explicar o que é certo e errado, o porquê de certas situações, para que ele crescesse sabendo disso e que ele não precisa se submeter a valores impostos por amigos ou pela mídia para ser aceito, que vale muito mais a pena ser você mesmo e que certas pessoas não te aceitam assim, é porque é melhor que elas estejam longe mesmo :) Acho que é isso, rs

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    1. Oi Bianca, as vezes penso nos meus futuros filhos e me dá um medo e um desânimo, ao perceber em que mundo eles irão nascer e crescer. Porque infelizmente, algumas vezes, por mais que eles tenham base em casa, o colégio também ajuda a corrompê-los já que temos cada vez mais visto péssimos exemplos em salas de aula. Mas todo o esforço é válido e bem-vindo né?! Beijos e obrigada pela participação.

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  9. Ainda não li o livro, então não posso falar exatamente sobre de que trata a história, mas quanto à pergunta, acho que muitos jovens têm tudo facilitado na vida e acabem perdendo o sentido do real valor das coisas, nada sugere desafio e eles vão buscar os desafios em outros lados, não tão corretos assim. Eu tenho uma filha e sempre procuro fazer com que ela saiba quanto as coisas custam e sempre é necessário um esforço para consegui-las, que nada vem de graça.

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    1. São situações complicadas mesmo. Devemos tentar de todas as formas ensinar nossos filhos juízos de valor para que futuramente eles aprendam a andar com as próprias pernas. Beijos

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