Semana Neil Gaiman - Entrevista com Neil Gaiman - Dia 8

Oi gente, hoje vou postar para vocês o resumo de várias entrevistas que vi, li e ouvi sobre Neil Gaiman. Uma das que mais gostei foi a que ele concedeu para a Mariella Frostrup, da Rádio BBC. Eu simplesmente amooo escutar o sotaque inglês e amei ouvir um trecho da história lido pelo próprio Neil (que voz linda), e justo de uma das partes que mais gosto no livro. Inclusive este trecho foi reproduzido no post de quotes que fiz sobre O Oceano no Fim do Caminho.

Nenhuma das entrevistas que acompanhei foram específicas sobre o lançamento de O Oceano no Fim do Caminho. Todas abordavam a carreira do autor como um todo. Vou resumi-las brevemente aos aspectos que nos interessam. Vocês podem ouvir o áudio da entrevista feita para a BBC AQUI.

Como já imaginávamos, Neil explica que não quis dar um nome ao seu protagonista porque O Oceano no Fim do Caminho é o resultado de uma exploração pessoal das memórias de sua própria infância, misturadas a um pouco de magia e fantasia. Porém, ele alerta, não leiam o livro como sendo algo literalmente autobiográfico, pois senão vocês se darão mal.

Gaiman dá como exemplo suas irmãs, que leram o livro enxergando-o sob perspectivas diferentes. Enquanto uma se deleitou com a história, se deixou levar pela jornada do narrador e considerou a obra como sendo uma das melhores que ele já escreveu; a outra se apegou aos fatos e descrições e ficou braba por considerar o livro todo uma mentira.

Neil se defende reafirmando que o livro não é uma apenas compilação de memórias, é uma história toda inventada. Seus pais e suas irmãs não passaram pelas coisas descritas no texto. Aquilo não passa de ficção.

O autor  novamente explica que o livro foi feito de presente para a sua esposa, num momento de saudade e solidão, quando Amanda foi para Austrália trabalhar em um novo álbum. Seu objetivo era pintar um panorama para que ela visse como ele enxergava o mundo aos 7 anos. Ele percebeu que o lugar que ele cresceu não era mais o mesmo, e quis mostrar para ela como as coisas eram naquela época, como era ser ele, uma criança louca por livros que vivia muito mais no mundo da imaginação do que na realidade. Que era capaz de subir em calhas de chuva só porque havia lido isso num livro.

Neil tentou criar uma história sobre alguém que fosse muito parecido com ele, que enxergasse as coisas como ele via, que compartilhasse dos terrores que ele sentia quando criança. Gaiman sempre foi uma pessoa muito imaginativa e criativa, que sentia muito medo de tudo. Medo do escuro, medo de sombras, de pessoas e lugares estranhos, assim como o narrador de O Oceano no Fim do Caminho, e hoje, esta criança medrosa que se considerava um covarde é o responsável por criar histórias tão fantásticas e assustadoras para nós.

Gaiman conclui que se acha uma pessoa de muita sorte por ter podido ter contato com livros quando criança. Os livros faziam parte da sua vida e ainda o fazem hoje. Nas férias escolares Neil persuadia seus pais a o deixarem na biblioteca local quando iam trabalhar, e lá ele ficava até a biblioteca fechar. Ele começou lendo todos os livros da sessão infantil em ordem alfabética e quando terminou, passou para a sessão de livros adultos.

Neil se considera um contador de histórias. Tudo o que ele mais gosta é contar histórias, independente do meio de comunicação, seja por meio de um livro, história em quadrinho, seriado, filme, etc.

Acompanhem comigo o vídeo abaixo, que mostra Neil lendo um outro trecho de O Oceano no Fim do Caminho. Outro que também amo. Mesmo quem não entende inglês, veja um pedacinho. Assim vocês irão conseguir se conectar melhor com a história e com o mundo criado por Neil, pois nada melhor do que ver e ouvir o próprio autor narrando seu próprio livro.



Falando em livros, quem aqui nunca teve vontade de escrever seu próprio livro, hein? Eu mesma já tentei escrever vários, mas nunca cheguei até o fim. Um dia irei realizar esse sonho!!

Aproveitando a oportunidade, transcrevo abaixo para vocês as 8 dicas de escrita dadas por Neil Gaiman. Aparentemente parecem ser dicas bem óbvias, mas acredito que elas contenham um fundo de verdade.
#1. Escreva.

#2. Escreva uma palavra depois da outra. Encontre a palavra certa, escreva-a.

#3. Termine o que você está escrevendo. Faça o que for preciso para terminar, e termine.

#4. Coloque o texto de lado. Leia fingindo que você nunca leu antes. Mostre-o a amigos cuja opinião você respeita e que gostem daquele tipo de coisa.

#5. Lembre-se: quando as pessoas dizem que algo está errado ou não funciona para elas, estão quase sempre certas. Quando dizem exatamente o que você está fazendo de errado e como corrigir, estão quase sempre erradas.

#6. Corrija. Lembre que, mais cedo ou mais tarde, antes que o texto fique perfeito, você precisa seguir em frente e começar a escrever a próxima coisa. Perfeição é como perseguir o horizonte. Continue escrevendo.

#7. Ria de suas próprias piadas.

#8. A principal regra da escrita é que, se escrever com segurança e confiança suficientes, você pode fazer o que quiser. (Essa pode ser uma regra para a vida, assim como para a escrita.) Então, escreva a sua história como ela precisa ser escrita. Escreva-a com honestidade e conte-a da melhor forma que você puder. Eu não sei com certeza se existem outras regras. Pelo menos, não as que importem…
Fonte.

***

E a Semana Neil Gaiman chegou ao fim!! Ahhh, que pena. Espero que todos tenham gostado e se divertido. Hoje à noite vai rolar o sorteio do Kit do livro e em breve divulgarei o resultado.

Se tiverem sugestões para fazermos outras Semanas Especiais aqui no blog, sou toda ouvidos. Já até estou com algumas ideias na minha cabeça.
Um obrigada especial a Editora Intrínseca, por me permitir fazer parte dessa Semana e por ceder os prêmios para o sorteio, sempre de forma tão atenciosa e solícita.

Grande beijo e fiquem de olho nos próximos posts que preparei para vocês sobre diversos assuntos, com muito carinho, como sempre!

Mi

35 comentários

  1. Estou desejando muuuuuito ler este livro! Tem de tudo para ser bom *O*

    Beijos,
    Caroline, do Criticando por Aí.

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  2. ooh, gostei de saber um pouco mais sobre ele.. isso das irmãs dele me deixou ainda mais curiosa para ler o livro, e ao mesmo tempo me deixou um pouco mais aliviada com o livro. eu já esperava algo bem bibliográfico. é o ótimo saber que nao é.

    Ah, sério que vce quer escrever um livro Mi?!
    Eu vou querer ler heein rsr eu gosto de escrever, mas sou péssimas com estórias! A única coisa que escrevi foi uma peça teatral - o que é muito diferente de um livro neh?!

    Beeijos, Dreeh.
    Livros e tudo que há de bom

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    1. Oi Dreeh, sim, um dos meus sonhos é terminar de escrever um livro, porque começar, já comecei vários.. kkk eu escrevo desde pequena, pequenas histórias, contos, crônicas, poesias, mas um livro ainda não consegui cumprir a façanha.. kkk até tenho a história toda na cabeça, mas não consigo sentar e botar no papel.. hehe Ah, não acho que seja muito diferente escrever uma peça ou um livro.. é contar uma história, só que de forma diferente. E acho ainda scripts muito mais complicados porque você tem que detalhar ainda mais as cenas e cenários! Parabéns pela ousadia.. hehe Beijos

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    2. Justamente pela forma de contar que eu acho super diferente. um script é bem detalhado, mas a escrita em si são diálogos. Um livro com muitos diálogos seguidos fica feio rsrs ou pelo menos aqueles sempre começados com travessão! rs eu acho super bacana quando pego um livro e os diálogos estão inseridos no texto, de forma que você nem percebe que eles existem até começar a ler. Para eu escrever qualquer coisa parecida com isso iria ficar horas para escrever uma única pagina rs
      Obrigado Mi. Mas quando você tiver publicado seu livro, vou querer um autografo! rsrs

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    3. Hum, entendi.. se bem que hoje em dia acho curioso que não existe mais regra para escrita. Já vi tantos livros só com diálogos, outros quase completamente sem, como os da Emily Giffin.. narrados por diversas vozes, com tempos verbais diferentes, etc. Eu adoro esse dinamismo da narrativa. Acho que devemos escrever como gostamos de ler. Não tente se ater a regras e convenções. Escreva com o coração! Olha eu dando dica sendo que nem consigo segui-las.. kkk Pode deixar, um dia se eu conseguir lançar um livro mando um exemplar para você até com marquinha de batom, como a Xuxa faz.. kkkk Beijos

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  3. Adorei essas 8 dicas para escrever de Neil! Também sempre quis escrever um livro, mas como você, nunca cheguei ao fim .-. Espero que você consiga terminar um livro (: Aí faz um sorteio dele autografado KKKKKKK #Mirelle #Diva

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    1. kkk Sua querida!! Adorei!! Pode deixar! Prometo! Beijos

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  4. Que propaganda grande desse livro eim

    Beijos
    @pocketlibro
    http://pocketlibro.blogspot.com.br

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  5. Acabou? Estava tão bom :( Quero mais semanas assim, são ótimas, adorei!
    Quando comecei a ler, esqueci completamente de ser um livro "um pouco autobiográfico". Talvez o personagem principal não ter um nome pode ter gerado isso em mim, obviamente tinha partes dele que me lembravam, como deve ter lembrado várias pessoas também. Então é como pedaços autobiográficos de todos, cada um verá um pouquinho de si, não sei se consegui explicar, agora fiquei confusa...
    O Neil lendo é simplesmente... profundo, acho, ela realmente conta a história, ele tem uma voz linda, mas também sou suspeita pra falar, sotaque inglês me deixa apaixonada, hahaha. Imagina escutar toda a história por ele, deve ser incrível, realmente.
    Quando era mais nova, sempre quis escrever um lindo, mas nunca tentei de verdade com medo de ler depois e dizer: o que é isso?!
    Quando eu realmente tiver um pensamento, me der vontade de guardá-lo num papel, acho que aí saberei que devo tentar. Algumas dicas são óbvias, mas você parece não acreditar que seja isso, é preciso outra pessoa dizer que é preciso apenas isto para te encorajar. Claro que as dicas 5 e 8, são as que mais gostei. :)
    Também só queria dizer que eu sou muito na dica 7, eu sou muito engraçada, juro. Sério mesmo, tipo muuuito. Posso estar soando sem graça agora, mas é questão do momento, só isso.

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    1. Eu também adoro essas semanas especiais, estou pensando em fazer algumas outras. Se tiver sugestão, estou aberta! hehe
      Duda, acho que é isso mesmo que você falou. O fato do personagem não ter nome faz com que a gente se identifique com várias partes da história como se tivessem sido escritas para nós.. isso é divino. Acho que nunca li um livro em que o protagonista não tivesse nome.. hehe
      Viu só que delícia o Neil lendo? Nossa, apaixonei total! Super profundo, concordo.. com as pausas certas, a entonação certa! Tudo faz ainda mais sentido.
      Quanto a escrever um livro, acho que o melhor exercício é escrever um diário. Eu escrevo desde criança, na minha idade já tenho milhares de diários e é incrível reparar como a nossa escrita vai evoluindo, amadurecendo e se modificando.. e é tão curioso porque hoje em dia quando leio algo que escrevi num diário, as vezes tenho a impressão de estar lendo um livro, e não as minhas anotações particulares.. kkkk
      Te encorajo a começar a escrever, viu!! hehe
      Beijosss!!

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    2. Sempre pensei em escrever um diário, mas a ideia sempre ia embora rapidamente, mas recentemente voltou, e depois disso, além de também ter lido O Diário de Anne Frank, quero concretizar essa ideia, desse mês não passa. Tanto para me exercitar, tirar o peso de tantas coisa que acontecem, quanto meu amor por escrever, o que quer que seja eu sempre gostava de escrever. E Também como deve ser interessante ler coisas que eu escrevi a tanto tempo, parecendo que outra pessoa escreveu kkkk
      Beijos!

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    3. É isso mesmo Duda, tenho certeza de que você vai adorar.. não precisa escrever todos os dias para não virar obrigação.. mas crie o hábito.. depois um dia você vai passar pela mesma situação que eu ao ler coisas que escrevi poucos anos atrás, e outras de quando tinha 7 anos, por ex. Nossa, é o máximo!! É indescritível. É uma forma de conhecermos a nós mesmos e vermos o quanto nós também mudamos e crescemos. Muito legal!! Beijos

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  6. Gostei de todos os post sobre Neil e vou ficar com saudades por que aprendi muito sobre ele e suas histórias.
    Quem não queria escrever um livro nem que fosse pra ficar no fundo da gaveta pra ninguém ler, eu já tive vontade de fazer minha própria história.
    Boa ideia essa de continuar e qualquer assunto vai ser bem vindo!!!

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    1. Oi Cris, obrigada. Fico feliz que tenha gostado. Beijos

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  7. Adorei está semana especial sobre o Neil,espero ansioso por outras semanas como está com outros autores haha, e estás dicas de escrita kk, óbvias de mais , mas a maioria das vezes os escritores querem fazer uma coisa muita complexa sendo que na maioria das vezes temos que segui estas dicas mesmo para um livro ser bom.

    abraços, :)
    muchachoonline.blogspot.com.br

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    1. Isso mesmo Zayron, as vezes na tentativa de escrever um best sellers, os autores se prendem a regras que dificultam seus trabalhos esquecendo que talvez as regras mais simples são as que de fato contam.. hehe Beijos

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  8. Oi Mi, tudo bem?
    Adorei sua semana especial....
    Dei uma olhada nos outros posts
    e resolvi comentar nesse que é o último! hahahaha
    Seu blog está tão liindo *-*
    Beiijoss

    http://psicosedaleitura.blogspot.com.br/

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    1. Oi querida, obrigada pelo carinho, fico feliz que tenha gostado. Beijos

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  9. Gente, estou cada vez mais empolgada e estimulada a ler esse e outros livros do Neil Gailman. Parece extremamente inteligente e criativo. Ele utiliza a experiência dele para escrever a história, sem no entanto ser autobiográfica, ficando profunda, misteriosa e impressionante. quero muito conhecer o livro e a obra desse autor maravilhoso.

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    1. Oi Thais, é exatamente assim que o texto é.. o Neil é um gênio, um excelente contador de histórias. Espero que goste das obras dele. Beijos

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  10. Clap, clap, clap.

    Isso aí sou eu aplaudindo você e a Editora Intrínseca por essa semana genial. Muitas vezes nós lemos a sinopse, resenha, pegamos o livro na prateleira e nem entendemos direito como essa história surgiu e a forma que o autor tem de se relacionar com a vida. Esses posts me fizeram ler o nome Neil Gaiman de outra forma, pode acreditar. Achei um barato saber que ele teve uma infância parecida com a da Matilda (alguém lembra desse livro/filme?) e me emocionei com a relação que ele aparenta ter com a esposa. Tanta sensibilidade! E pra terminar de me matar, acesso esse post e encontro a seguinte frase:
    "Gaiman conclui que se acha uma pessoa de muita sorte por ter podido ter contato com livros quando criança". Aaaah, minha perna derreteu com essa. Eu já contei aqui que eu comecei a gostar de ler pequenininha, com os inúmeros livros infantis que minha mãe ganhava das editoras? Que aqui existem estantes cheias até hoje e guardo os meus favoritos no meu quarto? A literatura infantil tem uma magia muito especial e eu fico toda boba quando um autor levanta essa bandeira. Acho que se eu tivesse um blog, pegaria uma data comemorativa (dia das crianças ou dia do livro infantil) e faria um post com direito a Ruth Rocha, Eva Furnari, Monteiro Lobato, Irmãos Grimm, Miss Potter com os seus coelhinhos fofos e Frances Burnett - que virou minha diva por ter escrito "O Jardim Secreto" e "A Princesinha". Chego ao fim dessa semana com uma grande admiração pelo Neil e louca para conhecer suas obras. Não te conheço muito, mas imagino que você deve ter AMAAADO descobrir essas coisinhas sobre ele. Parabéns, Mi! Excelente trabalho. Beijos...*-*

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    1. Laís, adorei a semana tanto quanto você pelo mesmo motivo! Juro, não tinha ideia que pudesse existir tanta história por trás de um livro ou de um autor e isso também me fez enxergar o Neil com outros olhos. Mas talvez seja porque ele é uma pessoa peculiar e especial. Não sei dizer se conseguiria fazer uma semana toda assim como essa sobre qualquer outro autor. Se haveria assim tanta informação para descobrir, sabe?!
      Sim, é claro que lembro de Matilda, amo demais esse filme. Adorei a correlação que você fez.. hehe
      Que legal Laís, não sabia dessa sua história de leitora mirim, parece que temos algo em comum, comigo aconteceu de forma parecida.. Só que infelizmente não pude guardar meus livrinhos infantis e me arrependo amargamente de ter tido que doá-los.
      Adorei a sua sugestão de fazer uma semana especial de dia das crianças. A maioria dos autores que você leu eu não li, mas aceito o desafio de pesquisar sobre eles. Grande beijo.

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    2. Ah, esqueci de comentar.. Você viu que o Neil tem uma relação toda especial com os livros né?! Então, enquanto ele escreveu O Oceano para a Amanda, ele escreveu Coraline para as suas filhas, para que elas aprendessem que é normal ter medo das coisas, mas que o verdadeiro corajoso é aquele que tem medo, mas segue adiante e faz as escolhas certas; e escreveu seu último livro que será lançado para o seu pai, que ele disse ser um ótimo contador de histórias, e que sempre tinha algo legal a contar, principalmente quando Neil era pequeno. Legal, né?! Se não me falha a memória ele também escreveu algo para o filho, mas não prestei muita atenção. Está tudo na entrevista em inglês que ele deu para a rádio BBC. Se você souber um pouco de inglês, sugiro que escute, está bem legal :o) Beijos

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    3. Coraline foi escrito para as filhas dele? Me adota, Neil! Muito bacana saber disso. É como se os livros já surgissem envolvidos em uma atmosfera de amor toda especial. Eu acho que o escritor é um artista com uma sensibilidade apurada que repercute - muitas vezes - em todas as áreas de sua vida. Devem existir outros autores com detalhes lindos em seus bastidores e eu fico toda empolgada porque sei que você vai descobrir e contar tudo pra gente em alguma outra semana legal. Pois é, eu sou leitora mirim até hoje (eu confesso!). Menina, minha mãe era pedagoga e trabalhava justamente avaliando os livros de literatura infantil que deveriam ser adotados nas escolas. Preciso dizer mais alguma coisa? Ela recebia cortesia de tudo quanto era editora. E o melhor é que eles me mimavam demais...Minha lembrança de infância é justamente o carro branco (estilo "perua") das editoras estacionando em nossa calçada e o pessoal me deixando escolher um volume enquanto entregava lotes inteiros para minha mãe. É claro que eu não me contentava só com o meu. Pegava os outros e levava para o meu quarto, enfiava na mochila e tenho uma cicatriz de quando subi na estante para pegar um que estava lá no alto e a bendita desmontou bem em cima de mim. Hoje, minha mãe deu vários, mas nós ainda temos uma casa lotada e eu não deixo que ela dê nenhum. Gosto de me imaginar vivendo em uma casa com um tesourinho para qualquer criança que vier me visitar. Só no meu quarto (onde guardo os meus favoritos) são 150. E eu amo cada um deles. Deu pra me entender agora? Das autoras que citei, o meu xodó é a Frances Burnett. Sabe aquele filme "A princesinha" do SBT, com uma menininha deixada pelo pai em um colégio e que é maltratada quando o homem é dado como morto? E "O Jardim Secreto"? Que a Mary vai para uma mansão, descobre o primo doente escondido na casa e eles encontram um jardim trancado? São histórias dela! Ela também criou "O pequeno lorde", com um menininho que é herdeiro de uma vasta fortuna e transforma o coração do avô quando vai morar com ele. São histórias protagonizadas por crianças, mas dotadas de muita profundidade e delicadeza. Lindo demais! E tem o filme "Miss Potter", com a história dessa outra escritora. Amei saber que temos isso parecido. E eu vou ouvir essa entrevista, sim. Com toda certeza. Tá achando que eu vou perder o Neil de vista? Jamais! =D

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    4. Amiga, cheguei a ficar emocionada com seu relato, porque só quem ama os livros e tem contato com eles desde pequena sabe a importância dessa atmosfera e dessas lembranças nas nossas vidas!! Bom, minha mãe é professora, escritora, revisora, e já trabalhou para várias editoras. Então também já imaginou, né?! Também recebíamos várias cortesias, principalmente da LPM. Eu não lembro ao certo qual foi o primeiro livro que li, ou que leram para mim, mas sempre amei ler desde pequena. Foi algo que minha mãe incentivou e agradeço demais a ela. A infância de uma criança que lê é infinitamente mais rica e mais mágica daquela que não tem esse hábito. Lembro que a minha alegria era ir na feira do livro e ficar indo de estande em estande pegando livrinhos e escolhendo qual levar. Amava aqueles livros de completar, em que a gente escrevia os diálogos. E aqueles em que tinham charadas e desafios no meio da história. E como esquecer a coleção vaga-lume? Eu também adorava poesia. Lia muito os poemas infantis do Mário Quintana e da Cecília Meirelles. E também amoooo o Jardim Secreto. Eu li quando muito pequena, então confesso que não me recordo muito. Lembro mais das sensações que tive ao ler o livro, sabe? E do filme, que era um dos meus favoritos. Ai, ai, estou nostálgica agora.. ótimos tempos aqueles.. e assim como você, adoro a ideia de ter uma estante recheada para as visitas dos pequenos. Quando tiver filhos, vou querer muito recomprar todos os livrinhos que li quando pequena para eles :o) hehe Espero que meus filhos gostem de ler tanto quanto eu. Tenho medo, porque meu marido detesta ler.. vai que puxam a ele? Aff.. hehe Beijos

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  11. Adorei a parte das irmãs. Eu também não gosto que as pessoas muito próximas me leiam, porque ficam achando que está tudo ali, na cara. Aí, ficam bravas, ficam estranhas. Não entendo o motivo. :/ hehehe

    Um beijo
    www.fizdecanetinha.com

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    1. Ai sim, tenho essa mesma sensação!! Parece que quem nos conhece melhor vai encontrar várias coisas subliminares nos nossos textos, né?! Essa ideia é meio assustadora.. kkk Beijos

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  12. adorei!!
    estou blog está muito bom, curti no face

    http://www.lostgirlygirl.com/

    bjos

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  13. Pelo menos o post eu entendi, já o vídeo... rsrsrs duas palavras entendi, farm and lane rsrs. Mas adorei ver o Neil lendo, é tão bonito alguém ler aquilo que ela própria escreveu!
    Essa coisa de escrever e mostrar para alguém não funciona pra mim, morro de vergonha, sempre acho que a pessoa vai achar que tenho algum problema ou sou idiota, sou é paranoica acho rsrs.
    Já tentei escrever um "livro" mas sabe como é né você escreve, daí acha que não tá bom, para, escreve de novo e aí fica sem criatividade e para! Essa sou eu.
    Fiquei muito curiosa para saber o que você escreve e vamos subir a hashtag #Mirelle#Diva, a nossa escritora nacional mais querida!

    Queria ter vindo comentar aqui ontem a noite como disse no post anterior mas eu vago pela internet e aí a hora passa e tá na hora de dormir, e não adianta eu vir aqui ler durante esse período noturno que eu não vou entender nada rsrs.
    Essa semana do Gaiman foi maravilhosa, amei!

    Beijos, Greice.

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    1. Ih Greice, somos duas então.. minha jornada de escritora seguiu pelo mesmo caminho que você.. kkkk Ai que fofaaaa. Adorei o carinho e a tietagem.. kkk Então, morro de vergonha de mostrar para vocês o que escrevo.. mas quem sabe um dia posto por aqui algum textinho? Mas não vale rir, hein?! hehe Se bem que, tenho tanto medo de plágio, e sei que isso é o que mais rola.. sei que no momento que postar algo aqui, irá navegar indefinidamente pela web como se fosse de milhares de pessoas e não sei como me sinto sobre isso.. hehe De repente te envio por email, o que acha? Só para matar sua curiosidade.. hehe
      Que bom que gostou da Semana flor. Eu também adorei! Beijão e já estava sentindo sua falta, hein.. hehe

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    2. Ai Mi é verdade, o plágio rola solto! Eu tenho medo de plágio até na escola rsrs, mas é, estou fazendo algo e a outra pessoa tá boiando, de repente o trabalho dela segue na mesma linha de pensamento que o meu, fico tão irritada.
      Tá falando sério? Greice lendo os manuscritos da Diva Mirelle??? OMG! kkkkkkk Adoraria!
      Estou numa correria nas últimas semanas, trabalhos, provas, cursos, o blog tá morto coitado rsrs, e ainda estou participando de um concurso na internet mas tá complicado, a maioria das provas precisamos fazer vídeo mas e juntar a equipe pra dançar?? Até domingo temos que gravar um Harlen Shake demonstrando os diversos tipos de indústria catarinense. Eu enlouqueço! O pior é que esse povo não sabe escrever nada, daí eu tenho que escrever. Aii desabafando um pouco. Mas não te abandonei aqui não hein rsrsrs.
      Beijos.

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    3. Putz, correria de final de semestre não é fácil né?! Eu já participei de um Harlen Shake, é muito divertido!! kkk Boa sorte por aí, espero que consiga terminar tudo que precisa. E quando tiver mais folgada, me escreve que te envio algumas coisas para ler.. hehe Beijos

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